Podemos |Livro 2| Duologia Podemos|

Capítulo 10 - A nossa situação..

Martina

- Uma ótima tarde a todos!- Lorenzo se despede dos empresários e finalizamos a nossa reunião com muito sucesso.

- Boa tarde!- termino de cumprimentar os empresários e o Lorenzo vem até mim.

- Meus parabéns!- sorri e me abraça.

- Obrigada! Meus parabéns para você também.

- Que nada, você fez tudo.

- Imagina. Eu só consegui convencê-los da sua ideia.

- E com esse sorriso, essa linda voz, inteligência e beleza inexplicável conseguiu ganha-los.

Meu rosto está vermelho e o meu coração acelerado.

- Obrigada.

- Não precisa agradecer, linda.- sorri, se aproximando, acariciando o meu rosto.

Fecho os olhos e me permito sentir seu carinho, sua dedicação em me fazer bem.

- Você é muito linda, Martina.

Não consigo dizer nada. Ele se aproxima e deposita um beijo apaixonado em meus lábios. Correspondo ao seu beijo e enlaço meus braços em seu pescoço.

De repente a imagem do Jorge me pedindo em casamento surge em minha mente e eu me afasto do Lorenzo.

- Me desculpa. Eu não posso. Fui pedida em casamento. Não posso fazer isso com o Jorge.- sussurro.

- Tudo bem. Mas pensa com carinho na nossa situação. Você não corresponderia ao meu beijo se não fosse recíproco o sentimento.- sussurra, beija minha testa e sai, sem dizer mais nada.

Ele tem razão. Se eu não sentisse nada por ele, não teria correspondido. Que merda eu estou fazendo? Estou traindo o Jorge. O cara que eu sempre amei. Mas o meu coração também ficou dividido pelo Lorenzo.

Não sei, essa viagem me fez ficar mais próxima dele e ver um lado diferente seu, que me chamou atenção.

Já deitada, em meu quarto vejo minhas notificações no celular. Tem inúmeras mensagens e ligações do Jorge.

Droga!

Não sei se eu retorno a sua ligação ou se espero até amanhã. Mas se eu deixar ele preocupado será pior. Mas eu também não sei se eu consigo falar com ele agora.

Deixo a insegurança de lado e decido ligar para ele.

- Alô.- a voz de uma
mulher atende a chamada.

- Quem é?- pergunto, enciumada.

- Quem gostaria? Eu não vi o nome aqui. Espera um pouquinho. Ah, olha, seu nome não está aqui, mas deve ser importante para o Jorge. Vou avisar ele ok?

Fico em silêncio, aguardando e ele grita por ele.

- Lindo, tem alguém querendo falar contigo. - lindo? Ela chamou ele de lindo? Ele diz para ligar depois. Como assim ligar depois? Ele não estava preocupado?

- Está escrito princesa.- a mulher diz.

- Alô?- tento mais uma vez.

- Oi, Tini?- Jorge pergunta.

- Jorge? Pode falar agora?

- Posso. Espera um pouquinho.. Pronto. Posso falar.- os sons diminuem e a voz dele fica mais clara.

- Onde você está? Que barulho é esse?

- Eu estou aqui em casa. A Miranda e o Pedro estão aqui, amor.

- E essa mulher? Não é a Miranda.

- Ah sim, é a Fernanda, irmã do Pedro.

- E o que ela está fazendo aí? De onde vocês se conhecem?

- Eu conheci ela hoje. Saí com eles a tarde e estendemos o passeio vindo para cá.

- Muito engraçado, não? Eu não posso viajar com o meu chefe mas você pode chamar mulheres desconhecidas para a sua casa?

- Não estou entendendo, Martina. Não vejo nada demais trazendo a Fernanda aqui. E eu não te disse que você não podia ir.

- Ainda defende ela?

- Martina, sério, o que deu em você? Ela é só uma colega.

- O que deu em mim? Pelo amor né Jorge? Eu aqui trabalhando e você levando mulher para sua casa.

- Martina, que mulher o quê? A irmã de um amigo nosso. Não vejo motivos para esse estresse todo. A não ser que você tenha feito algo aí.

- Eu não fiz nada.- gaguejo. Droga!

- Eu sei, conheço sua voz. O que aconteceu com o Lorenzo?

Continua
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