CAPÍTULO 35: O Antagonista

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O Lucas e o Victor chegaram em Penedo e quando estacionaram o carro os dois ficaram pensativos sobre o que aconteceu na Bienal.

— Isso tem que parar. — Victor estava de cabeça baixa. — Eu não achava que ser escritor me levaria a experimentar as piores sensações da minha vida.

— A culpa não é sua. — Lucas tentou consolar. — Talvez a sua existência sirva para mudar as coisas.

— Eu não quero mudar nada. Eu só quero poder viver em paz.

O celular do Lucas começou a tocar e era a sua colega de trabalho a Jessica Müller.

— O que houve Jessica?

— Eu fiz besteira Lucas — Ela estava com a voz ofegante na outra linha. — Kaio agora é o único dono da A Editora™ e o Rubens está morto. E o motivo da morte é envenenamento.

— Como assim? — Lucas ficou perplexo. — Mas o que você fez?

— Eu estou ajudando o Kaio a burlar a burocracia para conseguir agilizar a troca do proprietário.

— E por que você está fazendo isso? — Lucas ficou surpreso.

— Ele me ameaçou de morte. Eu liberei a ele todo o material que conseguimos da Roberta Scott e ele quer denunciá-la. Eu não sei exatamente qual é os planos dele.

"E não é atoa que os dois estão casados!" Ele pensou.

— Se ela descobrir ela ficará furiosa, e o próximo passo dela vai ser eliminar todos do caminho dela. — Jessica suspirou. — Inclusive você.

O coração do Lucas disparou. E ele se lembrou da Emily que estava sozinha na casa do Victor. Ele tirou a pistola 9mm do porta-luvas e escondeu atrás na calça jeans e correu com o Victor até a sua casa. Quando eles abriram a porta a Emily estava presa nos braços do Tenório que pressionava o cano da Glock G25 na cabeça dela.

— Ora, ora. Até que enfim o escritor chegou. — Tenório sorria. — Será que os seus parágrafos conseguem salvar essa digníssima Dama? — Ele tentou beijar o rosto dela, mas ela recuou.

O Victor iria se aproximar quando o Tenório apontou a Glock em direção a ele.

— Não banque o espeto comigo meu camarada. — Ele o encarou. — A ordem é para matar vocês, mas eu vou fazer melhor. Eu vou torturá-los.

— Solte-a! — Victor gritou. — Ela não tem nada haver com isso. Você quer a mim.

O Tenório soltou uma gargalhada enquanto o Lucas calculava toda a situação.

— Realmente você é o único aqui que realmente vai fazer o saldo bancário da A Editora™ subir nas alturas quando a sua morte for divulgada em todos os lugares.

— Qual a razão disso tudo? — Victor estava indignado. — Pra que isso?

— Há tempos atrás a Roberta Scott tentava vender os livros de forma honesta seguindo fielmente todas as leis. Mas a sua honestidade tinha um preço, e ele tirava todos os lucros da A Editora™. Ela era cobrada por resultados. Esse era o trabalho dela. Dar resultados. — Ele explicou. — Quando um autor morreu por causa de um câncer e após a sua morte as vendas de sua obra aumentaram ela viu naquela situação uma solução para os problemas da falta de lucro. O problema não somos nós, mas sim como o mundo funciona. — Tenório começou a andar empurrando a Emily. — As pessoas estão entediadas. Elas querem comprar algo estimulante. E nada mais interessante do que comprar uma obra de um autor que supostamente previu a sua morte em um capítulo.

O que o Tenório dizia era extremamente frio e calculista. Usar a vida humana como uma forma de conseguir dinheiro era deveras horripilante. A publicidade que a Roberta criava era mortal. Ela se aproveitava do sonho dos escritores para levá-los ao matadouro sem prévio ou aviso.

— Sem mais delongas. — Ele destravou a arma. — É hora de aniquilar.

— Não! — Victor avançou em Tenório.

Ele apontou a arma em direção ao Victor, e o Lucas puxou a arma que estava presa atrás dele no jeans e apontou em direção ao Tenório. A Emily mordeu o braço dele e se soltou. O Tenório disparou contra o Victor acertando ele no peito. E o Lucas disparou duas vezes uma ele errou, e a segunda acertou o pescoço de Tenório fazendo ele cair morto no chão segurando pescoço.

 E o Lucas disparou duas vezes uma ele errou, e a segunda acertou o pescoço de Tenório fazendo ele cair morto no chão segurando pescoço

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