In The City Streets

16 - Hero Styles

Tomlinson abriu os olhos, a dor que o tomou era até então desconhecida pra ele. Seus braços estavam amortecidos, presos acima de sua cabeça em correntes que o suspendiam do chão. Havia sangue seco por todas as partes do seu corpo, seu nariz provavelmente quebrado parecia pulsar e seu cérebro se negava a apagar. Ele sofria.

Não sabia quantos dias havia se passado, mas sabia que queria ir embora daquele lugar nojento o mais rápido possível. Ele já sabia o motivo de estar ali, o que ele não sabia era a resposta para o que o covarde queria.

A culpa era de Harry, e já não bastava o cacheado ter quebrado seu coração, mas também tinha que quebrar seu corpo inteiro? Claro que ele estava generalizando a culpa toda para Harry, mesmo sabendo que talvez o garoto nem soubesse que ele estava naquele cativeiro, tendo que mijar nas proprias calças a uma altura de mais ou menos dois metros do chão.

"Eu quero tanto um Doritos." - Era o que ele pensava.

Podia ser algo superfulo, mas pra que não comida ha não se sabe quanto tempo, até um bolinho de lama é considerável, apesar de ser nojento.

Quando seu cérebro decidiu se entregar à escuridão, um estrondo se fez presente no ambiente, mas agora os olhos de Louis já haviam se fechado e ele não conseguia mais manter sua cabeça erguida, assim ela simplesmente desabou para o lado e tudo apagou.

-x-

Harry não tinha opção, depois da ligação de Clark Debelone a única reação que ele teve foi ligar para um de seus conhecidos e pedir o endereço do filho da puta. Claro que a casa estava vazia, mas como Debelone era muito desorganizado acabou deixando algumas pistas chave para trás, dando a chance assim de Harry descobrir onde ele estava e até mesmo com quem ele estava trabalhando.

Diferente do que de costume, Styles não caminhou até o endereço ele pagou um taxi até as proximidades. Isso prova a ele mesmo o quanto ele se preocupava com Tomlinson. Parece pouco, mas pra Harry uma quebra nas suas rotinas significa muito, e com Louis a rotina sempre acabava por ficar em segundo plano.

Ao chegar à estrada de terra, Styles sabia que estaria perto, pediu então que o motorista do taxi o deixasse ali, pagando ao mesmo 30 libras, que seria pouco menos que o dobro do valor. "Fica pra você, valeu" foi o que murmurou ao sair do carro de cor cinza. Enquanto fazia a volta, Harry seguia a passos longos, tais que suas pernas ajudavam muito.

Quando uma construção antiga foi avistada em meio a uma clareira. Havia mato por todos os lados e o que Styles não havia pensado, é que ele teria de levar um Louis provavelmente machucado, no colo, até o asfalto.

"Muito bem Styles, você é tão esperto quanto esta pedra" - chutou uma pedra que havia no caminho.

La foi ele, ao chegar mais perto pode ver um dos capangas parado na porta segurando uma escopeta em sua mão.

"Parece que o armamento deles está em baixa" - pensou, carregando de ironia sua risada.

Não havia um carro ali. Clark não estava. Ponto para Styles.

Não foi difícil chamar a atenção do capanga para o mato e acerta-lo na cabeça com uma grande pedra, fazendo-o sangrar até sua provavel morte. Styles sorriu e andou calmamente até a porta. Trancada. Só podia ser piada.

Voltou ao corpo em busca de chaves ou qualquer coisa que o pudesse ajudar, nada. A chance era arrombar. E foi o que Styles fez, acertando seu pé com uma força desmedida, fazendo a porta velha se quebrar.  Ele andou pelo local empoeirado e sujo procurando por uma porta, ou uma abertura, ou o que quer que fosse.

E ali estava, perto do que parecia uma mesa de escritório, uma porta discreta de madeira velha. Como antes, Harry juntou toda a força que podia e quebrou-a, entrando naquele local escuro e desconhecido.

