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Meu corpo estava travado.
Eu não conseguia esboçar nenhuma reação.
As pessoas que ocupavam o salão olhavam em minha direção.

-Vem, garoto! Disse Léo se levantando e balançando sua mão de maneira convidativa.

Eu me levantei, mas não consegui andar.
Todos me olhavam
Minha perna estava bamba e meu coração disparado.

Leonardo percebeu o quão nervoso eu estava.
Ele caminhou em minha direção. Sorrindo.
Seus olhos brilhavam. Ele parecia feliz de ter feito aquilo.
Sua mão encontrou a minha.
Léo começou a me guiar até o palco.

-Eu estou sonhando, não é possível. Pensei.

Quando cheguei ao centro do palco as pessoas se levantaram e aplaudiram.
Fiquei um pouco mais aliviado ao me lembrar que aqueles eram amigos de trabalho de Leonardo.
Todos ali eram conhecidos.

Leonardo sorria e segurava minha mão.
Ao perceber uma câmera apontada para ele, me puxou para perto.
Seus braços envolviam minha cintura.
Ele estava decidido.
Ele me queria.
Ele havia me assumido publicamente.

Fiquei ao seu lado durante o resto da entrevista.
O tempo já estava acabando e as perguntas também.

Após alguns poucos minutos as perguntas acabaram.
Fomos para nossa mesa.
Muitos amigos de Leonardo vieram em nossa direção.
Eles parabenizavam e nos abraçavam.
Eu me sentia bem.
Me sentia parte daquilo tudo.

As horas foram passando.
Jantamos. Rimos. Conversamos.
Fiz novos amigos, pessoas importantes e influentes no ramo da odontologia.

Estávamos voltando para o hotel.
Leonardo estava sorridente.
Seus olhos brilhavam.
Ele estava feliz.

-O que foi aquilo? Questionei ainda impressionado.
-Falei que eu queria te assumir publicamente. Nada mais justo do que fazer isso.
-Leó, eu achei lindo, mas estou preocupado.
-Com o que? Disse ele me olhando rapidamente.
-Você ainda é meu professor. Pode dar problema!

Leonardo sorriu.
Sua mão repousou sobre minha coxa.
-Amor, ninguém naquela faculdade seria capaz de me tirar de lá. Eles insistiram por meses para eu entrar como professor. Você é o aluno bem falado do curso. Se você sai, a nota do curso cai.
Fique tranquilo. Eles não podem fazer nada! E se ameaçarem fazer, eu saio. Eu não preciso dar aula para sobreviver.

Tudo o que Léo havia falado fazia sentido.
Ele não precisava dar aulas para sobreviver. Ele tem dinheiro.
Se reclamassem ele poderia simplesmente sair.

-E se os outros alunos me encherem o saco?
-Você ignora. Você se garante no curso, eles não. Fique tranquilo.

Fiquei um pouco mais tranquilo com o que Léo falou.
Eu estava disposto a enfrentar tudo por ele.
Não desistiria do meu homem.

O relógio marcava 00h40 quando chegamos no quarto do hotel.
Leonardo começou a se despir.
Eu fiz o mesmo.
Fomos para o banheiro para escovarmos nossos dentes.

Eu estava em frente pia.
Leonardo chegou por trás e me abraçou.
Seus braços eram firmes.
Os pelos loiros eram lindos.
Aquele homem era perfeito.

Fomos para cama.
Deitamos e ficamos conversando.
A Tv estava ligada.
Estávamos cansados.

Começamos a assistir um filme que passava na Tv.
Estávamos abraçados. Juntos. Grudados.
Não conseguimos assistir até o final.
Acabamos pegando no sono.

Acima De Tudo [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora