[Concluído]
Desde muito nova, Elena se sentia deslocada em relação ao lugar onde vivia. As pessoas, os costumes, todos pareciam indiferentes ao seu ponto de vista. Porém, isso nunca afetou a sua vida de forma direta, ela fez amigos, e se divertiu en...
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Conforme ia ouvindo aquelas palavras eu senti que isso parecia uma armação de Vince e Dália para me empurrar pra alguém. Mas já que o garoto estava ali, decidi não ser rude. — Obrigado.
Vince me olhava como se estivesse alegre, e dava pra perceber o olhar de todos direcionados a mim.
— Desculpe ter já chegado desse jeito e sem me apresentar. — disse ele. — Meu nome é Markus, e você deve conhecer minha mãe. Ela se chama Adela.
Na mesma hora me recordei do que Dália havia dito, sobre não ser permitido se casar com pessoas de outras linhagens, me parecia premeditado o fato do garoto estar aqui, e era incrivelmente bonito, talvez pelo fato de todos os seres desse mundo mágico serem incrivelmente bonitos e com rostos simetricamente perfeitos.
— Acho que não tem necessidade de eu me apresentar, afinal você já sabe meu nome, assim como todos de Northmoss.
— Markus veio aqui a pedido de Adela, pra nos sinalizar sobre Quara Snape e sua filha. — disse Vince.
— Já havia contado a Vince no caminho pra cá, agora vou contar a vocês. Esse ano a família Snape é responsável pela festa anual, e acontecerá amanhã. Talvez Elena não saiba, então vou lhe explicar o que é essa festa: Todo ano acontece uma grande celebração a paz em Northmoss, o que é irônico, pois não há paz alguma, a festa acontece no castelo de uma das linhagens, esse ano é na casa dos Snapes e eles lhe convidaram pra essa festa, suspeito que seja algum tipo de armadilha então vim alertá-la. — contou Markus.
Eu sabia que era perigoso ir, mas eu precisava conhecer quem era a família que todos falavam com tanto nojo, e medo. Afinal o fogo é o mais poderoso dos elementos e eu não tenho porque temer.
— Eu quero ir. Enquanto essas palavras saíam da minha boca todos lançaram olhares surpresos pra mim.
— Você tem certeza? — questionou Dália — se quiser ir não vou te impedir.
Na verdade eu não tinha certeza de que queria ir, mas decidi mentir.
— Tenho. — afirmei com convicção.
— Se você vai então todos nós vamos, e você, Markus, poderia ir também. — disse Dália, enquanto lançou um olhar pretensioso em direção a ele.
Era bem nítido que ela estava tentando fazer com que a gente se aproxime. Mas eu não quero, eu não posso. Até hoje meu coração palpita em lembrar de Dylan, e vez ou outra eu me pegava imaginando como ele está.
— Dália, você tem certeza? — questionou Vince. — desde o ocorrido, bom, você sabe, você não compareceu a nenhuma festa na casa dos Snapes, afinal eles tentaram lhe matar.
Quando Vince citou o nome "Dália" me veio uma lembrança. Na noite da praia, na mesma em que descobri meus poderes, eu e Dylan estamos nomeando as estrelas e ele nomeou uma delas de Dália. Isso pode ter sido coincidência, ou talvez não, me peguei novamente desconfiada e me perguntando se talvez Dylan seria uma peça nesse quebra cabeça, e me dei conta de que eu não sabia nada sobre o passado de Dylan.
