Lost in your light || André Silva

30.

Olá maltinha, decidi fazer um Matteo POV. Espero que gostem.

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MATTEO POV ON:

Bia: " (...) E é por tu seres como um irmão para mim, que jamais existirá algo mais do que uma forte amizade entre nós.- vi o seu olhar a enfurecer- Por favor entende isso. Eu não sei onde é que tu foste buscar a ideia de existir algo mais."
Eu: É por causa dele não é?- paramos de andar e agora eu encarava-a.
Bia: Dele? - riu-se ironicamente.- poderiam aparecer mil "eles" na minha vida, assim como poderia só te ter a ti e à Eva, que mesmo assim, eu e tu nunca existiríamos. Percebe isso de uma vez por todas. Eu considerava-te um irmão, um melhor amigo, mas agora nem isso te posso chamar. Estás tão cego, tão obcecado que não consegues ver o mal que fazes à tua volta. Sim, porque eu sei como tu tens tratado as pessoas no hospital, e a Eva que é como uma irmã para ti. Ela não merece, assim como ninguém merece levar com a tua arrogância cega de ciúmes. Ciúmes de algo que nunca existiu, nem existirá. Espero que estejas feliz, acabaste de perder uma amiga.- disse aquelas palavras amargas e frias virando-me costas.
Eu: Bia tu não podes fazer isto- disse agarrando-lhe o braço.
Bia: Para ti, passa a ser Bianca. E não só posso, como já o fiz. Fica bem Matteo. - disse forçando para que eu deixasse ir embora, mas eu sou mais forte e não a vou deixar ir.
Eu: Ele não te merece. É por ele ser jogador de futebol e famoso? Ele pode levar-te a jantar todos os dias fora não é?- a minha fúria crescia e eu agarrava-a cada vez com mais força-Mas de uma coisa eu garanto-te, eu não vou ficar a ver ele a comer-te e cuspir fora no canto de prato. Sim porque é isso que ele vai fazer contigo -disse irritado, quase aos gritos, assustando algumas pessoas que por ali passavam.
Bia: Eu não te admito. Tu és horrível. Tu não me conheces. LARGA-ME - berrou

MATTEO POV OFF.

"(...) É por ele ser jogador de futebol e famoso? Ele pode levar-te a jantar todos os dias fora não é? ... Mas de uma coisa eu garanto-te, eu não vou ficar a ver ele a comer-te e cuspir fora no canto de prato. Sim porque é isso que ele vai fazer contigo."

Aquelas palavras queimavam-me por dentro, a dor aumentava à medida que o meu braço também acusava as dores da força que Matteo me fazia no braço.

ANDRÉ POV ON:

Parece estar um temperatura agradável lá fora, corre um brisa fresca e não está aquele calor insuportável dos últimos dias. Apetece-me ir correr. Vou até casa da Bia, pode ser que ela queira ir correr comigo no passeio pedonal perto de sua casa.
E assim foi, peguei no carro e dirigi-me à sua morada.
Depois de ter tocado repetidas vezes e ninguém ter aberto a porta decidi desistir. Com certeza ela não está em casa. Mas eu vou correr na mesma, pensei convicto.

Corria livremente por aquele largo passeio. Não era o único, muitas outras pessoas o faziam a esta hora, talvez pela brisa fresca que sentia.
Enquanto corria, ao fundo avistei, aquele que parecia um casal a meio de uma discussão, só que quando cheguei mais perto, afinal não era um casal. Era Bianca e Matteo.

A minha garganta ficou num nó, e a respiração ainda mais acelerada, quando vi que ele a agarrada  brutamente no braço, enquanto ela gritava.

Eu: Larga-a já. - disse severo.

Matteo: O herói chegou- falou ironicamente, mas largando-a.

Eu: Bia estás bem?- perguntei preocupado, vendo que ela chorava e estava cabeça baixa.

Ela não me respondeu, e saiu dali a correr.

Eu: Bia por favor espera- disse correndo atrás dela, até que uns 100 metros á frente a alcancei.- o que é se passou? Porque choras?

Bia: André aqui não. Vamos para minha casa.

Assenti com a cabeça, seguindo-a até sua casa.

Em casa de Bianca:

Bia: Eu vou só buscar um copo de água, senta-te- falou indicando para o sofá.

Eu: Porque é que o teu amigo te agarrava? - ela suspirou pesadamente, mas agora parecia mais calma.- bia fala comigo. -pedi-lhe.

Bia: André...- ela falava trémula- é uma longa história, mas acho que tu mereces saber.

Eu: Estou aqui para te ouvir. -segurei as mãos dela cuidadosamente.   

Bia: O Matteo, era ele que me agarrava. Como tu sabes ele trabalha comigo. Ele e a Eva são os meus melhores amigos. Conhece-os desde o dia que aqui cheguei em Erasmus... e sempre foram as únicas pessoas que tive aqui nos últimos anos. Eu sou mesmo muito chegada a eles, são como os irmãos que eu nunca tive. Mas parece que Matteo sempre viu as coisas de outra forma. Na cabeça dele, eu e ele um dia seríamos algo mais... namorados talvez fosse o que ele pensava, embora ele nunca me tivesse dito nada. Ele sempre me tratou muito bem, mas sempre como amigos, eu nunca lhe dei esperanças, nem nunca ele tinha demonstrado querer algo mais, até tu apareceres. Mas calma tu não tens culpa de nada- agarrou a minha mão com força- o que aconteceu, foi que me aproximei mais de ti, surgiu esta hipótese de trabalho temporária, eu passo a estar mais tempo contigo, e parece que o Matteo não está a aceitar muito bem as coisas. Não sei se posso chamar ao que ele está a sentir ciúmes, pois na verdade nós não temos, nem nunca tivemos nada. Mas passando á frente, o que tu viste hoje, foi nada mais nada menos, do que a fúria de Matteo, depois de eu lhe explicar pela terceira vez que eu ele nunca teríamos nada, ele é como um irmão para mim, e eu não sinto nada por ele.

Eu: Bem eu não sei o que dizer- disse atrapalhado.

Bia: Não precisas de dizer nada, só te peço que tenhas cuidado com ele. O Matteo tem-se revelado uma pessoa violenta, e nunca se sabe o que pode fazer. Se ele falar contigo, promete-me que não lhe dás ouvidos, nem respondes ás provações deles. Promete-me André.

Eu: Preocupada comigo?- sorri.

Bia: Sim e muito. Promete André- disse séria e severa.

Eu: Eu prometo princesa- disse dando-lhe um beijo nas costas das mãos.

Num impulso ela abraçou-me e só queria ficar assim para sempre.