A mulher tinha uma beleza inestimável, jamais vista. Sua pele era clara, sem uma mancha sequer. Os cabelos perfeitamente ondulados, sem nenhum fio rebelde. Os olhos verdes destacavam seu olhar, e de certa forma, me deixou vidrada.
— Quem é você? — perguntei assustada.
— Vejo que você está assustada, não sinta medo de mim, eu vim lhe pedir ajuda.
— Eu não tenho como te ajudar, eu nem sei quem você é. E aparecer na praia de noite e ficar me observando não é um comportamento natural, então da próxima vez que quiser ajuda, não assuste a pessoa — falei estressada.
— Não estou acostumada a lidar com pessoas normais. — Ela elevou a mão a cabeça, sinal de preocupação. — Sua família precisa de sua ajuda, por isso estou aqui.
— Minha família? Meus pais nunca me falaram sobre você.
Preocupei-me, pois estou longe dos meus pais, e talvez tenha acontecido algo com eles.
— Vejo que você não sabe de suas origens — ela vidrou os olhos nos meus —, não posso lhe forçar a vir comigo, infelizmente.
Do que essa mulher está falando?
Ficar na praia até tarde atrai gente louca.
— Não, você realmente não pode. Isso é loucura, meus pais estão em Illinois, e do nada você aparece aqui falando isso. — rebati a sua fala, mas eu estava começando a me desesperar.
— Você despertará, e irá me procurar. Lembre-se disso; entre a árvore milenar onde há 18 anos eu lhe deixei, e uma rosa vermelha, está o teu caminho, Elena. — Ela pegou em meu pulso —, espero que não demore, pois nós precisamos de você.
A mulher tocou na minha testa, e eu adormeci na areia da praia.
Quando acordei, já estava amanhecendo e cheguei à conclusão que talvez eu tenha bebido demais, e tudo tenha sido apenas criação de meu cérebro.
Decidi levantar-me, apesar de ainda tonta, e voltar para faculdade.
Então tomei banho e deitei na minha cama, aproveitei para observar detalhes.
No quarto do dormitório havia dois guarda-roupas, duas camas de solteiro uma bem distante da outra, duas mesinhas, onde estavam os computadores, uma estante de madeira escura cheia de livros, e uma porta que levava ao nosso banheiro.
Aproveitei o resto de tempo que me sobrava pra dormir, e acordei com o despertador, e quando olhei em minha volta Olivia já havia acordado, estava provavelmente no banheiro tomando banho pro primeiro horário.
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Uma gota no oceano
Fantasy[Concluído] Desde muito nova, Elena se sentia deslocada em relação ao lugar onde vivia. As pessoas, os costumes, todos pareciam indiferentes ao seu ponto de vista. Porém, isso nunca afetou a sua vida de forma direta, ela fez amigos, e se divertiu en...