Capítulo 7 - Pega-Pega

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– Alguém no quarto? – Perguntou o rapaz ao bater na porta pela terceira vez sem resposta.

– Estou. O que você quer, Dim? – Ela tinha esperanças de que ele fosse embora e a deixasse descansar.

– Quero conversar com você, posso? – Ele perguntou educadamente, fazendo ela se sentir um pouco mal.

– Entre. Está aberta.

– Com licença. – E entrou no quarto, aproximando-se da cama da direita, onde Luciana estava deitada desajeitadamente.

– Sobre o que quer conversar? – Ela se sentou, ainda olhando para ele e pensando como todos os Guardiões eram bonitos.

– Você já sabe usar seus poderes? Pelo menos um pouco?

– Não.

– Gostaria que eu te ensinasse alguma coisa?

– Você pode fazer isso? Pensei que não soubesse muitas coisas também.

– Eu não sei tanto quanto gostaria, mas acredito que sei mais do que você no momento. – Ele parecia um pouco sem graça ao dizer isso. Talvez estivesse com receio de ofendê-la.

– Bem, nesse caso, você pode tentar. Não sou muito boa nessa coisa de magia.

– Tenho certeza de que vai conseguir facilmente.

– Você não me conhece. – Ela pontuou, incomodada.

– Talvez você mesma não se conheça tão bem ainda.

– Não estou a fim de discutir com você.

– Não vamos discutir, Safira, vamos treinar seus poderes. Por favor, sua tia me pediu isso. Devo esse favor a ela agora e vou cumpri-lo. – Ele disse simplesmente e ela sentiu uma pontinha de decepção por saber que ele só queria ajudá-la porque Lucinda pediu.

– O que pretende fazer primeiro? – Perguntou em meio a um suspiro frustrado. Já havia cansado de pedir para que a chamasse de Luciana, mas ele continuava a chamá-la de Safira.

– Te levar ao Mundo das Ideias, ao santuário da sua pedra.

– E como vamos até lá? – Ela franziu o cenho, confusa.

– Você irá nos levar. – Ele parecia confiante ao dizer isso, o que a deixou ainda mais confusa.

– Não sei fazer isso.

– É só repetir essas palavras. – E entregou a ela uma pequena folha de papel quadrada.

– Já ouvi isso antes. Esme recitou essas palavras antes de me levar ao santuário da pedra dela para me convencer de que magia existe mesmo. – E sorriu ao se lembrar disso.

– Sim. As palavras não mudam, mas obedecem a quem as estiver ditando.

– Certo. – Ela respirou fundo e procurou se concentrar.

Das joias o poder

Obtemos para lutar

Ao seu local de origem

Agora devem nos levar!

Luciana fechou os olhos, mas quando os abriu novamente ainda estavam no quarto do hotel e Dim a observava com um sorriso leve, mas não parecia decepcionado.

– O que está olhando? – Ela disparou, sentindo-se constrangida.

– Precisa primeiro sentir a conexão com a sua pedra. – Ele explicou apontando o colar no pescoço dela.

– Quer que eu me conecte com um colar? – Ela queria rir.

– Não com o colar. – Ele negou com a cabeça. – Com a pedra.

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