Capítulo 12

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Presente da autora!
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Vallentina Borais

Faz uma semana que Ryan não vai a escola, e depois da reportagem de ontem, temo por ele e por Carlos. Decidi passar na casa deles pela manhã logo que sai de casa com os olhos de meu inquilino percorrendo meu corpo.

-ANNA! - grito no portão e nada de resposta.

Então ouço sirenes e vejo três camburões, e sete viaturas do FBI, parados em forma de meia lua bem atras de mim.

-SENHORITA BORAIS, DEIXE A BOLSA NO CHÃO E COLOQUE AS MÃOS NO PORTÃO! - um agente fala por um alto-falante me fazendo fazer careta pela altura do som sem ser necessário logo naquele horário pela manhã.

Pego minha bolsa com calma de meu ombro e coloco no chão, me viro para o portão a minha frente e me escoro, logo senti duas mãos fortes me tocando por inteira desde a nuca até meus tornozelos e então me viram me algemando.

-Até que fim o fantasma foi pego... - uma mulher loira e muito alta sorri diabólica e me empurram para dentro de um camburão.

Lá dentro há quatro agentes com rifles, todos me olham como se eu fosse um prêmio. Me sento do lado esquerdo com dois ao meu lado, o da minha direta é negro e enorme, o da minha esquerda é branco e mais velho, percebi seu olhar ser mais cordial a mim. Logo a minha frente há três agentes, o que me algemou está no meio bem de frente a mim, está de social e colete à prova de balas com o emblema do FBI e do lado esquerdo está escrito Sargento McNamara, ele tem olhos azuis penetrantes, cabelo preto e tão sério que chegou a dar medo.

-Fale a verdade, sua lealdade não importa a ele... - o senhor ao meu lado sussurra.

-Não diga o que não conhece... - mando de volta enquanto o carro balança muito.

Depois de quase meia hora a porta pesada de metal se abre e me puxam para fora, havia um exército completo do lado de fora me esperando, Carlos devia mesmo ser tão temido para que precisasse de tudo isso para conter somente um homem.

-Por aqui! - Sargento aponta para uma porta de vidro um pouco à frente e o único local por onde eu poderia passar pois haviam policiais fazendo um corredor entre o camburão e a porta da sede do FBI.

Caminho devagar logo atras de dois homens que estavam comigo dentro do veículo, ao meu lado está Sargento que está segurando meu cotovelo e chega a doer de tanta força que está utilizando ali.

A porta de vidro se abre com nossa aproximação, sinto o gelo do ar condicionado me atingir, e mais policiais armados, mas o pior era que o único rosto descoberto era o do sargento, todos os outros eu via somente os olhos. Percebia a idade pelas rugas e pela voz.

Entramos em um elevador, mais homens armados, fomos para o último andar, quando abriu a porta, estávamos em um corredor, somente havia uma porta ao final, as paredes pintadas de cinza. O som das botas pesadas dos agentes ecoavam pelo corredor.

A porta se abre e há uma repartição, entro para o lado esquerdo e me colocando sentada à mesa de metal.

-Estarei de volta em dois minutos! - tiram minhas algemas.

Se posicionam atrás de mim dois homens e há um na porta. Vejo no canto da sala um bebedouro e minha garganta seca, mas resolvo esperar o Sargento voltar.

-Pronto... - ele volta com a mesma loira que estava no local onde me pagaram.

-Onde está Ryan Brock? - ela se apoia na mesa e me olha com seus olhos verdes.

Aluguel - Coleção HerdeirosOnde histórias criam vida. Descubra agora