– Bom dia, meninas. Hora de se levantar! – Tia Lucinda entrou no quarto das garotas sorrindo com uma bandeja de café da manhã nas mãos. Encostou a porta com um dos pés e depositou a bandeja no criado-mudo.
– Que horas são? – Resmungou Luciana, ainda se sentindo muito cansada por causa do fuso horário.
– Não é muito cedo, você deve estar sentindo os efeitos do fuso horário. Não sentiu quando foi me buscar no México? – Esmeralda não parecia tão cansada quanto Luciana, mas olheiras leves preenchiam a parte debaixo de seus olhos.
– Senti, mas nem tanto quanto vir direto de lá para cá. Fora que a mudança de clima também foi bem considerável, não é? Você não sentiu um pouco de frio ao chegar aqui?
– Senti, mas minha pedra me mantém aquecida. Você gostaria de aprender esse feitiço?
– Depois do café da manhã. – Ela respondeu enquanto seu estômago soltava um grunhido ansioso.
– Vou te ensinar quando estivermos a caminho do aeroporto. – E sorriu ao pegar um pedaço de bolo da bandeja. Luciana apenas suspirou e começou a comer também.
Logo, as duas garotas já estavam prontas para partir novamente e quando procuraram por Dim, o avô informou que estava no estábulo, se despedindo de seu cavalo, Zéphiro. Luciana e Esmeralda foram atrás dele para avisar que estava na hora de partir.
– Adeus, rapaz. Fique bem e cuide do vovô por mim, por favor. – Dim esfregava as costas do cavalo branco com uma escova vermelha. As garotas o pegaram de surpresa e ele pareceu desconcertado por elas terem ouvido sua despedida.
– Quer levar o cavalo conosco? – Esme deu de ombros, fingindo não se importar com o gesto gentil que oferecia.
– Do que está falando? Um cavalo num avião? Ficou louca? – Luciana não conseguia acreditar no que estava ouvindo. Dim não parecia tão surpreso.
– Como pretende transformá-lo? Ainda não aprendi isso.
– Transformá-lo? – Luciana olhava de um para o outro como se estivessem falando grego. Não que agora ela não entendesse o idioma, já que possuía a pedra e essa a auxiliava a compreender as diversas línguas com mais facilidade. Pelo menos depois que Tia Lucinda finalmente ensinou à ela o feitiço certo para isso.
– Vou transformar o cavalo dele em algum animal pequeno que possamos transportar conosco. Que tal um rato ou um passarinho?
– Prefiro um passarinho.
– Não que eu precise opinar, mas também prefiro que escolha um pássaro. – Luciana sorriu sem graça ao lembrar de seu medo de ratos.
– Certo, fiquem para trás que vou transformá-lo. – Esmeralda acariciou as costas do cavalo e começou seu encantamento, encostando a testa na cabeça do animal.
Doce criatura terrena
De grande porte
E face serena
Torne-se agora
Criatura pequena
Todos os três foram obrigados a fechar os olhos enquanto o belo cavalo brilhava intensamente e se tornava um canarinho pequenino, que voou até o braço de Dim. Quando Luciana abriu os olhos, se encantou novamente ao ver a magia em ação.
– Ótimo. Vou mantê-lo escondido dentro do meu casaco e não precisaremos de autorização para levá-lo. – E de alguma forma, o garoto convenceu a criaturinha a se esconder em seu casaco e ficar quietinha.
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Portal Dos Sonhos [A Revisar]
FantasíaVocê já parou para pensar de onde vem seus sonhos insanos? Por que parecem tão reais? Por que os pesadelos insistem em te atormentar? Não acredita nas respostas da ciência? Luciana também não acreditava e descobrirá as verdadeiras respostas da pior...