– Eu detesto mudar de aparência assim! – Rubi reclamou pela enésima vez sobre ter que se transformar em Guardião. – É ridículo! Só nos torna alvos mais fáceis!
– Sou obrigada a concordar. – Turmalina deu um puxão no tecido roxo da manga de sua roupa de guardiã, mas ele era encantado e não podia ser rasgado facilmente.
Os guardiões costumavam não ficar muito felizes por seus cabelos, olhos e roupas mudarem de cor cada vez que seguiam para o Mundo das Ideias para lutar e proteger o Mundo Real. Em parte porque achavam incômodo ficarem com aparências tão coloridas para enfrentar os Pesadelos.
– Parem de reclamar! Não vai adiantar de nada. – Dim também não gostava muito da transformação, mas sabia que não levaria a nada ficar reclamando disso o tempo todo.
– Eu acho que sua aparência fica bem melhor como guardião, Rubi. – Luciana provocou dando uma risadinha.
– Muito engraçadinha. – Rubi resmungou lançando a ela um olhar irritado.
– Foi só um elogio. – Luciana completou dando de ombros, mas o rapaz não parecia nem um pouco feliz, embora não tenha retrucado mais nada.
– Parem com isso! Acham que conseguiremos vencer o Pesadelo se ficarmos com piadinhas entre nós? – Esmeralda geralmente tinha muita paciência, mas em geral perdia sua calma ao notar pessoas discutindo entre si sem motivos.
– Esme tem razão. Devemos focar. – Diamante se apressou a dar ênfase ao comentário dela, já que parecia ser o mais sensato até o momento. Os outros ficavam se alfinetando como crianças birrentas. Não que ele mesmo já não tivesse se estranhado com o Rubi, mas procurava evitar.
– Avisem quando encontrarem qualquer coisa. Esse lugar é... vazio. Viemos parar num deserto? – Luciana desviou a atenção da tensão causada pela pequena discussão entre ela e o Rubi.
Todos passaram a olhar ao redor, mas tudo o que viam era areia e mais areia. As pedras ajudavam a amenizar o calor que sentiam, mas era tão intenso que parecia superar a magia de proteção das pedras. Talvez fosse porque estavam no Mundo das Ideias de novo e ali as coisas se comportavam de uma maneira diferente do que acontecia no Mundo real.
– Talvez tenhamos que enfrentar um monstro de areia? – Turmalina palpitou, enquanto cobria os olhos por causa do sol escaldante. O ar começou a se agitar e pequenos grãos de areia passaram a rodeá-los junto ao vento.
– O ar aqui não está normal. Há algum tipo de tempestade vindo aí. – Diamante se posicionou em defesa e todos fizeram o mesmo.
– Está pressentindo isso, Dim? – Luciana encarava da melhor maneira possível tudo o que seus olhos semicerrados enxergavam. A areia começou a fazê-la engasgar.
– Estou. Você está bem? – E tocou de leve o braço dela, fazendo com que o ar movesse a areia apenas ao redor deles, sem tocá-los ou atrapalhar sua respiração.
– Sim, é só essa areia toda. Está irritando minha garganta e meu nariz. – E passou a respirar melhor depois da bolha de ar criada por Dim. – Obrigada. Isso ajudou bastante.
– Disponha. – O rapaz sorriu gentilmente, mas quando estava prestes a dizer mais alguma coisa, ouviram o grito de sua amiga guardiã.
– Acho que encontrei nosso Pesadelo! – A voz de Esmeralda preencheu o ar ao redor dos cinco. – É uma tempestade de areia! Mas está parecendo um....
– Um tornado! Obviamente alguém deve temer isso. Claro. – Rubi revirou os olhos, parecendo tão assustado quanto irritado.
– Como vamos fazer para derrotar essa coisa? – Turmalina já havia se posicionado junto aos demais numa espécie de formação como uma estrela de cinco pontas. – Eu não posso fazer nada quanto a isso. Essa coisa não tem uma alma que eu possa controlar ou acalmar!
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Portal Dos Sonhos [A Revisar]
FantasíaVocê já parou para pensar de onde vem seus sonhos insanos? Por que parecem tão reais? Por que os pesadelos insistem em te atormentar? Não acredita nas respostas da ciência? Luciana também não acreditava e descobrirá as verdadeiras respostas da pior...