Desci as escadas e fui imediatamente alertar Dália sobre o que estava ocorrendo lá fora.
— Mãe! Tem algo acontecendo onde os curandeiros moram, os guardas da família Snape estão revirando tudo lá e colocando eles pra fora.
Dália ficou boquiaberta e pude perceber a expressão de fúria em seu rosto.
— Vamos lá.
Saímos do palácio e fomos caminhando em direção a casa dos curandeiros. O sol iluminava nosso caminho.
Chegando lá, Adela estava em frente a sua residência aos prantos enquanto guardas reviravam sua casa, Dália se abaixou e a questionou sobre o que havia ocorrido.— Quara mandou seus guardas virem até aqui fazer isso conosco, não explicaram o motivo, apenas acabaram com nossas moradias. — Ela soluçava de chorar.
Abaixei-me e a abracei. E Dália entrou na residência onde os guardas estavam para lhes tirar satisfação sobre o que eles estavam fazendo.
— Você não tem o direito de estar fazendo isso sem motivo. — disse Dália com um tom desafiador.
— Na verdade temos. Os curandeiros estão tramando contra a nossa senhora e é nossa obrigação protegê-la. — disse um dos guardas, enquanto abaixava seu elmo.
— Isso que você está insinuando é simplesmente absurdo. Os curandeiros são os seres mais puros de Northmoss e eles não têm o mal no coração, se alguém está tramando contra sua "querida senhora" não são eles. Não os incomode de novo, se não vocês não gostarão do que vai acontecer — disse Dália, enquanto mostrava a palma de sua mão a um guarda, que imediatamente subiu chamas de fogo. — Não mexa com fogo se não quiser se queimar. — finalizou.
Ao ver a posição de Dália diante desses guardas, eu me senti orgulhosa por ter essa mãe. Ela é tão poderosa e uma figura materna digna de se espelhar.
Os guardas cruzaram os braços, e o que os estava liderando fez o sinal com o braço indicando que era pra irem embora.
O impressionante era que até mesmo em um lugar perfeito como esse, havia pessoas de coração maldoso dispostas a fazer mal as outras. Era inexplicável.
Adela aos poucos parava de chorar, e suas coisas estavam todas espalhadas pelo chão. Onde será que Markus está agora?
— Está tudo bem agora, nós ajudaremos vocês a arrumar as coisas de novo. — falei.
— Muito obrigado, você tem mesmo um coração puro, apesar de ter sido criada no mundo humano. — disse ela.
Estendi minha mão para ajudá-la a levantar. Fui pegando todas as roupas que estavam espalhadas pelo chão e as dobrando. Os curandeiros me olhavam com admiração.
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Uma gota no oceano
Fantasy[Concluído] Desde muito nova, Elena se sentia deslocada em relação ao lugar onde vivia. As pessoas, os costumes, todos pareciam indiferentes ao seu ponto de vista. Porém, isso nunca afetou a sua vida de forma direta, ela fez amigos, e se divertiu en...