15- just another day

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Quantas vezes você fez algo que se arrependeu? Quantas vezes quis voltar atrás nas suas decisões que achou serem corretas, mas que no meio do caminho acabaram sendo equivocadas? Quantas vezes você quis poder prever o futuro para poder escolher a coisa certa no presente? Quantas vezes você não tentou por medo de sofrer? Quantas vezes o medo te privou de tudo?

Não apenas o medo, mas também a dúvida e a incapacidade de agir sozinho. Todos precisam de alguém para dividir, sejam as coisas boas, ou até mesmo as culpas de algo errado. Na maior parte do tempo, é assim que Louis e a maioria das pessoas se sentem.

Louis havia acordado atordoado naquela tarde, ele ainda sonhava com os toques pesados e violentos de Harry em seu corpo. Nunca imaginou que o rapaz assustado que pisou nele tempos atrás tivesse tanto escondido em si, tanto mistério e coisas a se descobrir.

Niall havia saído com Zayn então a casa estava vazia e silenciosa. Decidiu que sairia para almoçar hambúrguer em algum lugar. Vestiu suas calças skinny pretas e um moletom, na cabeça um gorro de cor vermelha. Trancou tudo e desceu pelo elevador. Na portaria, deu bom dia ao porteiro e saiu. Não era um dia normal, não mesmo. Era um dia de folga diferenciado, onde o sol parecia um tanto mais quente e a brisa parecia mais úmida que o normal. As ruas estavam mais movimentadas, mas uma coisa chamou a atenção do pequeno Tomlinson: Dois homens vestidos de preto.

Não eram simples homens com vestes pretas, eram homens fortes, profissionais e mal encarados. A espinha de Louis gelou e ele não sabia se devia sentir medo ou não, mas ele estava sentindo.

Ao entrar no restaurante, escolheu uma mesa qualquer e ao sentar, direcionou seu olhar para fora do estabelecimento à procura dos tais homens, mas eles haviam sumido. “Estranho” foi o que pensou.

Seu almoço foi considerado tranquilo, durante a breve hora que passou ali, degustando seu hambúrguer e batata, seu refrigerante e sua sobremesa, não percebeu nada de suspeito que ligasse aos homens de preto que o observaram. Talvez não fosse nada com ele... Talvez.

De volta à rua, pensou em dar uma volta... Mas o medo de encontrar novamente aqueles homens, fez com que ele voltasse para o apartamento.

Faltava apenas uma quadra, era rápido se fosse considerar tempo. Era perto se fosse considerar distância, mas era perigoso porque ainda havia dois becos escuros – mesmo sendo de dia – os quais ninguém gostava de passar na frente. Louis engoliu o medo por um segundo e passou do primeiro beco sem nenhuma complicação, além de tropeçar na própria insegurança. Mais alguns paços e só faltava um beco e dois prédios para chegar ao seu. Por um segundo, seu corpo se encheu de segurança e ele andou de cabeça erguida, mas o ultimo beco chegou e o homem que ele tanto temia apareceu em sua frente.

– Louis Tomlinson? – perguntou uma voz seca e grossa.

– S-sim? – engoliu em seco.

– Preciso que me acompanhe.

– Aco-acompanhar v-ocê? – gaguejou e praguejou-se internamente por isso – posso saber para onde exatamente?

– Não, mas se você não quiser ir por bem... Você irá por mal.

Louis nunca foi de obedecer a regras, e talvez seja por isso que ele tentou correr do homem que era três vezes maior que ele. Claro que o brutamontes o agarrou antes mesmo de ele conseguir chegar ao seu destino. Sendo jogado dentro de um carro, o qual ele não sabia de onde havia vindo. Enquanto dois homens enormes sentaram um de cada lado seu, no banco de trás.

É, não haveria como fugir dali.

-x-

Quando o carro parou, mais ou menos meia hora depois, Louis já sentia suas pernas tremerem involuntariamente. Maldito medo que o perseguia. Um dos homens o segurou pelo braço enquanto eles andavam até um velho barracão abandonado, parecia mais uma mecânica velha fechada havia anos.

