Capítulo 11

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Sans colocou Papyrus no chão e tocou o ombro da jovem.

*Frisk? Está tudo bem?

*An? A-ah, sim, é que a recepção foi tão calorosa que me lembrou de algo que me dá saudades.— Respondeu sorrindo meiga.

*Acostume-se, somos uma família única, as recepções são sempre uma festa. — Gaster riu.

*Uma família única. — A jovem sussurrou pouco antes de pegar Papyrus no colo que insistia pela atenção da menina.  Sans guiu todos a cozinha onde uma lasanha caprichosa os aguardava quase que em pose sensual de tão convidativa.

*As lasanhas do papai são sempre incríveis!— Disse Sans. — Acho que chegamos a tempo do batismo.

*Batismo? — Frisk parecia confusa.

*É com você pai. — Respondeu Sans com um enorme sorriso.

*Eu a batizo… Lyn! Esse será seu nome.

*Bendito seja Lyn a Lasanha!— Disseram Papy e Sans juntos. — Toda obra de arte tem um nome , veja o seu por exemplo, é Frisk. — Sans deu uma piscadela para a menina a fazendo ruborizar.

Todos se sentaram se servindo, Frisk estava feliz rindo de forma gostosa e aquilo deixava Sans mais tranquilo , pensara que a garota não iria se simpatizar com sua família por tamanha simplicidade, sentiu-se um lixo por pensar isso dá amada, em momento algum esta demonstrará ojeriza pelo maior , não faria sentido algum sentir por sua família, na verdade Frisk agia e conversava como se já os conhecesse a anos.

O jantar acabou e a menor se ofereceu para lavar a louça, apesar da insistência de Gaster para que não o fizesse a menina tomou a própria decisão.

*Isso pai, deixa ela aí, aproveita e pega a vassoura e a pá pra ela varrer a sala também.— Sans brincou.

*Idiota!— A jovem jogou água no parceiro rindo.

Trabalho terminado, foram para a sala para ver um filme, mas Papyrus tomou posse do controle e ficou assistindo seu desenho favorito, mal a abertura começou e ele deu um pulo e começou a cantar, Sans o acompanhou na canção.

*“A aventura vai começar, todos juntos vamos visitar , o mundo de Papy e seu amigo Sans, diversão é aqui! Hora do espaguete!”— Terminaram em sincronia mesmo com trechos trocados fazendo Frisk rir, pois também adorava o desenho.

*Como conheceu Sans?— Gaster enquanto os irmãos se distraiam .

*An? E-ele não contou?

*Em parte sim, só quero ver seu ponto de vista.

*Ah, sim. Nos conhecemos em uma balada, ele me pagou um drink com direito a correio elegante. — Gaster riu. — Fui dançar com minhas amigas então ele veio pra perto e ficamos jogando conversa fora até a hora de ir embora , minhas amigas tiveram complicações e foram sem mim , então eu fui de carona com Sans, trocamos nossos número e ironicamente no outro dia nos encontramos por acidente.

*PAAAI!— Papyrus gritou chamando a atenção dos que estavam  conversar, Frisk segurou o risos quando viu Sans deitado no chão como se fosse Cleópatra com aquele sorriso cínico em lábios — Você está roubando a Frisk de mim?

*Como é que é rapaz? De você? — Sans se sentou como índio indignado.

*SIM!

*Ah, mas vem aqui. — Se levantou depressa e saiu correndo atrás do irmão pela casa.

*Ah, esses dois são uma comédia. —Gaster se levantou sorridente. — Sabe Frisk, Sans me contou que você é uma moça de família nobre, eu , creio que não esteja acostumada com o pouco que nós temos aqui, mas eu quero que saiba, é a primeira vez que vejo meu filho tão interessado em alguém, se isso não é amor, não sei o que é, você faz ele sorrir e isso pra mim já basta, eu espero de verdade que ele esteja lhe proporcionando a mesma alegria, pois agora você é da família.

*JURA? — levantou-se um solavanco enquanto Sans observava tudo escorado na parede da escadaria.

*An? S-Sim ? O que foi isso?— Gaster se assustou com a reação da menor.

