Elijah.

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Todo mundo nessa cidade sempre tem algo a dizer, a te criticar, sempre olham as coisas mais do que são, aqueles caras iriam matar a xerife, eu os matei e ela fez um escândalo, maldita hora que eu não passei com meu carro por cima dela e dos seus policias de merda. Eu não recebo ordens de ninguém, estava chegando em casa, passei pela porta como um furacão, nessas horas eu só preciso falar com minha irmã, só isso, mas quando chego mais perto do quarto da K, percebo que ela não está sozinha, Damon está com ela. Esse cara sempre me atrapalhando, viro e desço as escadas mais rápido do que entrei, cansei de fazer o que eles querem, estou faminto, e não quero bolsas de sangue, quero sangue fresco.
- Aonde está indo? - Alguém me interfone, Elijah.
- Matar alguém! - respondo sentindo meu sangue esquentar.
- Está com fome então? - algo meio óbvio.
- Fome, raiva, vontade de matar, preciso lembrar quem sou. - eu realmente precisava.
- E quem você é? - ele pergunta se aproximando de mim. Bom,  eu sabia quem eu era. Eles sempre diziam.
- Depende! - respondo pensativo.
- Depende? De que? - Ele continua.
* - Você é um mostro, e merece tudo isso.
- Não, não sou assim.
- egoísta e egocêntrico, você não deve sentir, só matar, sem dó e sem piedade.
- Você é minha experiência que deu certo.*
Me perco em pensamentos, essas vozes...
É isso que eu sou.
- Silas? - Elijah toca em meu braço e eu o pucho para longe.
- Sou um vampiro, e vampiros matam. - respondo sem pudor.
- Por que? - Aonde ele queria chegar com essa perguntas.
- Porque sim, são leis naturais, é prazeroso. Ou você mata ou morte, leis da vida.
- Sente prazer na morte de pessoas inocentes? - É o quê?
- Por que está me fazendo esse essa perguntas? - respondo sem paciência. - Você nunca matou ninguém? - Esse cara tem mil anos, fala sério.
- Sim, muitas, eu tenho mil anos, e até hoje mato, porém depende, de quem estou matando e o porquê.
Eu sei muito bem o que você sente, é uma sensação libertadora, você se sente forte, vivo, mas depois vem o remorso, você pensa que aquela pessoa que você tirou a vida tem uma família, tinha uma vida, sonhos, e uma única chance, e então você se sente um...
- Um monstro. - respondo antes dele completar.
- Sim, um monstro. Mas todos são, elas merecem. - me refiro as pessoas que matei, eram tão ruins quanto eu. Além do mais, eu não tinha muita escolha, era o pescoço deles ou o meu.
- Chega de conversa pesada, gosta de piano? - ele falou indo para o piano.
- Nunca toquei. - menti.
- É bom para colocar os pensamentos em dia. - ele disse passando as mãos no piano, que era muito bonito por sinal, um preto muito escuro, chegava a brilhar.
- Tudo bem, você disse que estava com raiva, tem um lugar que você vai gostar então. - ele falou levantando e indo em direção a casa da piscina eu o segui.
- Eu não... Eu não nado. - só de chegar perto dessa piscina fico com náusea.
- Não vamos nadar, essa sala aqui é minha. - ele falou abrindo uma sala perto da piscina.
- Boxe, você gosta de boxe? - eu realmente estava surpreso. Ele não faz o estilo. Digo olhando para seu terno caro.
- Você não? - ele falou tirando o terno.
- coloque as luvas.
- Eu sei defender-me bem- falei concordando e colocando as luvas.
Ele ficou em posição de defesa,esperando-me, fui em sua direção e com o intuito de acertar ele, qual defendeu meu golpe.
- Você é rápido! - disse e logo defendi quando ele veio ao ataque.
Depois de alguns minutos já estávamos suando.
- Cansado? - perguntei.
- Eu tenho mil anos, garoto. - acho tão estranho eu nunca ter ouvido falar dele.
- Hey, vocês estão aí .- Kirolainny chegou, com Damon, reviro meus olhos olhando para eles.
- Pensei que iria dormir aqui hoje.- falei em direção a Damon.
- Não cunhadinho, já estou de saída. - cunhadinho? Quem ele pensa que é?
- Que pena! - falo sem expressão alguma.
- Vem eu te levo até a porta. - Kirolainny disse, e então saíram.
- Boa noite,você é um adversário a altura. - Elijah disse.
- Eu não fiz nem um terça da metade do que posso- Saí, fui até a cozinha e tomei uma garrafa de chocolate líquido, melhor coisa da vida, bem aventurado seja o cara que criou essa maravilha. Tomei um banho e fui dormir. logo peguei no sono. Acordei com Kirolainny me beijando, ela me abraçou e continuou beijando minhas bochechas, bochechas... permaneci imóvel.
- Por que falou daquele jeito com o Damon? - ela falou calma.
- Ele tira meu tempo com você! - Era verdade, aquele Merdinha.
- Não é verdade. - Ela disse e sentou em minhas pernas.
- É sim, tenho ciúmes de você. - sempre tive, falo colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha dela.
- Você tem ciúmes de tudo, isso não mudou. - ele disse me dando um selinho rápido.
- Só do que é meu. - foi minha vez de abraçar e beijar ela.
- Eu te amo.
- Eu te amo muito mais.
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No dia seguinte eu fui na casa de Jeremy, tínhamos marcado de fazer uns desenhos.
- O que vamos desenhar mesmo? - ele perguntou colocando alguns cadernos de desenho e pincéis na cama.
- Minha vida, onde eu estava esse tempo todo, vou escrever e você vai desenhar.
