Capítulo 09: Frio.

19 2 4
                                    

Rafael de capa.

Ronald analisava as imagens, já havia avançado a madrugada, Eduardo dormia debruçado em uma bancada de trabalho com uma xícara de café quase fria a sua frente e um cobertor roxo cobrindo-lhe as costas.

- É uma serpente muito grande, de verdade. – Ronald aproximou a imagem de satélite e Mari se aproximou pelo seu lado direito.

- A natureza polpa alguns animais da extinção, mas essa criatura não parece ter sobrevivido por nada. – ela sentou-se ao lado de Ronald digitando algumas coisas no seu computador e abriu novamente o áudio do pedido de socorro.

"Esse monstro surgiu do nada, o casco do navio está avariado e os que tentaram evacuar foram pegos e devorados. Nossas armas não funcionam, por favor, estamos morrendo aqui... "

A gravação sofria um corte após o urro da criatura abissal.

- Devemos chamar o Josh? – perguntou Mari ajeitando seu chambre cor de creme por cima de uma camisola lilás.

- Não. – respondeu Ronald sem tirar os olhos da tela. – Ele está cansado, assim como muitos de nós, posso cuidar disso sozinho, acorde o garoto e diga para ele dormir em outro lugar.

Mari concordou.

- Edu? – disse ela acordando o rapaz devagar.

- Mari? – disse ele. – Conseguimos algo?

- Não, e você me ajudaria mais estando dormindo em outro lugar, descanse. – disse Ronald.

Os dois saíram e deixaram Ronald na sua solidão típica de trabalho, ele suspirou e bebeu um bom gole de café pensando na conversa que ele havia tido com Eduardo com o tema: de onde esse pen drive saiu.

***

Na Ilha das Pedras Brancas, onde a muitos anos atrás funcionava m presídio o homem misterioso atracou com seu pequeno barco a motor, ele o puxou para a pequena praia e subiu uma escadaria tomada por limo, cerca de cinco minutos depois estava num pátio imenso e a construção antiga marcada por vândalos e pelo tempo se erguia a sua frente, andou pelas pedras do jardim e a porta se abriu a sua frente.

- Novidades? – perguntou uma menina magrela e bem pálida logo que ele entrou pela porta.

- Sim, sim. – ele a olhou com o canto de olho. – Ellie fez a sua parte, uma hora dessas a The Pride está estudando o pen drive e tentando desvendar o que é aquela serpente marinha.

- E o Homúnculo? – ela o abraçou por trás. – Vamos pegá-lo quando?

- Assim que eles resolverem agir, e assim que recebermos a outra metade do dinheiro. – ele se desvencilhou do abraço e desbravou o presídio passando por centenas de outras pessoas deitadas ou sentadas no chão.

O homem parou em frente a uma porta e bateu três vezes na madeira cheia de cupins até receber permissão para entrar.

- O primeiro passo do plano está feito, chefe. – disse ele para um outro homem de frente para uma janela quebrada.

- Muito bem, Baldassare. – o homem andou até o recém chegado e pôs sua mão em um dos ombros de Baldassare.

- É uma honra poder servi-lo, sua majestade, Rei Frigus. – Baldassare se curvou enquanto Frigus o mandava levantar.

- Deixe nossas tropas em alerta, deixe Narkissa e Bonifácio por dentro de nosso plano e diga que suas tropas devem estar preparadas para saírem a qualquer momento. – Frigus andou até sua mesa onde havia uma jovem amarrada e amordaçada, até então ela havia passada despercebida por Baldassare. – Se me dá licença, eu não jantei ainda.

The Pride - InfernoOnde histórias criam vida. Descubra agora