Capítulo 10

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Vallentina Borais

-Vou conversar com Carlos e já voltamos, amor! - Gustavo fala para Anna e sai com Carlos logo atrás dele rumo ao quintal.

-Vem aqui Valente! - vejo Anna dar algumas batidas com a mão ao seu lado no sofá.

Me sento virada para ela, e fico em silêncio, seus olhos percorrem cada canto de meu corpo e sorri.

-O que está havendo entre vocês dois? - ela pergunta descontraída.

-Brigas... - ela da uma risada contida.

-Você não facilita mesmo... - ela nega com a cabeça.

-E você queria o que? Ele é teimoso feito uma mula... - afundo em seu sofá, enquanto escuto ela rir. -E hoje recebeu um tapa na cara de mim...

Ela tampa a boca surpresa mas com um sorriso sapeca ao mesmo tempo.

-Ryan me disse que só a mãe dele foi capaz de conseguir essa proeza... - reviro os olhos.

-Mas preciso saber de uma coisa... - ela assente colocando as duas pernas para cima de uma lado só.

-Pode falar! - ela movimenta a cabeça fazendo vários cachos caírem sobre seu rosto e passar a mão rapidamente para ajeita-los.

-Você sempre soube de tudo? - ela assente sorrindo.

-Não fique chateada, você não estava preparada para saber de Carlos e nem de Ryan... - balancei os ombros.

-Não sei de mais nada nessa altura do campeonato... - ela sorri para mim.

-Vocês se entendendo é o quanto basta... - suas sobrancelhas se elevam.

Ouvimos a campainha, Anna se levanta rapidamente e abre a porta mostrando o entregador de pizza, ela rapidamente o paga e pega o alimento.

-As pizzas chegaram! - ela da um grito.

Logo vejo Gustavo - ainda irei me acostumar a chamá-lo pelo nome certo - e Carlos entrarem na sala e fomos para a cozinha.

Anna abriu as pizzas e pegou os sucos e refrigerantes.

-Não tomamos bebidas alcoólicas dentro dessa casa... - Anna fala para Carlos.

-Ryan sempre bebeu comigo! - ele cruza os braços.

-Depois conversamos... - Anna fala entre dentes.

-Muito obrigado! - Carlos cai na risada quando Gustavo abre a boca.

-Sentem rapazes... - Carlos logo puxa uma cadeira e sorri para que eu me sente ali.

Assenti me movimentando até ali, quando vou me sentar ouvimos a campainha tocando me fazendo parar de caminhar e sentir que Carlos fica tenso.

-Eu atendo! - Gustavo fala ficando ereto e Anna sorri para mim.

Depois de alguns minutos ele está de volta sozinho, e o silêncio se instala no local, há um olhar de cumplicidade entre Carlos e ele que não entendo.

-Vocês tem uma hora para voltarem para casa... - ele fala beijando a testa de Anna.

-Como assim? - me apoio na mesa.

-Em casa te... - fito Carlos e ele tranca o maxilar.

-Se olhar para mim assim novamente, eu juro que atiro em você... - então ele se abaixa abraçando minhas pernas e me jogando de barriga em seus ombros.

-EU SEI ANDAR CARLOS... - sinto um tapa em minha bunda. -AI!

-Se não calar essa boca, dou outro tapa... - pensei em falar algo mas logo vi que estávamos saindo pelos fundo da casa e Anna sumiu de minha visão.

Aluguel - Coleção HerdeirosOnde histórias criam vida. Descubra agora