– Alguém no quarto? – Perguntou o rapaz ao bater na porta pela terceira vez sem resposta.
– Estou. O que você quer, Dim? – Ela tinha esperanças de que ele fosse embora e a deixasse descansar.
– Quero conversar com você, posso? – Ele perguntou educadamente, fazendo ela se sentir um pouco mal.
– Entre. Está aberta.
– Com licença. – E entrou no quarto, aproximando-se da cama da direita, onde Luciana estava deitada desajeitadamente.
– Sobre o que quer conversar? – Ela se sentou, ainda olhando para ele e pensando como todos os Guardiões eram bonitos.
– Você já sabe usar seus poderes? Pelo menos um pouco?
– Não.
– Gostaria que eu te ensinasse alguma coisa?
– Você pode fazer isso? Pensei que não soubesse muitas coisas também.
– Eu não sei tanto quanto gostaria, mas acredito que sei mais do que você no momento. – Ele parecia um pouco sem graça ao dizer isso. Talvez estivesse com receio de ofendê-la.
– Bem, nesse caso, você pode tentar. Não sou muito boa nessa coisa de magia.
– Tenho certeza de que vai conseguir facilmente.
– Você não me conhece. – Ela pontuou, incomodada.
– Talvez você mesma não se conheça tão bem ainda.
– Não estou a fim de discutir com você.
– Não vamos discutir, Safira, vamos treinar seus poderes. Por favor, sua tia me pediu isso. Devo esse favor a ela agora e vou cumpri-lo. – Ele disse simplesmente e ela sentiu uma pontinha de decepção por saber que ele só queria ajudá-la porque Lucinda pediu.
– O que pretende fazer primeiro? – Perguntou em meio a um suspiro frustrado. Já havia cansado de pedir para que a chamasse de Luciana, mas ele continuava a chamá-la de Safira.
– Te levar ao Mundo das Ideias, ao santuário da sua pedra.
– E como vamos até lá? – Ela franziu o cenho, confusa.
– Você irá nos levar. – Ele parecia confiante ao dizer isso, o que a deixou ainda mais confusa.
– Não sei fazer isso.
– É só repetir essas palavras. – E entregou a ela uma pequena folha de papel quadrada.
– Já ouvi isso antes. Esme recitou essas palavras antes de me levar ao santuário da pedra dela para me convencer de que magia existe mesmo. – E sorriu ao se lembrar disso.
– Sim. As palavras não mudam, mas obedecem a quem as estiver ditando.
– Certo. – Ela respirou fundo e procurou se concentrar.
Das joias o poder
Obtemos para lutar
Ao seu local de origem
Agora devem nos levar!
Luciana fechou os olhos, mas quando os abriu novamente ainda estavam no quarto do hotel e Dim a observava com um sorriso leve, mas não parecia decepcionado.
– O que está olhando? – Ela disparou, sentindo-se constrangida.
– Precisa primeiro sentir a conexão com a sua pedra. – Ele explicou apontando o colar no pescoço dela.
– Quer que eu me conecte com um colar? – Ela queria rir.
– Não com o colar. – Ele negou com a cabeça. – Com a pedra.
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Portal Dos Sonhos [A Revisar]
FantasíaVocê já parou para pensar de onde vem seus sonhos insanos? Por que parecem tão reais? Por que os pesadelos insistem em te atormentar? Não acredita nas respostas da ciência? Luciana também não acreditava e descobrirá as verdadeiras respostas da pior...