Então...

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Kirolainny...
Mas um dia, ou melhor mais uma noite, e  mais uma vez estou eu indo conversar com o Ceifeiro.
Desço as escadas com cuidado, e vigiando para ninguém me ver ou ouvir, chego e abro a cela, ele está me olhando, parece que sempre sabe quando estou vindo.
Cei: Hoje o dia está terminando lindamente ,não acha? - irônico
K: um dia como qualquer outro.
- vai continuar a história?
Cei: Bom... aonde eu estava mesmo?
K: você...
Cei: lembrei.
Todos já estavam ao meu redor e quando sem menos perceber, estavam em cima de mim, me amarrando,fazendo alguns cortes pela violência da ação, eu gritava feito uma criança inútil, procurava por meus pais, e quando eu finalmente  consegui vê-los, estavam de braços cruzados apenas assistindo aquela cena.
  Olhei dentro dos olhos dele que no momento parecia estar vivendo aquela mesma cena de novo, estavam para o lado e bem distante, quase vi sentimentos nele.
K: E... - fiz ele voltar
Cei: essa parte você já conhece, eu fui trancafiado, correntes foram colocadas em quase todas as partes do meu corpo, meu poder não aparecia, se é que eu tinha algum.
  K: E  seus olhos? - perguntei curiosa.
- eu sei que foi por causa do ódio  e raiva, mas você sentiu que iria sair?
Cei: Essa é a parte da história que poucos conhecem, na verdade, ninguém. - seus olhos se perderam novamente.
Flash back... Ceifeiro.
  Já estou 10 dias sem ver ninguém, a não ser um homem que me trás um pedaço de pão seco com água, uma vez por dia, minhas mãos, assim como meus pés, já estão em carne viva, feridos das correntes, mas o dia de hoje foi diferente, uma senhora de longos  cabelos brancos, veio até aqui, no primeiro momento me assustei e recuei para o fundo da cela, mas percebi que ela tinha algo em suas mãos, parecia comida, e eu estava faminto, me aproximei e então ela falou.
Senhora: Não tenha medo criança, trouxe alimento para você! - falou estendendo as mãos, onde estava a comida.
Peguei super rápido e logo a devorei, aquilo estava muito bom.
Senhora: trouxe água também. - Me deu.
- Não tenha medo, não vou te machucar, não concordo com o que fizeram com você, mas não posso te soltar.
  Eu volto amanhã. - se despediu e saiu.

Agora...
K: Quem era a mulher? - perguntei curiosa.
Cei: ela se chamava, mary, era avó do Itachi.
K: Hum.
Cei: eu estava em exílio total, de tudo e de todos, era considerado um monstro, mas mesmo assim ela ia me ver, todo dia, todo santo dia,me contava histórias, e me alegrava. - ele realmente parecia sentir falta dela.
K: O que houve? - Me arrisquei a perguntar.
  Cei: Bom  o tempo passou, para ser mais exato, 8 anos se passarão, eu ja estava com 16 anos, Mary veio me ver como de costume... mas aquele dia foi diferente.
Flash back...
  Mary: Trouxe torta de morango, eu sei que você gosta. - sempre sorridente.
Peguei a torta e logo comi, para assim ter mais tempo com Mary, ela acariciava minhas mãos.
Mary: Você está muito se tornando um menino lindo.
Cei: Obrigado.
Mary: Eu temo por  você!
Cei: Vão me matar não é? - falei assustado.
Mary: pretendem.
Cei: tem que parar de vir aqui, vão  te matar se  descobrirem.
Agora...
Cei: Foi dito e feito.
K: Mataram ela!? - falei triste e engolindo seco.
Cei: Da pior maneira possível,  a amarraram em uma fogueira,  e a queimaram viva, eu vi todo aquele fogo, é lembrei de ouvir alguns gritos de Mary momentos depois de ter saído da minha cela...
Naquele momento, eu me desesperei, chorei como nunca antes, gritava como na vez que me prenderam, só que dessa vez chamava por Mary, mas ela não respondia, notei que minhas lágrimas mudaram, a cor, a textura, agora era vermelha, como sangue.
K: seus olhos.
Cei: exatamente.
Uma força desconhecida, se criou em mim, eu saí em direção a Vila, o fogo no corpo de Mary,  me destruía, todos vieram me atacar, porém, as árvores, seus galhos, objetos cortantes, o fogo, tudo estava ao meu favor,  se moviam ao mecher de minhas mãos, eu tocava apenas uma vez em cada um dos bruxos, e poder entrava em mim, deixei meus pais por último, para saberem que  eu estava chegando, foi isso.
E foi assim que meus olhos ficaram amarelos.
K: e depois?
Cei: Tentei me aliar, a alguns grupos, o que não funcionou, porque nem os vampiros,  nem bruxos queria ficar perto de mim,  eu era algo desconhecido e inexplicável, com olhos que brilhavam mais que o sol, e matava pessoas so de olhar, até chegar aos...
K: Aos lobos. - o cortei.
Cei: isso mesmo.
K: Você tinha muito ódio deles, não é?
Cei: Geralmente falam que os olhos ligam por ódio, raiva, sentimentos de vingança, mas na real, são sentimentos como amor, que ligam os olhos,  percas de pessoas importantes...
K: Seus olhos não saíram porque odiava eles, saíram porque você perdeu Mary... - ele estava triste, aquilo parecia machucar.
Cei: quando seus olhos apareceram pela primeira vez?
K: Quando minhas amigas morreram!
Cei: eu já sabia! Foi por perca, sempre será, apareceram quando o Lion morreu e só não apareceu agora, porque de alguma forma seu pai fez algum a coisa.
K: Eu tenho que ir...
Cei: Boa noite, Kirolainny. - deu um sorriso de lado.
K: Boa noite. - sai.
Subi as escadas e me bati com alguém.
Bon: O tanto conversa com ele?
K: Não é da sua conta?
Fui para quarto e logo peguei no sono.

Dia seguinte...
Estavam todos na mesa, quando Tyler entrou com tudo.
Ty: olha isso!! - falou com papéis na mão.
K: O o que são isso?
Ty: são ingressos para o cinema, eu e você nunca mais fomos para o cinema.
K: Você quer ir?- perguntei para Damon.
Dam: Claro, vamos Stefan?
Ste: tudo bem pra você? - direcionou a pergunta a mim.
Dei de ombros.
Ele: vou também.
No final ficou certo de que iríamos todos nós, fui para escola na parte da manhã e na parte da tarde fui na minha casa pegar alguns grimorios para o Ceifeiro, na volta Damon e eu fomos até uma pracinha, um rapaz estava tocando violão, pessoas estavam ao redor, Damon me abraçava por trás.
Dam: nunca mais saímos, só nós  dois.
K: É verdade, que tal uma praia?
Dam: Praia? - fez um biquinho de não muito satisfeito.
K: eu adoro praia. - dou um sorriso para ele.
- você  não?
Dam: Quem sabe um dia!
K: O batizado da nossa afilhada está chegando, não se esqueça.
Dam: Ainda tem isso? - Damon falou preocupado.
K: Você Vai ser perfeito. - falei virando  para ele e dando um beijo.
Dam: Não sou bom com crianças, não sou bom com nada disso.
K: Vamos voltar, temos que  ir ao cinema, esqueceu?
Dam: que legal, estou louco para ir! - falou fingindo animação.
K: para com isso, vai ser legal.
Dam: vai?
Damon falou me puxado pela cintura,me levando ao encontro do seu corpo e me beijando.









Linhagem 2 - O outro lado da moeda.Onde histórias criam vida. Descubra agora