" Ele me faz tão bem"

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Perdi totalmente a noção do tempo, perdi a noção de tudo, o gosto do sangue era tão bom, era tão prazeroso, algo que  eu nunca provei antes, mas tenho que parar, se não parar, vou matá-lo.
Os olhos de Damon já não estavam mais abertos, foi então que eu parei e como num passe de mágica, peguei impulso e me afastei dele,  fui até a porta, encostando minhas costas na mesma.
Respirei muitas vezes, eu tenho que ajudar ele, cheguei até ele.
K: Meu Deus!! - coloquei as mãos na boca.
- Damon! - falei tocando em seu rosto, sua pele branca, estava tão avermelhada, e o pescoço roxo, eu sabia que aquilo logo iria desaparecer, mas só de saber que eu fiz aquilo com ele, as lágrimas caiam no meu rosto.
Coloquei meu pulso em sua boca fria, ele fez  alguns barulhos, e abriu os olhos pouco a pouca.
Dam: você... - fala colocando a mãos em meu rosto
K: Estou aqui! - falei deixando as lágrimas escorrerem em seu rosto, me sentei e o coloquei quase em meu colo.
Dam: Tão linda, eu te amo Kirolainny, eu faço qualquer coisa por você, eu sei que você acha que eu sou, egoísta, frio, e ruim, o vampiro mal, mas... Eu mudo por você.
K: Não, Damon... a primeira vez que eu vi você, você  me ameaçou por invadir seu quarto, mas mesmo assim, dormiu ao meu lado, me deixou ler seus livros, quando a Leticia queria me matar, foi você que estava dentro daquele quarto, lutando para me salvar, você estava ao meu lado, quando meus " poderes" apareceram, você me ajudou a controlar e tentar entender, mesmo sem entender, você estava ao meu lado, nas minhas TPMs ridículas, nos meus surtos por roupa, até na minha morte, você estava ao meu  lado,  você me faz muito bem.
- Beijei seus lábios frios.
K: Eu não quero que você mude, eu cinheci você assim, e te amo assim. Eu nem sei explicar como isso aconteceu, só aconteceu.
- eu sei que não sou uma boa vampira, que não consigo ser, mas vou melhorar, prometo.
Dam: você é melhor pessoa que eu já conheci.
K: deixa eu cuidar de você!?
Dam: deixo. - falou com uma voz calma e fraca.

Mas tarde quando Damon já estava melhor e totalmente recuperado, estamos no seu quarto.
Dam: Ei, vou te mostrar que ser vampiro, não é tão ruim assim.
K: O que vamos fazer? - perguntei me virando para ele, que tinha terminado de tomar banho e estava colocando uma camisa.
Dam: Vamos para um lugar, mas...
K: Sempre tem um " mas"
Dam:  É surpresa.
Formos para o carro de Damon, eu conhecia aquele caminho, estávamos indo para o hospital.
K: O que vamos fazer em um hospital?
Dam: Achei que você quisesse ser médica. - falávamos enquanto entrávamos.
K: Você sabe que eu quero, mas e se eu perder o controle, sinto o cheiro do sangue tão forte.
Dam: você é mais forte. - falou segurando em minha mão e fomos entrando.
Eu comecei a ouvir um choro, era uma mulher, eu não sabia o motivo do seu choro, então  o segui , vimos um casal, estavam de costas, olhando para algo, parecia uma cama.
Chegamos mais perto, e foi aí que percebi, era o rapaz que eu ia morder o rapaz da Praça, a moça ao seu lado vestia roupa hospitalar.
K: Damon, você lembra dele?
Dam: sim, ele não disse que a mulher dele estava grávida?
Entramos no Quarto...
K: posso ajudar?
Moça: você é médica?
Dam: ela é sim!
Olhei para Damon
Moça: nossa filha, está morrendo, e não podemos fazer nada. - falava chorando, enquanto o rapaz a consolava.
Dam: Você pode ajudar! - Damon falou  baixinho atrás de mim.
- Dê seu sangue a criança.
K: É verdade. - uma alegria surgiu dentro de mim.
Damon falava com os pais, enquanto eu chegava perto da criança, uma menininha, tão linda, um ser tão pequeno e puro, um verdadeiro anjo, Deus faz coisas lindas.
Fiz um furo em meu dedo e coloquei em sua pequena boquinha, seu coração começou a bater certinho, eu a peguei no como e levei até a mãe, a bebê logo começou a se mecher ao sentir o calor materno, aquilo foi lindo.
Damon colocou os braços sobre mim, enquanto minhas lágrimas deciam, por aquela linda cena, a felicidade no rosto dos pais era lindo.
Rapaz: você é um anjo, eu não sei o que você fez mas... eu não sei como te agradecer. - falou vindo até mim, em meio às lágrimas.
- pode ser louco o que eu vou dizer, vocês querem ser os padrinhos?
Damon e eu nos olhamos.
K: queremos! - falei quase flutuando de felicidade.
Dam: queremos? - Damon falou  confuso.
Aquilo deveria ser estranho para ele, eu sei que ele achava.
Conversamos um tempo com a casal, chamaram a garotinha de Vitória, pois era exatamente o que ela era, uma  Vitória para eles.
Eu e Damon  saímos do hospital e começamos a andar pelas, ruas até sair da cidade, corriamos como crianças saindo da escola, ao ver os pais, o que me fez lembrar ainda mais do o meu, quando menos notamos já estávamos fora da cidade e o céu estava se formando.
K: eu sabia que vampiros eram rápidos, mas praticando ação é muito melhor.
Dam: Você tem a eternidade pra descobrir o lado bom do vampirismo.
Do nada a chuva começou a cair.
K: Damon!  - gritei colocando as mãos no meu cabelo.
Dam: enquanto ele ria, sem parar.
Ele me pegou no colo e correu  na floresta, avistamos uma casinha.
Dam: Sim ou claro? - falou olhando para meus olhos.
K: Claro. - falei sorrindo.
Entramos sem nem pensar, achamos uma lareira, Damon  pegou alguns pedaços de móveis da pequena e antiga casa e colocou na laleira.
Dam: esse casa deve ser de aluguel, tem coisas aqui. - falou com um esqueiro na mão e um pequeno vasinho de óleo, eu acho.
K: alguns dias atrás eu poderia fazer fogo, facilmente. - espirrei.
Dam: tudo bem? - falou acendendo o fogo.
Estranho eu estava com frio, com muito frio, e vampiro não senti frio, foi quando espirrei de novo.
Dam: você está quente! - falou tocando em minha testa e depois no meu pescoço.
K: eu estou com frio. - falei levantado a cabeça para olhar seu rosto.
Damon olhou para a janela, e a chuva só aumentava.
Dam: podemos ir, chegaremos rápido, somos vampiros.  - Damon falou engraçado.
K: Não, aqui está tão bom, só você e eu.
  Eu sei que passamos a noite ali, Damon pegou alguns cobertores e dormimos ali mesmo, no calor da laleira e dos nossos corpos, estavamos de conchinha, Damon me dava pequenos beijos,estava tudo perfeito.

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