Crônicas

O ponto final

Naquela quarta-feira o meu time preferido de vôlei estava jogando na arena próxima a minha casa. Eu estava na arquibancada e a cada ponto que era feito os bancos estremeciam com a comemoração dos torcedores, o jogo já estava no segundo set com o placar de 23 a 19 para o meu time. Então nessa reta final eu fixei o olhar no levantador quando ele pôs a bola pra cima, então o atacante veio confiante e passou a bola pelo bloqueio que subiu atrasado, quando a bola quicou no chão todo mundo gritou, eu não consegui me conter e também me juntei a massa. Fiquei em pé, junto com todos do lado direito da arquibancada, gritando e vibrando. O número 14 foi sacar, todos mandaram boas vibrações com as mãos, pois talvez esse fosse o último ponto, o árbitro apitou, ele jogou a bola pra cima, pulou e bateu com tanta força na bola que passou da rede e foi direto ao chão, ele tinha feito o último ponto, um ace, então o jogador virou pra platéia e celebrou, como resposta gritamos, pulamos e fizemos bastante barulho, o time se juntou no meio da quadra e comemorou a vitória. Foi lindo ver o trabalho em equipe, o quanto fica melhor quando conseguimos realizar algo juntos, em família, entre amigos, foi aí que percebi que também estava fazendo a mesma coisa, porém com pessoas desconhecidas que estavam ao meu lado, na arquibancada; trabalhamos juntos, todos, time e torcida e nesse momento eu fiquei emocionado por sentir que estava em equipe, fora da quadra, porém eu estava jogando junto com o meu time favorito.