- Você não confia nem na sua mãe, e vai confiar em mim?
- Quem disse que confio.
- Não pode me hipnotizar. - Sou um caçador.
- Mas posso te matar, ou arrancar sua língua.
- Eu vou fingir que você não disse isso dentro da minha própria casa.
Andei um pouco pelo quarto de Jeremy e vi um quadro dele, a irmã e um casal, creio que sejam seus pais.
- São meus pais. Morreram.- ele fala.
- Você era estranho. - olho para o topete em seu cabelo.
- Isso foi um sinto muito? - dei de ombros, era pra sentir?- Você não sabe mesmo quem é seu pai? - do nada.
-Doador de espermas, mas respondendo sua pergunta, não.
- Quer saber quem ele é? - Aonde ele queria chegar?
- Por que essa pergunta agora?
- Percebi a forma que olhou para meu pai. - ele disse. como olhei?
- De verdade? Eu já quis mais, mas as vez eu acho que deveria encontrá-lo nem que fosse para odiar ainda mais ele, pelo menos eu teria um rosto. Porém não sei nada sobre ele.
- Nunca olhou seu registro de nascimento, o nome dele deve estar lá.
- Acho que não, meu sobrenome sempre foi Mikaelson, tio Klaus me registrou.
- Bom, eu não ia dizer, mas já que somos " parceiros" e temos um certo grau de intimidade, pensei muito sobre quem poderia ser seu pai.
- E por quê? - não entendi sua curiosidade, esse cara nem me conhece.
- Você é como a Kirolainny, seu pai é um vampiro, certeza.
- Eu me transformei, morri, eu bebia muito sangue, mesmo antes de ser vampiro, como eu ia saber se todo aquele sangue não era de vampiro?
- Você é meio humano, você era humano antes, se morresse como um humano normal, agora seria totalmente vampiro. - fazia sentido.
- Como você morreu e com quanto anos? - ele tinha curiosidade.
Será que eu posso confiar nele?
- Você vai ter que me contar, ou então isso não vai para frente.
- Não é tão simples.
- Silas, eu prometo que o que você me contar eu levo para a cova. - ele parecia ser sincero.
- Um cara chamado John, ele me matou, eu tinha 14 anos.
- Você se transformou antes da Kirolainny.
- Eu tentei fugir, e ele me matou com pancadas, passei quase um mês para voltar a vida. - ele parecia assustado. - Klaus sabe quem é esse cara?
- Não, e não me olhe com essa cara, você já sabe, vamos voltar para o doador de espermas.
- Você não faz a menor ideia?
- Não, mas você pensa em algo, sei que pensa.
- Vou ser direto então, acho que seu pai é um dos Mikaelsons! - Eu eu ri alto disso.
- Impossível, por que motivo eles esconderian isso? Tio Klaus é pai da Kirolainny, ele nunca teve problemas com isso.
- Faz sentido. - ele falou pensativo. - Mas ainda penso que ele seja um vampiro.
- Voltamos a estaca zero.
- Você não conhece nenhum ex namorado da sua mãe?
- Não!
- Dos Mikaelson só sobrou Elijah, mas pelo que conheço dele, ele não seria capaz de abandonar um filho, ele é muito nobre.
- Com certeza meus tios devem saber quem ele é. -
Ouvimos um barulho de carro buzinando.
- Jeremy! - Elena entrou no quarto sem avisar, e não disfarçou sua cara de surpresa por eu estar com Jeremy. - O Elijah está aí.
- Já estou indo. - Ele disse que iria me levar em um lugar hoje, coisa de história. Tédio! Me despedi de Jeremy e fui ao seu encontro.
- Vou te mostrar um lugar hoje.
- Você não desiste. - falei entrando no carro.
- Preparado para perder?
- Eu não perco nada, nem nunca. - falei sério.
Ele dirigiu até uma floresta não muito longe da cidade, eu até já tinha corrido por perto.
Ele entrou meio que em uns buracos em baixo do chão, pareciam cavernas, as paredes estavam cheias de rabiscos.
- Essa é a história da nossa família. - ele falou tocando nas paredes.
- Eu não entendo o que está escrito. - realmente não entendia.
- Não tínhamos canetas e esses pincéis de hoje em dia, então usamos as paredes como diários, sempre achei importante registrar nossos pensamentos e história.
- Por isso me deu os diários?
- Sim. - ele falou indo em direção a alguns desenhos. - Klaus sempre gostou de desenhar e pintar.
- Ele me ensinou a desenhar. - tio Klaus desenhava e tio Finn me ensinava a gostar de ler e escrever.
- Eu só te trouxe aqui para você conhecer melhor nossa família, e dizer que o nome Mikaleson é seu por direito. - Por que?
- Um dos Mikaelsons é meu pai? - não consegui conter a pergunta.
- achei que não queria saber quem ele é. - direto.
- Mas eu quero, eu tenho direito de saber quem ele é.
- Sim, você tem, mas caso você o conhecesse o que diria ou o que faria?
- Eu não sei, não programo as coisas, elas fluem naturalmente.
- Talvez ele não sabia que existe.
- Você sempre me fala isso. - revirei os olhos.
- Mas por que me perguntou se poderia ser um dos Mikaelsons? Você acha que poderia ser?
- foi uma neura do Jeremy ,minha mãe nunca teve nada com nenhum dos meus tios. É até nojento pensar. Além do mais fui criado por eles.
- Como eu poderia fazer isso?
- Aposto que o tio Klaus sabe quem é ele, aposto que eles também sabem, são meus tios.
- Espero que consiga.
Capítulo novinho
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Linhagem 2 - O outro lado da moeda.Onde histórias criam vida. Descubra agora