Lá dentro um homem com barba por fazer e cabelos castanhos o esperava sentado no que parecia seu escritório. Louis foi colocado em uma cadeira de frente para o homem. Sentia tanto medo que nem pensou na possibilidade de sair correndo. Até porque ele nem sabia onde estava se saísse correndo nem saberia a quem recorrer.

O tal homem o observava com cautela, tentando talvez gravar todos os traços masculinos e inocentes naquela face. Louis já se sentia desconfortável por estar sendo observado com tanta intensidade. E o homem não dizia uma palavra sequer. Foram assim os primeiros dez minutos ali, até que o estranho resolveu se pronunciar.

– Me disseram que... Você era bonito, mas... Eu não achei que fosse tanto... – disse em uma voz rouca e sexy, que o fazia lembrar-se de Harry. Quando percebeu o elogio, corou fortemente.

– O-obrigada, eu acho – suspirou – eu por acaso conheço você?

– Tenho certeza que não! – sorriu – mas eu conheço você.

– C-como?

– Sei que você andou saindo com uma pessoa e que... Bom... Não posso entrar em detalhes. – O rosto de Louis voltou a corar intensamente junto com seu pescoço e orelhas, estava calor assim?

– E-eu...

– Você não precisa dizer nada, apenas responda o que eu te perguntar, sim? – Louis apenas assentiu.

– Harry Styles... O que sabe sobre ele?

– Não muito... Ele pisou em mim uma vez na rua e depois apareceu pedindo desculpas e me ajudando... Até quando sofri um acidente ele veio me ajudar e tudo.

– Típico dele... – murmurou sozinho – preciso de mais informações...

– Ele cursa agronomia... E é o que eu sei...

– Você vai pra cama com um cara que nem conhece direito?

– E-eu... – seus olhos estavam, com certeza, arregalados – Wow! Eu achei que estivesse blefando sobre saber... Daquilo.

– Eu sei mais coisas do que você imagina.

– Bom... É só isso que sei, posso ir? -  A única coisa que o homem fez foi rir da pergunta de Louis.

– Você acha que eu te trouxe até aqui pra você me dizer isso?

– Bom eu sinto muito, mas é o que sei.

– PORQUE ESTÁ PROTEGENDO-O? – o homem gritou com todo seu folego, fazendo seus pulmões arderem e Louis prender a respiração.

– E-eu juro, não estou protegendo ninguém! Eu n-não sei de nada! – sua voz já estava embargada e ele provavelmente derramaria lágrimas em breve.

– Chad! Leve esse garoto para a salinha, vou ter que ter uma conversa de outro nível com ele. – chamou o homem que estava na porta, o mesmo veio até Louis e segurou-o pelos braços, arrastando-o para um lugar escuro e desconhecido.

– O que vai fazer comigo? Por favor, eu juro que não sei de nada! – de nada adiantaram os gritos, pois ele já estava trancado em uma cela desconhecida e gelada com lágrimas quentes correndo de seus olhos azuis.

I, I can't resist

Trying to find exactly what I miss

It's just another day without you

Why can't you stay forever

Just give me a reason

Give me a reason 

N/a: Oi eu sei que vocês me odeiam por fazer um hiatus tão demoníaco de tantos meses.. Mas eu voltei e prometo seguir firme. Nunca abandonaria esse meu xodó. 

Agora que Youtubers acabou, provavelmente terei um pouquinho mais de tempo, mas ainda preciso estudar porque terceiro ano do ensino médio não é brincadeira. 

MUSICA DO CAPÍTULO: Just another day - Jon Secada

Espero que tenham gostado, foi um pouco de suspense e o proximo sai logo. 

Espero que realmente me desculpem pela demora! 

Seria bom receber uns comentários de "bem vinda de volta". 

Desculpe por estar curto e uma bostinha, mas vai melhorar! Prometo. 

Beijos ate o proximo

In The City StreetsOnde histórias criam vida. Descubra agora