Três meses depois
Martina Stoessel
- Martina, por favor, abra essa porta.- mamãe grita, socando a porta do meu apartamento.
- Mãe, calma. O que aconteceu?- pergunto assustada, ao abrir a porta.
- O Jorge..- perde a voz.
Meu peito se aperta e os batimentos cardíacos se aceleram.
- O que aconteceu com ele?
- Eu estava aqui perto quando a Fernanda me ligou, eu nem consigo acreditar.- sinto uma pontada de ciúmes ao ouvir o nome dela.
- Mãe, calma. Me conta.
- Ele se acidentou, Martina. Foi uma batida horrível pelo que a Nanda me contou.
- Não, mãe.- grito. Coloco as mãos no rosto, assustada e sinto tudo escurecer.
- Martina.- ouço os gritos.- Filha, acorda, bebê.- abro os olhos, ainda sentindo meus olhos doerem pela claridade.
- Mãe? O que foi?
- Ah, filha. Que susto! Que bom que você acordou. Vamos logo.- me puxa, correndo. Aos poucos vou me lembrando do Jorge e as lágrimas vão caindo involuntariamente.
Eu não posso perder ele. Eu não saberia viver em mundo sem ele. Não posso imaginar e nem quero.
As lágrimas caem em uma forma de tentar aliviar a dor sufocante que estou sentindo. É como se ele estivesse sendo arrancado de mim.
Dói muito. Muito mesmo. A ansiedade por notícias, o medo de perdê-lo, tudo me assombra. Os médicos não falam nada, não sabem nada. Eu estou completamente desesperada. Não consigo acalmar a mamãe e o George. Eu estou como ou pior que eles.
Após quatro horas o médico chega, perguntando pela família dele.
- Como ele está? Por favor, diga alguma coisa.- imploro, puxando o jaleco do médico.
- Por favor, senhora. Se acalme. O que a senhora é dele?
- Noiva. Sou a noiva dele.
- Seu nome é Martina?
- Sim.
- Bem, vamos em partes. A cirurgia teve uma complicação. O paciente teve traumatismo craniano, fraturou um osso da costela e no momento está desacordado. Não podemos afirmar que está em coma, mas é possível que sim. Durante a cirurgia ele teve uma parada cardíaca e quase veio a óbito.
- Meu Deus!- as lágrimas caem mais, como se eu ainda pudesse chorar.
- O paciente chamou diversas vezes pelo seu nome, durante a cirurgia. Ele teve uma convulsão e te gritava.
- Sério?- me emociono.
- A senhora gostaria de vê-lo. Ainda não é permitido visitas, mas eu acredito que a sua presença irá ajudá-lo nesse momento.
Continua
Votem e ComentemGente, não consegui postar sexta, pois o meu Wattpad simplesmente parou de funcionar. Não abria minhas histórias e nem outras para ler.
Consegui escrever e postar o de hoje.Gostaram?
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Podemos |Livro 2| Duologia Podemos|
RomanceAlguns anos se passaram desde que o casal Jortini venceu as dificuldades e enfim voltaram a estar juntos. Mas, nesse livro, veremos que às vezes não é necessário terceiros para que um namoro ou um amor seja rompido. O ciúmes, a desconfiança, a inse...