A Roberta Scott estava convicta. Ela caminhava com o objetivo latente em seu peito. Segurando um galão de gasolina na sua mão direita. Ela estava indo em direção a matriz da A Editora™ sabendo que o seu marido estaria na sala do Rubens. Ela chegou ao Aeroporto de Congonhas em uma viagem que durou 3 horas. Ela sabia que todos os funcionários naquela hora da noite por voltas das 20:30 não estariam mais na editora. A Roberta nunca aceitou perder. Ela sempre desejou o poder. Ela passou a sua vida profissional na A Editora™ orquestrando todos os planos para se tornar a dona legítima. A traição do marido era algo que ela não conseguia conceber. Isso feria profundamente o seu ego inchado. A recepção do edifício Itália estranhou a Roberta segurando um galão de gasolina e tentou querer saber o que aquilo significava. Ela retirou da bolsa uma Taurus Pt 138 e atirou direto na cabeça do porteiro que se aproximou. Ela também disparou contra os dois seguranças que estavam presentes.
— Eu vou ver o meu marido. — Foi as palavras que ela disse.
Ela acionou o elevador e a sua mão que segurava o galão de gasolina estava tremendo. A Roberta estava terrivelmente nervosa. A fúria dela se tornou algo incomum. Ela desejava vingança. Ela precisava ver na face do traidor a agonia de sua dor. Ela chegou no andar da A Editora™ entrou no escritório e jogou gasolina por toda a parte. Ela chegou próximo a porta que dava acesso a sala do Rubens e riscou um fósforo e o jogou. Ela se virou e abriu a porta. A cena a seguir fez o Kaio tremer. Ele estava sentado bebendo o conhaque que o Rubens adorava. A Roberta entrou na sala com um incêndio acontecendo atrás dela. A Editora™ estava em chamas.
— O que você fez? — Ele gritou.
— Eu e você morreremos juntos dentro dessa maldita editora.
Ele tentou passar por ela, mas a Roberta o empurrou. O fogo começou a se alastrar pela sala do Rubens. A Roberta estava tão possuída pelo ódio que ela não demonstrava medo. A sua face transparecia o prazer. O Kaio entrou em desespero pedindo socorro. Ele percebeu que não daria mais como fugir. O incêndio iria engolir os dois juntos.
— Se eu não posso ter o que eu quero. — Roberta estava sorrindo com malícia para o Kaio. — Então ninguém terá.
Ela pegou a garrafa do conhaque e quebrou na cabeça do Kaio. E com um pedaço de vidro ela começou a atacar o pescoço dele, mas a violência só durou por alguns segundos. O incêndio aumentou. E o fogo cobriu o corpo de ambos. Os dois morreram carbonizados dentro da editora.
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A Editora™
Ficción General"Quanto vale a morte de um escritor para uma editora?" Essa é a pergunta que o jornalista, Lucas Duarte, quer ver respondida após cogitar, e perceber, que uma editora estaria lucrando com a morte de alguns autores renomados. Um jovem escritor chamad...