"Girl, I'm ready, if you're ready, now..."

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Capítulo VIII

“Girl, I’m ready, if you’re ready, now...“

 Ponto de vista do Justin:

Três dias já tinham passado e eu não podia estar mais desejoso de ir para casa.

“Como já te disse, Justin, vais para casa mas não para tua casa. Aluga um quarto de hotel, vai para casa da Diana ou para casa da Jéssica, qualquer coisa! Mas tenho de ter a certeza que não vais sair de Portugal, não vais voltar a trabalhar e que vens regularmente ao hospital. Ainda estás bastante frágil.”- a Dr.ª Ana acabou finalmente o seu discurso- “Fiz-me entender?”

Revirei os olhos e comecei a olhar para o teto e para a minha mãe para tentar fugir ao assunto. Eu não era capaz de aguentar nem mais umas semanas longe da minha música, dos meus fãs, da minha casa… Eu não pertenço aqui. Eu não consigo adequar-me a este local. Quanto tempo demora até entenderem isso?

“Ele entendeu.”- a minha mãe acabou por responder um pouco envergonhada com as minhas atitudes- “Não se preocupe que nós vamos tomar bem conta dele.”

“Muito bem. Foi um prazer conhecê-lo, Justin. Agora se me dão licença tenho de ir ver outro paciente. Segunda-feira, apareça.”- relembrou-me- “Sem falta!”

Levantei-me da cama com a ajuda da Di e agarrei nas muletas, já pronto para sair daquele quarto.

“Deixa estar que eu levo.”- a minha mãe e a Di agarram nas minhas malas.

Fomos até ao elevador, sempre com bastante cuidado. Por mim já não andava de muletas. Acho que já me conseguia aguentar sem elas, mas a minha mãe não me deixou e a Di teve de lhe obedecer.

“Não te importas mesmo que eu fique em tua casa?”- perguntei à Di.

“Claro que não. Antigamente, era raro não te ver por lá…”- riu-se, provavelmente relembrando-se de alguns momentos- “Não há incomodo nenhum. Até é da maneira que me fazes companhia.”

A minha mãe carrega no botão para a zona de acesso aos funcionários, em vez do botão para o resto-chão.

“Acho que te enganaste, mãe”- comentei.

“Querido, lá fora devem estar centenas de fotógrafos à tua espera. Ninguém aqui está com disposição de os aturar.”- já não me lembrava de ver a minha mãe tão irritada. Talvez estivesse só ansiosa por sair dali e queria que corresse tudo bem. Também não quis tocar muito no assunto.

Virei-me novamente para a Di porque ainda tinha umas tantas perguntas que precisavam de resposta- “E a Jéssica?” A Di olha para a minha mãe sem saber o que haveria de responder a aí soube que se passava alguma coisa “Pensei que ela também estivesse em tua casa.”- continuei.

“Justin, espera um segundo.”- a minha mãe avisou-me antes de sairmos do elevador, olhando em volta para ter a certeza que não estava mesmo ninguém. Eu já vinha preparado para caso alguém viesse e, por isso, coloquei os meus óculos de sol antes de sair do elevador- “Podes vir.”

Uma carrinha preta estacionou à nossa frente e vi que era a minha carrinha. Dois seguranças saíram de lá de dentro e ajudaram-me a entrar. Eu, a minha mãe e a Di viemos nos lugares de trás e, enquanto um dos seguranças conduzia, o outro, que se encontrava no lugar do lado, preparava-se para sair caso algum paparazzi decidisse pôr-se no meio da estrada e bloquear a passagem.

“Não respondeste à minha pergunta…”- insisti. Eu sabia que a Di não gostava de ser pressionada e que não iria aguentar muito mais até falar comigo. Por acaso tive sorte de ela ser uma das minhas maiores fãs. Ela era fácil de convencer e descaía-se muitas das vezes- “Então?”- continuei.

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