Ele estava muito calmo se fosse considerar o momento em que se estava passando, mas ele não estava desesperado, estava preocupado com Louis, mas nao desesperado. Ele ainda conseguia pensar racionalmente em cada movimento.

Seus olhos se encheram de pena, preocupação e principalmente culpa.

O garoto estava acabado. Seu corpo estava totalmente sujo de sangue seco e poeira, suspenso no ar daquela forma, fez Styles sentir seu estomago revirar - coisa que nunca acontecia. Lutou pela primeira vez contra suas lágrimas, enquanto subia nas escadas de metal que estava escorada na parede. Tocou o rosto machucado de Tomlinson acariciando sua bochecha com carinho. "Sinto muito", foi o que ele conseguiu sussurrar antes de cair na real de que precisava sair dali logo. As correntes ele conseguiu quebrar com um martelo que havia em cima de uma das mesas. Na verdade aquela sala possuia um arsenal muito invejável de objetos de tortura, que Harry nem teve tempo de olhar, pois assim que soltou uma das correntes percebeu que nao conseguiria tirar o corpo magro do garoto dali sem machuca-lo mais.

De alguma forma seus braços conseguiram segurar o corpo que parecia vezes mais leve, enquanto descia os degrais e ao chegar no chão apoiou o garoto e pegou-o deitado em seu colo. Por um segundo a vontade de juntar seus lábios passou pela cabeça do cacheado, mas ele apenas tocou a testa do pequeno com seus lábios carnudos em um singelo sinal de carinho.

Saiu andando e não foi pela estrada, seguiu pelo meio das àrvores. Não queria que Clark cruzasse seu caminho, pois com Louis ferido em seus braços seria impossível brigar.

Ele iria salvar Louis, quantas vezes necessário.

-x-

Louis novamente passava por aquele ritual de abrir os olhos e sentir dor. Mas dessa vez, seu corpo não doia como antes e ele estava deitado. Deitado em uma cama macia, que nem em sonho seria dele. Mas que porra.

Ele conhecia muito bem aquele quarto. Conhecia sim, era o quarto de... Harry.

- Olá dorminhoco! - Harry entrou no quarto com um sorriso animado - Achei que teria de levar você ao hospital.

Harry riu e Louis abriu um breve sorriso, já que não conseguia falar. Styles então percebeu que ele provavelmente precisaria de água. Um copo foi enchido pelas grande mãos do garoto e entregue nas pequenas e ossudas mãos de Tomlinson que colocou um breve gole do líquido para dentro de seu corpo e sentiu a àgua descer pelo seu esôfago. Muito bom.

Harry havia cuidado de Louis, logo que conseguiu uma carona para o centro, levou-o até seu apartamento onde arrumou seu nariz que encontrava-se deslocado de seu lugar normal e deu um longo banho de banheira naquele corpo desacordado e sujo. Quando limpo, Louis foi vestido e deitado na cama, onde ficou por algumas horas. Harry até servia breves seringadas de líquido dentro da boca do menino, mas nenhuma reação era percebida. Ele estava em um outro nível de sono, podendo também ser chamado de estágio fuga, onde o corpo desliga para fugir da dor.

Como Louis acordou, Harry tirou os pés dele de baixo das cobertas e começou a massagear. O garoto fechou os olhos e aproveitou o delicioso momento. Ainda não era hora para perguntas, mas assim que Louis melhorasse, ele desabafaria tudo que sentiu e pediria respostas sobre Harry e não ficaria mais alheio ao que ocorria em baixo de seu nariz.

Ele faria Harry contar tudo e explicar em míseros detalhes tudo que acontrceu desde o início. Mas talvez ele não estivesse preparado para as verdadeiras faces de Harry Edward Styles.

Continua...

N/A: Desculpem a demora, desculpem os erros. No proximo att explico tudo que acomteceu pelo atraso e por nai ser eu quem postou. Beijs Comentem o que acharam dessa merdinha!!!!! *kisses*