CAPÍTULO 18: O Romance

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O Victor estava mostrando uma parte de Penedo para a Emily. Eles foram conhecer a casa do Papai Noel que era o Shopping Pequena Finlândia o principal centro comercial de Penedo. E depois eles foram conhecer o Clube Finlândia onde se encontra o museu com peças representativas do país finlandês. E também a Fábrica de Chocolates onde os turistas podem ver de perto a produção do chocolate e alguns doces. Em todo o percurso a Emily contava a sua historia de vida e o Victor correspondia. Os dois riram muito relatando as cenas vergonhosas que eles já tinham passado no ensino médio. Eles compartilhavam incansavelmente o passado. E achavam graça das decepções onde eles sofriam muito na época. Os dois sentiam que já se conheciam a anos. A comunicação era tão fluida que eles não paravam de ter assuntos. O silêncio era preenchido o tempo inteiro com alguma história da própria vida. Eles pararam de andar ao chegar na Cachoeira das Três Bacias. Os dois sentaram em uma pedra ouvindo o som da água cair criando uma grande piscina natural.

— Eu não sabia que os escritores eram tão divertidos. — Emily estava comendo um chocolate.

— Vocês devem ter uma visão sobre a gente muito errônea. — Victor sorriu.

— Não é isso. Eu imagino um escritor bastante culto. — Ela encenou uma pessoa bem seria. — Ou seja, vocês só conversam sobre política, filosofia e assuntos difíceis para meros mortais.

— Só que não. — Victor riu.

— Isso é bom. — Ela observou as árvores ao redor. — Seria muito monótono um escritor seguir o mesmo padrão um do outro. Ou ser exatamente assim como eu acabei de dizer.

— Eu acredito que um escritor é uma pessoa que tenta se tornar eterno com a escrita entende?

— Eu não compreendi. — Emily ficou confusa.

— As vezes eu escrevo e sinto que me afasto da morte. É como se eu estivesse criando uma marca eterna no mundo. — Victor sorria. — É como morrer e renascer. É como experimentar a própria experiência. É como sentir Deus entre os dedos e gerar aquilo que ainda não existe na criação.

— Você fala de uma maneira tão bela. — Emily estava encantada.

— Deve ser porque eu sou um escritor. — Ele riu.

— Mas um escritor escreve e não fala. — Ela brincou.

— De fato você tem razão. — Victor pegou uma pedra e jogou na água.

A Emily abaixou a cabeça e voltou a encarar o Victor. Os dois estavam se olhando. Os olhos fixados um no outro. E sem intenção as mãos se juntaram. Os dedos entrelaçaram, e eles não perceberam que os dois estavam mais próximos e mais íntimos. Um desejo latente nasceu em seus corações. Mas a vergonha de serem rejeitados estavam segurando os dois de seguirem o próximo passo. O Victor sentiu olhando nos olhos da Emily que ela estava dizendo: "Sim". E foi então que ele aproximou os seus lábios no dela. E os dois se beijaram apaixonadamente naquela linda cachoeira. O tempo parou para ambos. Uma gota de amor caiu sobre a terra seca que existia em seus corações. Para a Emily aquele era o seu primeiro beijo. E para o Victor também. Ao longe um homem careca estava com o celular fotografando a cena de romance dos dois. As fotografias estavam sendo encaminhadas com a mensagem "O que você acha?" para um destinatário com o nome: "Roberta Scott".

 As fotografias estavam sendo encaminhadas com a mensagem "O que você acha?" para um destinatário com o nome: "Roberta Scott"

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