100 Contos de Terror

81 - A sala depois do corredor

 Aconteceu no ano de 2013, na minha escola. Nela, havia uma parte que era dedicada apenas para quem ficava no período integral. Tinha umas salas (as normais), uma com TV e cobertores, almofadas e colchões, banheiros e uma brinquedoteca. Eu ficava lá com meus amigos até chegar a hora de ir para à sala de aula. 

   Tudo era muito divertido, mas tinha uma parte que incomodava todos os alunos. Era um corredor que quase sempre ficava vazio, com uns 25 metros, que levava para uma porta que nenhum aluno sabia para onde ia, e nenhum funcionário contava o que tinha depois dela.

   Um dia, fui com minhas amigas tentar abrir a porta, mas ela estava trancada. Dai eu falei, de brincadeira, batam 5 vezes na porta, e chamem o menino que aqui morreu.   É totalmente real. Havia um aluno que tinha uma doença terrível na qual vermes iam comendo seus órgãos, e ele realmente morreu. Não na escola, mas ele estudava lá, e diziam que o espirito dele lá permanecia até encontrar a paz.   Minhas amigas acreditaram, e fizeram justamente o que eu disse. Realmente não achei que elas fossem fazer isso. Escutamos uma batida de volta, vindo de dentro do suposto quartinho, como se estivessem nos respondendo. Com medo elas saíram correndo, mas eu fiquei lá em choque. Depois me acalmei, pois poderia ser algum funcionário lá dentro. Então de repente começou a chover (o céu já estava nublado), e caiu um raio, eu me assustei e sai correndo. Depois que bateram na porta, comecei a ver vultos e pessoas sussurrando meu nome.        

    Outro dia, quando voltei pro corredor, a porta estava aberta, e tinha a sombra de um menino lá dentro. Minha curiosidade me instruiu a ir para lá (sou corajosa). Quando estava à uns 3 metros da porta, a faxineira apareceu e disse que havia esquecido de trancar a porta. Eu perguntei pra ela o que tinha lá dentro, mas ela não me respondeu, só me disse pra quando a porta estiver aberta, para eu não entrar lá. Em seguida trancou, mas nem mesmo entrou lá.            Depois que ela trancou os barulhos pararam, e disse que às vezes aquela porta abre sozinha, e não tem explicação.