Capítulo 8 - Rubi se une à equipe

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Luciana já não aguentava mais correr por entre as árvores quando finalmente avistou uma folhagem suspeita. Suas pernas doíam, mas a visão que encontrou encheu-a de esperanças. No alto de uma das colinas havia uma enorme mangueira que formava uma espécie de cabana verde com seus galhos e folhas.

– Por que as árvores aqui estão verdes? É inverno! Não deveria estar assim. – A garota resmungou consigo mesma, enquanto disparava para chegar na colina a tempo.

Escalou a colina com todo o cuidado, não podia deixar que Rubi a visse chegar. Quando se aproximou da cabana formada pela árvore, ouviu uma voz masculina e soube imediatamente que seu palpite estava certo.

Passou pela folhagem e olhou para cima, avistando uma pequena casa na árvore feita de madeira. Possuía uma única porta e uma única janela, também não era muito espaçosa. Provavelmente só cabiam duas pessoas para dormir ali dentro.

Uma escada entalhada no próprio tronco da árvore a levava até a estreita varanda e Luciana subiu com o máximo de cuidado possível. Podia ouvir o garoto se gabando de sua esperteza lá dentro. Ela queria surpreendê-lo, então seguiu até a janela e espiou. Rubi estava sentado numa almofada de costas para a janela.

Era bom demais para ser verdade.

Luciana não pensou duas vezes, dobrou o corpo para dentro da casa e deu um toque no ombro do rapaz no exato momento em que o relógio dele disparou, avisando ter dado meio-dia.

– Peguei você!

Infelizmente, o susto que ele levou fez com que atirasse uma bola de fogo, seu elemento, na direção da pessoa que o havia tocado e isso causou o princípio de um incêndio que queimaria completamente a cabana e a árvore junto.

– Sua maluca! Olha só o que você fez! – Rubi se pôs de pé e correu para fora, pulando da árvore e saindo da toca verde.

– Eu sinto muito! Não foi minha intenção fazer com que.... – A garota o seguiu rapidamente, sem conseguir terminar aquela frase, mas o rapaz estava muito irritado.

– Silêncio! Não posso controlar esse fogo todo com sua voz irritante me importunando!

– Acha que pode fazer tudo sozinho, é? – Ela sentiu uma pontinha de raiva dentro de si.

– Eu vivi sozinho praticamente minha vida toda, por que precisaria de você e de seus amiguinhos agora?

– Porque tudo se torna mais fácil quando podemos contar com a ajuda um do outro.

– Então faça algo de útil e apague o fogo! Use sua magia idiota para uma boa causa!

– Boa causa? Então agora quer a minha ajuda?

– É isso ou perder minha propriedade.

– Achei que tivesse invadido.

– Eu invadi, mas não deixa de ser o lugar onde eu vivo.

– Eu não sei controlar meu poder ainda. – Ela admitiu envergonhada. – Queria muito te ajudar, mas não sei como.

– Se não sabe controlá-la, sua magia de fadinha é inútil. – Ele resmungou de um jeito grosseiro.

– Assim como você com sua bola de fogo! – Ela retrucou, irritada.

O rapaz não soube como responder dessa vez, por isso ficou em silêncio e continuou tentando controlar o fogo que ele mesmo havia provocado. As labaredas haviam queimado toda a árvore, a cabana e agora seguiam pela colina.

Lucinda, Dim e Esmeralda avistaram a coluna de fumaça e seguiram correndo em sua direção. Enquanto isso, Rubi já havia desistido de controlar o incêndio e apenas observava tudo sem conseguir acreditar que perderia tudo o que tinha outra vez.

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