Lost in your light || André Silva

32.

NOTA DO CAPÍTULO: Ouçam ao som desta música. Gosto bastante dela e acho que fica mesmo bem com este capítulo.

*REMEMBER ON*

Eu: Precisas de mais alguma coisa? - pergunto.
André: Preciso. Preciso disto- disse acabando com a distância que nos separava.

Um  beijo que era tudo menos calmo, ele beijava-me de forma intensa, e os  seus braços circundavam a minha cintura. Eu correspondia, e os meus  braços estavam no seu pescoço, subindo por vezes até ao seu cabelo.
O  desejo entre nós era evidente, e André pressionava de tal forma o meu  corpo contra o seu, que acabei por subir para o seu colo, onde este me  levou até ao meu quarto.

André: Bia eu amo-te- disse deitando-me na minha cama, enquanto sorria e olhava ofegante para mim.
Eu: André, eu ...
André:  Shiuuu- disse calando-me com um beijo igualmente tenso.

Não demorou muito até André tirar a sua camisola, uma vez que o calor entre nós era imenso.
Eu tentava falar, mas não conseguia, a minha respiração estava demasiada acelerada.

*REMEMBER OFF*

Eu: André tens mesmo a certeza?- disse entre suspiros
André: Do que? Disto ou de que te amo?- parou de me beijar para me encarar com um sorriso.
Eu: Dos dois- disse séria.
André: Tenho ainda mais a certeza do que quando aceitei vir para o Milan. Mas ainda vem que aceitei, se não provavelmente não nos iríamos conhecer.
Sorri com a sua comparação, e André continuou com o que estava a fazer tirando a minha camisola. Os seus beijos rapidamente desceram da linha do meu maxilar para o meu peito, mas deixando antes um chupão no meu pescoço.
As coisas foram evoluindo sem muita pressa, apesar do desejo entre nós ser evidente, e quando dei por mim estávamos os dois cansados e transpirados, deitados lado a lado.

Estava agora  com a minha cabeça sobre o seu peito, André tinha sorriso bastante rasgado e fazia "desenhos" com as suas mãos nas minhas costas, até que decido quebrar o silêncio.
Eu: André, isto é correto?-pergunto sem encarar o moreno.
André: Isto? Nós? -pergunta, levantado a minha cabeça e fazendo me o encarar.- Bia desde o primeiro dia em te vi que despertastes sentimentos em mim, para os quais nem os livros de Shakespear conseguiriam explicar. Eu não me arrependo de nada do que acabou de acontecer entre nós, e por favor diz-me que também não estás arrependida-o pânico era visível na sua cara- o que acabamos de fazer é a prova viva há que amor e entrega entre nós.
Eu: André eu também não me arrependo. Eu só tenho... tu sabes... medo. Medo de não ser suficiente para ti, afinal tu és uma estrela em ascensão, acredito que terás um futuro muito promissor aqui no Milan-disse com um sorriso fraco e envergonhado.
André: Que história é essa agora? Só porque sou famoso, não tenho que gostar de alguém igualmente famoso.
Bia, olha-me nos olhos-ele pediu- tu nunca te importantes com isso, até hoje tu sempre me trataste como o André, aquele que quase ia aleijando a sério o próprio irmão num acidente de carro-coçou a nuca ao lembrar do sucedido- e não como o André que te passou à frente na fila do jogo do Milan e que é feliz a correr atrás de uma bola. Diz lá, porque essas inseguranças todas?
Eu: Eu não sei André. Eu realmente não sei, eu só não sei lidar com estes sentimentos. Tu chegaste, e em tão pouco tempo tornaste-te tanto.
Sabes... eu nunca me entreguei a ninguém-sorri envergonhada- e nunca pensei fazê-lo com alguém que conheço à tão pouco tempo.
André: Tu estás-me a tentar dizer que eu fui primeiro?- sorriu com um sorriso do tamanho do mundo- foi comigo? ... Tu eras...?
Eu: Sim André... -sorri
André: Fico tão feliz. Podias ter dito. E não precisas de ficar envergonhada- passou levemente o seu polegar pela minha bochecha- posso fazer-te uma pergunta?
Eu: Sim podes.- neste momento eu já tinha medo do que de ali pudesse sair.
André: Doeu muito?- perguntou embaraçado.
Eu: Não, é uma dor que se suporta bem. Sei lá.. nem tive muito tempo para pensar nisso-disse rindo-me.
André: Ok, ok. Desculpa- caiu no riso também. - há mais uma coisa que te quero perguntar.
Eu: Estás-me a assustar com tantas perguntas. Pergunta logo André- disse rindo.
André: Se posso isto ... -disse olhando fixamente para os meus lábios.
Eu: Isto o que?
André: Isto. -e beijou-me.
Eu-  beijei-o também como resposta.
André: Isso é um sim?
Eu: Não sei. O que te parece?
André: Parece-me um sim.- riu, e no momento em que me ia beijar novamente, o seu telemóvel que se encontrava na sala, toca.
Eu: Vai lá, pode ser importante.- sorri e acariciei a sua mão.

André foi até a sala, onde atendeu o seu telemóvel.
Como estava a demorar algum tempo, vesti novamente a minha roupa e fui ao seu encontro.

*Na sala*

André: Não sejas chato mano, vim só até casa da Bia .... isso não te interessa Afonso .... conta lá o que me querias dizer .... a sério? .... e vem todos? .... todos mesmo? Fico muito feliz. Quando chegam? .... amanhã cedo? .... mas eu não estava a contar .... eu não sei se vos posso ir buscar, mas eu vou ver o que posso arranjar ... xau, manda beijos para o restante pessoal .... até amanhã.

Eu: Está tudo bem?- perguntei apreensiva, e acabando por assustar o moreno, que não estava a contar com a minha presença na sala.

André: Sim, tudo ótimo aliás. - disse esboçando um sorriso enorme. - a minha família vem me fazer uma surpresa amanhã. -disse com os olhos brilhantes.

Eu: Fazes anos?- perguntei.

André: Não -riu-se.

Eu: Desculpa- corei- sim, também não precisas de fazer anos para receber visitas dos teus familiares. Ainda por cima deves estar cheio de saudades dos teus pais.

André: Sim estou. Na verdade sinto muito falta de toda a minha família. Somos todos muito unidos. E amanhã vem todos.

Eu: Todos? -arregalei os olhos

André: Sim, os meus pais, os meus primos, que já conheces, e os meus tios, pais do Felipe, do Hugo e do Diogo, e os pais do Tiago e do Zé. Ah, e ainda vem um outro tio meu, que é pai das minhas primas, mas elas trabalham e não podem vir.

Eu- ainda estava espantanda com tanta gente, e a maneira como André falava transparecia um enorme afeto e saudade- sois muito unidos, portanto- sorri.

André: Nem imaginas o quanto. E quero que os conheças.

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CONTINUA ...