17 - You're caring and OH.

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É estranho como tudo parece mais complexo quando precisamos ajudar alguém. Harry não sabia se estava realmente fazendo o certo, mas ele estava tentando. Louis parecia melhorar a cada dia que passava, mas ele ainda tinha suas dores e desconfortos que só eram acalmadas com remédios fortes que o faziam dormir por horas.

Ele se sentia cansado, do tipo cansado de estar cansado. Tomlinson apenas dormia e sentia dor, mas durante algum tempo teve a chance de esclarecer suas perguntas, fazendo Harry se sentar na beira da cama e confessar que a culpa era realmente dele e que ele sentia muito, mas não contou motivos nem disse coisas concretas que pudessem trazer uma resposta. Nem uma pista ou dica, Louis se sentia frustrado.

O cacheado passou a semana em função da casa e de Louis, até sentiu-se como uma mãe preocupada. Não, talvez fosse algo muito além disso. Ele cuidou, deu banho, alimentou, aguentou os choramingas do menor durante dias e nem parecia se importar com isso. Durante a noite, cobria o corpo enfermo do moreno e ia em direção ao sofá da sala, onde dormia encolhendo suas pernas enormes.

Era onze e meia e Harry estava terminando de vestir Louis para coloca-lo dormir.

– Sinto como se fosse sua mãe – Harry murmurou.

– Eu poderia dizer desculpas, se isso não fosse culpa sua... – Louis fez graça.

– Eu poderia te deixar se cuidar sozinho, se não fosse culpa minha... – Harry revidou em um suspiro. E Louis se sentiu culpado. Harry já carregava a carga da culpa e não precisava de um mal agradecido jogando em sua cara que ele era o culpado.

– Harry eu-

– Tudo bem Louis, eu não me importo.

O silencio voltou a reinar no ambiente. Louis foi colocado por entre os travesseiros e foi coberto até o pescoço. Harry beijou sua testa e foi em direção à porta para apagar a luz e sair. Louis estava em uma guerra interna de se dizia ou não aquilo que estava em sua cabeça. Ele queria aquilo, mas tinha medo da reação de Harry. Apesar de o cacheado estar compreensível nos últimos dias, ele não queria que aquilo acabasse com a maldita frase que perseguia sua mente.

– Harry... – Falou antes de o garoto sair pela porta. Era agora ou nunca. Harry se virou voltando a acender a luz.

– Sim? – “Vamos Louis é agora!”

– V-você se importaria... Em... Dormir aqui? – um tom rubro lhe subia pelo pescoço e nuca até suas bochechas e orelhas. Ele gostaria de poder colocar o travesseiro sobre o rosto e morrer. Mas ele apenas olhou para Harry que continha um sorriso mordendo o lábio inferior.

–  Você quer mesmo isso? – Perguntou se aproximando de vagar. Louis apenas fechou os olhos e assentiu rindo. A luz então foi apagada e logo um dos travesseiros foi removido do seu lado, sendo ocupado pelo corpo grande e magro de Styles. Louis havia percebido que ele tirara as calças e a camisa, e vestia apenas boxers. Isso acabou fazendo o coração de Tomlinson acelerar, não que isso fizesse o menor sentido.

Louis fechou os olhos, mas logo uma respiração tocou sua orelha.

– Por que está ansioso Louis? – Harry chegou extremamente perto para sussurrar na orelha do menor. E na verdade o moreno nem havia percebido que sua respiração estava pesada e que agora mais pareciam ofegos.  – Eu posso ir para o sofá se você não for conseguir relaxar...

– Não! – quase gritou logo se corrigindo – não, quero dizer tudo bem. Eu me sinto melhor se ficar.

– Então tudo bem – sussurrou e logo passou a ponta de seus dedos pelo braço do moreno, sentindo a pele se arrepiar abaixo de seus toques. Louis suspirou tentando manter a calma, mas em apenas alguns toques Harry já conseguia atiçar ate mesmo os mais insanos sentimentos no garoto.

In The City StreetsOnde histórias criam vida. Descubra agora