* Quer dizer, o Sans me faz mais feliz que qualquer pessoa,  eu realmente largaria tudo por ele, sem contar que eu  não dou a mínima pro dinheiro que minha família tem, do que adianta ter tudo que temos e não termos o essencial? Aquilo que eu encontrei aqui.

*E o que seria isso?— Recolheu os brinquedo do filho caçula.

*A “União ” de vocês, acho lindo a forma que vocês tratam um ao outro, na minha casa somente eu e meu irmão gêmeo nos damos bem, minha mãe é boa  comigo, mas ela destrata um pouco meu irmão por ele ser um rebelde, quer dizer, ela não sabe o que ele passou pra ficar assim e meu pai culpa ele pela morte do meu irmão mais velho.

*Isso você não me contou. — Sans disse chamando a atenção para si, logo Papy enfiou a cabeça  por entre as pernas do irmão.

*Vocês tem muito o que conversar. — Gaster estalou um beijo na bochecha de Frisk e sorriu pegando na mão de Papyrus e indo para um dos quartos trancando a porta, não era costume fazer isso, mas queria garantir que Frisk e Sans não teriam intromissões.

*Me desculpe Sans, eu digo alguns desabafos por impulso mas me contenho.

*Por que seu pai culpa o Chara?

*Porque ele era próximo a Asriel, até demais, e quando Asriel ficou doente, nem ele nem Chara disseram nada, então meu pai culpa um pouco o Chara.

*E sua mãe?

*Ela ama nós dois , mas sempre foi mais apegada a mim por passar mais tempo com ela, ela acha que Chara é uma má influência para mim, mas ao mesma tempo gosta quando ficamos juntos, pois assim ela sabe que ele está em segurança.

*Frisk — O maior se achegou a amada abraçando-lhe pela cintura— Porque teve aquele devaneio quando chegou? Tem algo haver com isso que me disse?

*Sim, hum, você me conhece tão pouco e já me conhece tão bem. — corresponde ao abraço envolvendo o pescoço de Sans. — Quando chego em casa , se Chara estiver, ele me comprimenta, se ele não estiver eu só recebo o "seja bem-vinda de volta madame" da servente e olhe lá que às vezes nem isso. Quando cheguei aqui me lembrou quando Asriel era vivo, a empregada trazia eu e Chara do colégio então quando entrava-mos Asriel nos apertava , beijava e brincava conosco, às vezes ele até arranjava tempo pra nos buscar e ficarmos no parquinho.

*Frisk... — Sussurrou e tocou sua testa a da garota roçando a ponta de seus narizes. — Você largaria tudo por mim mesmo? Sabe, quanto mais você me conta sobre você, mais eu quero te tirar de lá e te fazer feliz aqui comigo.

*É claro que eu largaria.

*Então vamos fugir.

*Mas e Chara? E sua família?

*Então a menos venha morar comigo.

*Sans— Sussurrou pouco antes dos lábios de ambos se encontrarem em um beijo doce.

O que antes era apenas um encostar de lábios macios e úmidos se tornou um beijo cheio de desejos e paixão, a troca constante de saliva, as mordidas que davam tempo de puxar fôlego e voltar ao início , as línguas travando uma guerra intensa. As mãos pequenas de Frisk se enfiaram dentre os cabelos de Sans  acariciando-o, o maior passou as suas carinhosamente pela bunda da amada e agarrou-lhe as coxas obrigando a garota a abraçá-lo com as pernas. O beijo acabou pelo susto da menina.

*Vamos pra cama.

*Sans?

*Confia em mim — A outra concordou com a cabeça enquanto o maior cuidadosamente subia a escada de concreto sem apoio algum, o que deu medo a menina , tranquilizou-se apenas quando olhou para Sans que sorria para a mesma. Entraram no quarto e o maior a depositou na cama, Sans beijou seu pescoço enquanto tirava os sapatos com o auxílio dos próprios pés , deslizou as mãos para as coxas da jovem até chegar em seus pés onde tirou tênis e meias.—Pronta?

*P-para que?

* Oras Frisk, que mente pecaminosa é essa? Pra dormir é claro!!

Pegou um Edredom e se cobriu puxando a menina para si, a mesma encostou a cabeça no peito de Sans e mais nada disse, até que o sono viesse.

Carmesim: A cor do pecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora