A Híbrida-A Alfa 02

Cap 04

Desembarcamos em Wird depois de algumas horas, Ana Vitória nos empurrou até o Conselho assim que saímos do avião.
Depois de passar por várias ruas e esquinas paramos em frente de um prédio enorme e antigo, incrivelmente lindo.
—Bem-Vindos ao Conselho das Bruxas.—Fala Ana Vitória.—Vamos logo.
Entramos no prédio e ele era ainda mais incrível por dentro, uma mistura do clássico e do contemporâneo. Uma moça estava sentada atrás de uma mesa na recepção.
—Bom dia, no que posso ser útil?—Pergunta a moça.
—Queremos a assistência de uma bruxa para localizar uma pessoa.—Falo e a moça assente.
—Seu nome?—Pergunta ela mexendo em algo no computador.
—Emma Johnson.
—Espécie?
—Ex-Alfa do Clã Lua de Sangue.
—Certo, logo alguma bruxa do Conselho irá aparecer para atender suas necessidades senhorita Johnson, fique a vontade.—Ela fala. Eu, Ana Vitória e Evan nós  sentamos nas cadeiras que haviam lá.
(…)
—Srta. Johnson?—Pergunta uma mulher se aproximando da onde estou sentada. Se passaram dez minutos que estamos esperando.
—Sou eu.—Falo.
—Sou Lilian Lemmertz, Alta Conselheira das Bruxas, vou cuidar do seu caso, queira me acompanhar, seus acompanhantes também podem vir.
—Certo.—Falo me levantando e seguindo ela, por que um simples caso de rastreamento vai ser tratado pela Alta Conselheira? Isso não faz sentido, Altos Conselheiros são para casos muito especiais.
Entramos na sala dela e eu e Ana Vitória nos sentamos nas cadeiras em frente da mesa da Alta Conselheira, a mesma se senta em nossa frente.
—Bom eu mesma quis o seu caso porque sei da sua situação, sei que você foi expulsa de sua alcatéia e que seus anciãos querem sua cabeça numa bandeja de prata e eu sei que uma guerra entre vampiros e lobisomens está para acontecer e sei também que você, Emma Johnson, pode ser o estopim da guerra, e sobretudo sei que o dever das Bruxas é manter vampiros e lobisomens em certo grau de paz e longe dos humanos e é por isso que eu e o Concelho temos uma proposta para você, uma proposta irrecusável.—Ela fala e eu ouço tudo com o queixo caído, como ela sabe sobre quais circunstâncias eu fui expulsa da minha alcatéia?
—Estou ouvindo.—Falo com uma indiferença fingida.
—Uma coisa que quase ninguém sabe sobre o Concelho de Wird é: nós não somos só uma instituição para ajudar os seres do submundo ou controlar suas ações, nós bruxas somos as mais poderosas das três raças, temos magia pura em nossas veias e também podemos canaliza-la para o mundo exterior, por isso que nós somos responsáveis por controlar os vampiros e lobisomens, então minha proposta é: seja o ser mais poderoso das três raças e pare a guerra, nós bruxas podemos transformar você e depois treina-la para se tornar a melhor.
—Vocês querem que eu me torne uma arma?—Pergunto incerta.
—Em outras palavras, sim, queremos que você seja uma arma para ganhar a guerra e depois disso viva em paz aqui em Wird sob nossa proteção, queremos que você nos ajude a manter a paz, só isso.
—E o que eu e meus amigos ganharíamos com isso?—Pergunto.
—Nossa proteção, um novo país, um novo endereço, uma nova casa, um novo lar, seriam felizes aqui, ninguém nunca mais iria ameaçar vocês, tudo voltaria ao normal.—Ela fala. Aceite Emms, a voz de Evan soa em minha mente, será nossa melhor chance de um recomeço.
—Nada nunca mais vai voltar ao normal, mas é uma boa proposta, eu aceito com uma condição.—Falo.
—Prossiga.—Ela comanda.
—Eu e meus amigos vamos achar o vampiro que está com o filho da Ana Vitória e nós vamos matar ele, e você vai localiza-lo.—Falo.
—Tudo bem.—Ela concorda.—Posso rastrear ele agora, mas para isso preciso do sangue de Ana Vitória para achar o filho dela.
—Por mim pode ser.—Fala Ana Vitória.—Mas eu vou atrás dele sozinha, você vai ficar aqui com Evan.
—Mas…—Começo.
—Mas nada, você vai ficar aqui e vai treinar, vai se tornar a tal arma para parar essa guerra e nós todos vamos ficar bem. —Ela fala irredutível.
—Certo.—Murmuro.
—Vamos começar o feitiço?—Pergunta Lilian.
—Vamos.—Concorda Ana Vitória.
Lilian tira uma faca e um pote pequeno de dentro de uma das gavetas de sua mesa, puxa o pulso de Ana Vitória e o corta, o sangue jorra no pote até enche-lo e depois o corte começa a cicatrizar, Lilian pega um mapa do continente e despeja um pouco do sangue de Ana Vitória em cima, murmura algumas palavras e o sangue se locomove até um determinado país, ela pega outro mapa e repete o processo até que o sangue aponte para uma única cidade, a cidade de Amatis. Ana Vitória pega sua mochila e se despede de mim e de Evan e sai correndo quase que na velocidade da luz.