Cap 03

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Saímos do hotel logo depois e fomos andando até a  cidade para pegar o avião até Wird, não foi um caminho muito longo mas também não foi a coisa mais curta do mundo.
—Evan, eu não aguento mais andar, são 6:30hrs—Falo quando faltam uns 3km para chegarmos em Crystals. Ele revira os olhos, para de andar, entrega sua mochila para Ana e fala:
—Sobe.
Eu nem penso, subo em suas costas e agarro seu pescoço e ele pega minhas pernas, continuamos a andar.
—Já falei que você é o melhor namorado do mundo?—Pergunto beijando sua bochecha.
—Já, e eu sei que você me ama.
—Eu nunca falei isso.
—Mas pensou.
—Ana Vitória e eu não deveríamos ter te ensinando a ler mentes.–Eu resmungo. Sinto Evan dar risada.
—Meu Deus, como vocês dois ficaram melosos de uns quatro meses pra cá.—Ana Vitória reclama. Eu mostro a língua para ela que me responde com um dedo do meio.
(…)
Fomos andando por mais algumas horas até que chegarmos na cidade e eu estava com fome, muita fome. Já eram 8:14hrs.
—Alerta, garota humana necessita de comida.—Falo.
—Você não é humana.—Ana Vitória fala sarcástica.
—Corrigindo: Alerta, garota lobisomem alfa necessita de comida.—Falo.—Melhor Ana?
—Muito.—Ela fala fingindo estar serena e calma.
—Vamos comer então, quer dizer você vai comer e eu e Ana vamos olhar.—Evan fala.
—Lanchonete!—Eu exclamo de modo infantil. Ana Vitória revira os olhos e Evan dá risada.
—Vamos logo.—Evan diz e me desce das suas costas.
—Yup!—Eu exclamo saltitando em direção daquela fábrica de sonhos.
  Eu entro na lanchonete, ela tem um ar aconchegante e acolhedor. Me sento em uma mesa e logo Evan e Ana aparecem e se sentam comigo, Evan do meu lado e Ana na minha frente, uma garçonete aparece rapidamente em seu uniforme curtíssimo e super decotado e fica passando aqueles peitos siliconados no rosto do meu namorado. Bitch.
—Queridinha, vai continuar esfregando esses peitos siliconados no meu namorado ou vai nos atender? Não tenho o dia inteiro.—Eu falo grossa. Ela se vira para mim com uma cara irritada.
—Que que foi neném? Chupou limão foi? Tá olhando pra minha amiga com a cara amarrada por quê?—Pergunta Ana.
—O que vão querer?—Ela pergunta a contragosto.
—Um hambúrguer triplo bacon e uma coca cola lata.—Falo.
—E você?—Ela pergunta olhando para Evan.
—Nada que venha de você pelo menos.—Ele responde sem nem olhar para ela. Ela sai da mesa pisando duro.
—Evan você é o melhor namorado do mundo. —Falo beijando ele. Paramos quando Ana Vitória pigarreia.
—Por favor nada de pegação na minha frente.—Ela pede.—É nojento.
—Só porque tem que ficar de vela.—Evan provoca. Ana se curva na mesa e soca Evan. Eu dou risada da cena.
—Aqui está.—A piranha metida a garçonete volta e coloca meu lanche na minha frente.—Tem certeza que não quer nada lindo?
—Cherry, ele tenho dona, procure outro pra você.—Falo, Mas ela continua se insinuando e isso está me irritando.
—Tica, sai daqui, vai com Deus, some da minha frente se não quiser morrer aqui e agora. —Fala Ana Vitória já irritada. Acho que a garota entendeu o recado embutido no tom assassino de Ana Vitória e foi embora.
—Obrigada Ana.—Eu falo de boca cheia o que saiu com som mais ou menos"ouiada aua" mas ela entendeu. Evan deu risada pelo meu estado, com a boca cheia de comida.
—Emms, fala farofa.—Pede Evan e eu nego com a cabeça de forma infantil e volto a comer.
—Então, qual vocês duas conhecem a cidade?—Pergunta Evan.
—Eu conheço.—Fala Ana.—Quando Emms terminar nós vamos comprar o primeiro vôo para Wird.
—Certo.—Evan concorda. E eu vou comendo.
Uns dez minutos depois eu terminei de comer com calma e fomos pagar. Saímos em direção ao aeroporto.
(…)
—Bom dia no que posso ser útil?—Pergunta a atendente de balcão da agência aérea.
—Qual horário para o vôo mais próximo para Wird?—Pergunta Ana.
—As 10hrs senhora.
—Qual preço de três passagens de econômica nesse vôo?—Ana volta a perguntar.
—Mil dólares cada.
Assim que ela responde sei que tenho esse dinheiro, começo a procurar na minha mochila e acho 3,5mil.
—Ana você tem quinhentos?—Eu pergunto. Eu tenho os três mil mas não dá para andar numa cidade desconhecida só com quinhentos dólares.
—Tenho.
—Ótimo, eu tenho 3,5 se juntar com seus quinhentos  vai dar pra pagar e ainda vai sobrar mil pra nós andarmos por Wird com segurança.—Falo.
—Perfeito.—Ela fala e se vira para a agente de viagem.—Moça eu vou querer três passagens de econômica nesse vôo.
—Certo, quer escolher os lugares?—A moça pergunta.
—Sim.—Ana fala e escolhe um lugar na janela e outro do lado no corredor e outro ao lado do assento também do lado do corredor.
—Cartão ou cheque?
—Dinheiro.—Ana fala e a moça parece surpresa mas não responde. Ela aceita o dinheiro e nos  dá as passagens.
—Bom agora é só esperar.—Fala Evan.
(…)
—Emms eu posso me sentar com você?—Pergunta Ana. Nós acabamos de embarcar no avião.
—Claro, só que eu sento na janela.—Eu respondi.
—Okay.
—Ana já que você sentou aqui eu preciso conversar com alguém, alguém que não seja o Evan.—Eu começo a falar.
—Claro, me fala, o que foi?
—Eu passei um tempo me perguntando, e se eu estivesse ficado longe de Evan? Será que ele estaria bem? Será que vocês dois não estariam seguros se eu tivesse terminado tudo quando ele se transformou? Eu só deixei tudo pior, agora vocês estão em perigo e eu sem uma alcatéia, uma guerra vai estourar e é por minha causa, e eu nem posso proteger vocês em minha alcatéia pois fui expulsa, eu não tenho mais nada e condenei vocês a morte junto comigo, eu só…não sei mais.—Eu falo e sinto as lágrimas escorrerem pelo meu rosto. Ana me dá um abraço e começa a falar.
—Emms, se você tivesse ficado longe Evan seria um vampiro desgarrado, sem ninguém para ensinar nada para ele, possivelmente morreria por outros vampiros ou pelo Conselho, se você estivesse abandonado ele, ele ficaria furioso e se descontrolaria e seria bem pior do que a quatro meses, nos dois estaríamos mortos, e tudo bem se você está sem nos proteger, nós nos protegemos agora, você não nos condenou, estaríamos mortos de qualquer geito, você nos salvou e está nos ajudando, vamos para Wird e iremos atrás do Conselho Internacional de Bruxas e elas vão nos ajudar, nos iremos conseguir.—Ela fala.—Agora durma, vai te fazer bem.
Eu somente concordo com a cabeça e fico olhando para a janela do avião até pegar no sono.

A Híbrida-A Alfa 02Onde histórias criam vida. Descubra agora