Capítulo 13 - O Primeiro Pesadelo

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Lucinda deixou-os com uma missão: derrotar seu primeiro Pesadelo. Já os havia ajudado dando informações importantes e deixando o chá aromático no quarto, mas fora só isso. Ainda tinham descobrir como entrar no sonho de Esmeralda e ajudá-la a superar seu pior medo. Luciana queria correr atrás de Tia Lucinda para que lhe desse mais explicações, mas sabia que precisavam agir logo para ajudar Esmeralda.

Que maravilha! – Rubi resmungou num tom de ironia, cruzou os braços em frente ao corpo e revirou os olhos. – Como vamos fazer para entrar no sonho dela? Vamos abrir a cabeça dela e pular lá dentro?

– Que ideia mais idiota. – Turmalina retrucou e Dim deu tapinhas em seu ombro, agradecendo por ter tirado as palavras da boca dele. – Não encoste em mim, por gentileza.

– Desculpe. – E se afastou alguns passos, ficando mais perto de Luciana e da adormecida Esmeralda.

– Deve ser algum tipo de feitiço que devemos usar. – Luciana começou a enrolar um cacho de seu próprio cabelo no dedo enquanto encarava a garota dormindo, tentando encontrar uma solução.

Excelente! Já temos nossa resposta! – Rubi anunciou novamente com tom de ironia. – É um feitiço que temos que fazer. Mas qual?

– Eu não sei! – Ela retrucou, irritada com a atitude dele. – Só estou tentando pensar em algo!

– Então pense mais baixo! Ou está querendo acordar sua amiga? – Rubi retrucou novamente. Eles estavam cara a cara, prestes a pular um no pescoço do outro.

– Parem já com essas brigas infantis! – O sotaque de Turmalina carregou nos 'erres' ao dizer essas palavras, sem um pingo de paciência. – Sabe do que precisamos? Não é de um feitiço! É de harmonia!

– Como é? – Luciana questionou, mas todos os outros olharam para ela com a mesma expressão confusa.

– Eu já estudei sobre isso. – Explicou a Guardiã da Turmalina, agora com mais calma. – Guardiões do Sonho precisam de harmonia entre si ou não conseguem fazer nada direto.

– Com "harmonia" – Rubi fez aspas com os dedos na palavra – você não quer dizer que precisamos dar as mãos e sair cantando que amamos todo mundo, certo?

– Não. – Turmalina interrompeu-o com uma expressão séria. – Quero dizer que precisamos ter um mesmo objetivo. Temos que sincronizar nossas almas para cumprir as missões que são dadas.

– E como fazemos isso? – Luciana arqueou as sobrancelhas, pensativa.

– Parar de brigar é o primeiro passo. – Retrucou a russa, cruzando os braços em frente ao corpo. – Vamos nos sentar uns de frente para os outros. Pernas cruzadas e mãos posicionadas como se fôssemos meditar.

Todos obedeceram as instruções da guardiã, que dentre eles parecia ter o melhor controle sobre a situação. Em seguida, precisavam fechar os olhos e fazer silêncio. Tinham que sincronizar primeiro suas respirações, depois Turmalina ajudaria com a parte das almas usando seus poderes.

Era a única maneira de salvar Esmeralda de seu pior Pesadelo.

Assim que conseguiram acalmar os nervos, controlar suas emoções e sincronizar suas almas, Lina conseguiu recordar algumas instruções que havia lido no antigo diário de Irene. Ela se lembrou de que não era através de um feitiço, era apenas usando três palavras e muita concentração, que conseguiriam entrar no sonho de alguém.

– Concentrem-se na imagem de Esmeralda dormindo. Visualizem isso na mente de vocês e repitam comigo: Abrir Conexão Onírica. – Lina explicou, o tempo todo de olhos fechados e em posição de meditação.

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