XIII ✵ NARRADOR

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- Eu não quero os outros perto de você, eu o quero só para mim. - Hoseok falou prensando Kihyun entre ele e a parede. Sua voz e a força de suas palavras gerando uma reação direta na parte de baixo de Kihyun. - Se eu te colocar como Servo de Cabine, você não sairá do meu lado - Ele falou, seus lábios roçando no lóbulo do ouvido do outro conforme as silabas saiam de sua boca - Você é apenas meu, entendeu? - Ele falou se afastando um pouco, só assim Kihyun abriu os olhos, apenas para vê-lo a centímetros de seu rosto.

Antes que Kihyun formulasse qualquer palavra, os lábios do capitão estavam pressionados contra os seus. As mãos do capitão seguravam o rosto de Kihyun, o puxando para si e o impedindo de recuar, exibindo naquele beijo sua possessividade e seu desejo de dominá-lo.

Hoseok moveu os lábios de forma lenta sobre os lábios do outro. Sentindo a maciez e a textura dos labios do jovem rapaz, que até então estavam imóveis, surpresos pelo repentino ato. Movia-os e até dava pequenos chupões e mordidas que não doiam no labio inferior.

Kihyun inicialmente não se mexeu, estava muito surpreso pela atitude para poder fazer qualquer coisa, e quando o choque passou e seu cérebro finalmente pareceu processar que estava sendo beijado ele de forma timida entreabriu os lábios, sentindo mais dos lábios de Hoseok, mais de seu beijo, mais de seu gosto.

Hoseok tinha um gosto embriagante de menta e rum, e mesmo que Kihyun não fosse um grande fã de bebida alcoólica ele se viu viciado naquele sabor, querendo provar cada vez mais do beijo e que este nunca tivesse fim.

Kihyun subiu suas mãos devagar, primeiro para o pescoço, subindo seus dedos pela nuca do outro e por fim seus dedos entranharam pelos cabelos do capitão do navio. Hoseok desceu as mãos para a fina cintura do jovem, o puxando para si, sentindo o corpo do outro em seus braços, como se assim devessem estar. Pela forma como se entregava ao beijo, Hook sentia que podia fazer qualquer coisa com o garoto, que o que quisesse não seria impedido ou negado.

Antes que pudessem ir mais onge com aquele beijo, a porta da cabine foi aberta de forma brusca, revelando Hyungwon na porta com o semblante franzido, parecendo irritado com alguma coisa que estava a ponto de revelar, e teria se não houvesse notado a posição dos dois.

Mesmo que o beijo houvesse sido quebrado com a entrada repentina, Hoseok não se afastou e o manteve entre ele a parede -ou, mais precisamente, em seus braços -e nem sequer desviou o olhar sabendo quem era o unico que invadia assim sua cabine - mesmo conhecendo suas regras -. O Capitão o ignorou inicialmente, estava ocupado, se divertindo vendo a reação do garoto que parecia estar envergonhado por ter sido flagrado aos beijos com o capitão do navio, as bochechas de seu Servo ganhavam tons vermelhos enquanto o mesmo abaixava a cabeça numa tentativa falha de esconder sua timidez.

- Desculpe interromper - Hyungwon falou com dissimulação. Hoseok viu a falsidade em suas palavras e rodou os olhos , finalmente deixando Kihyun que permaneceu quieto em seu canto, o vermelho aos poucos deixava seu rosto. - Meio que temos companhia então sugiro que brinque com o novato depois que o visitante indesejado vá mbora.

- A que se refere? - Desta vez ele estava curioso. Ninguém invadia seu barco sem que ele soubesse quem era e sem sua permissão.

- Pan. Quem mais seria? - Havia uma pitada de ousadia em sua voz que fez Hoseok sorrir levemente. Ele gostava da audácia que Hyungwon carregava e exibia ocasionalmente em sua personalidade, mas nem sempre Hoseok gostava e sabia que Hyungwon estava falando dessa forma apenas para testá-lo, ou melhor, a Kihyun, tentava provocá-lo e fazê-lo se questionar. E de certa forma, Hoseok queria saber onde aquele jogo o levaria. Mas aquela não era hora e por isso se conteve e focou em sua prioridade.

- Onde aquele atrevido está?

Kihyun apesar de um pouco envergonhado havia dado total atenção a troca de palavras entre os dois piratas, e havia notado que a postura de WonHook havia se alterado, uma aura perigosa e sedutora rodeava o capitão e Kihyun o olhava maravilhado enquanto marchava junto de Hyungwon para fora da cabine e fechava a porta atrás de si. Kihyun não sabia se o Capitão havia feito isso por puro hábito, como se esquecesse que ele estava ali ou se havia feito de propósito, como uma ordem para que permanecesse ali, onde Pan não poderia vê-lo ou tocá-lo, ou qualquer outro de seu grupo de garotos perdidos.

✵✵✵

Hoseok tricou os dentes, seus olhos se estreitaram e sua mão pousou sobre o cabo de sua espada, que estava na bainha do cinto, preso aos seu quadril. Sabia que Pan era traiçoeiro, por todos os anos vivendo na mesma ilha e do passado que compartilhavam, Hook conhecia bem seus truques.

- Creio que você conhece as regras! - Foi a primeira coisa que o Capitão falou, parado no topo da escada, o encarando de cima enquanto o mesmo estava parado bem no meio do convés, rodeado de piratas empunhando suas espadas a espera da ordem de atacar enquanto o invasor não havia sequer sacado sua própria arma e estava ali parado como se nada, nem o fato de estar sozinho, sem nem sua fada o acompanhando, fosse afetá-lo.

- Vim buscar o que é meu! E não vou sair daqui sem tê-lo.

C O N T I N U A...





Hook & Pan (MONSTA X)Onde histórias criam vida. Descubra agora