Podemos |Livro 2| Duologia Podemos|

Capítulo 21 - Penúltimo

Boa Leitura

- Surpresa!- gritamos, animados, assim que o Jorge abre a porta de seu apartamento.

- Que isso!- sorri, assustado ainda.

- Fizemos uma pequena surpresa para comemorar sua saída, meu amor.- acaricio seu cabelo e ele sorri, emocionado.

- Que bom que você está aqui.- mamãe sorri, abraçando-o, bem apertado.

- Seja Bem-Vindo, queridinho.- Fernanda aparece, abraçando ele também, bem apertado. Os dois ficam ali naquele abraço por minutos, conversando baixinho e eu me sinto completamente deslocada.

Saio dali, indo para a cozinha, em busca de ar.

- Pare de pensar bobagens.- mamãe diz, me tirando dos meus pensamentos.

- Não estou pensando nada.

- Qual é, Martina? Você nasceu de mim.- sorri.- Te conheço mais que qualquer pessoa nesse mundo.

- Eu sei.- suspiro.- Só fiquei enciumada.

- É normal, meu amor, mas não se esqueça de que ela é apenas uma amiga.

- Não sei o porquê dessa amizade.- resmungo.

- Porque quando você estava se aventurando, confusa pelo seu chefe, ela estava lá com ele, dando todo o apoio e carinho que ele precisava.- um soco doeria menos do que as palavras dela.

Fico sem palavras, meus olhos ficam marejados e eu saio dali, o mais rápido possível.

- Meu amor?- Jorge me chama, ao adentrar no seu quarto.- O que houve? Por que está chorando aqui sozinha?

- Não foi nada.

- Me conta.- sussurra, acariciando meu rosto, limpando minhas lágrimas.

- Eu sou uma idiota. Eu não mereço o seu amor.

- Por que você está dizendo isso?

- Eu fui ridícula com você. Me perdoa, por favor?

- Eu já perdoei, meu amor. Pare de pensar essas bobagens. O que aconteceu?

- Nada. Eu apenas percebi isso.

- A mamãe tem algo a ver com esse pensamento seu?- confirmo com a cabeça e ele suspira, negando.- Só eu sei como eu me senti quando você escolheu o Lorenzo, e apenas eu tenho a escolha de te perdoar e continuar contigo. Para de pensar nos outros, no que você fez ou deixou de fazer.

- Você merece alguém como ela.

- Se eu quisesse ela, não estaria de casamento marcado com você, minha bobinha. Eu não quero a Fernanda, ela é apenas uma amiga, uma grande amiga que me ajudou quando eu mais precisei.

- Isso que é horrível. Ela te ajudou quando você precisou, não foi eu. E saber que você ficou mal, justamente por minha causa, me deixa pior ainda.

- Não, bebê, não pensa assim. Foi necessário esse momento para que estivéssemos mais maduros, fortes e preparados para o nosso casamento, amor. Eu amo você, só você. Eu sou seu.

- Ai, eu te amo mais ainda, meu amor. Muito obrigada!- me jogo em seus braços, me aninhando ali, no melhor lugar do mundo.

- Vamos aproveitar minha festa, minha noiva.- sorri ao pronunciar o minha noiva.

- Vamos, meu noivo.- sorrimos.

Continua
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