Capítulo 18

185 12 43
                                    

~Narrador pov’s

Já tardava quando o carro estacionou de frente à casa de Sans. O mesmo, bombardeado pela notícia, veio antecipado à casa a fim de ajudar na recepção.
Suzzy abriu o porta-malas e Jhany a ajudou, Frisk saiu do carro com os olhos vermelhos e Sans a puxou pela cintura dando-lhe um beijo calmo, afagou os cabelos chocolate dizendo ternas palavras para confortá-la.

Do outro lado da rua, Cathy dava um sorriso sem graça encarando a cena.

*Venha Frisk, vamos entrar— Guiou a menina para dentro de casa, dando sinal às outras que voltaria. A jovem ajeitou sua pequena blusa de coloração vermelha e entrou na casa quente e confortante. Sans voltou à rua evitando olhar a moça do outro lado, ajudou Jhany com a mala, a menina deu um abraço em Sans e se despediu, dizendo ter um compromisso importante. Sans guiou Suzzy até dentro da casa, a ruiva parecia meio tímida perto do maior, talvez pelas cenas ridículas que Sans presenciou na boate referente à ruiva. — Tá tudo bem. — Disse com a voz tranquila.— A Frisk já me explicou o que aconteceu, só… Seja sincera com meu pai e não se apegue.

*N-não me apegar?

*Meu pai é um homem adulto e você uma criança, ele se preocupa muito com a família e em ajudar os outros e acaba esquecendo-se de relacionamentos, talvez você tenha se agarrado à coisa errada. Assim como as outras uma hora você vai desistir dele, então… Só tenta não se magoar.

*As outras desistiram do seu pai por não saberem lidar com o jeito dele, a minha idade é o que menos importa, e não peça para eu não me apegar agora, já me apeguei.

*Você é um pouco precoce, eu diria. Mal se conhecem.

*Eu acredito, esse é meu destino. — Entrou na casa deixando a mala de canto, Sans entrou logo em seguida. O corpo da ruiva paralisou assim que viu Gaster consolando Frisk no sofá.

*Suzzy, o que você... Quer dizer… Você é amiga da Frisk? — Sabia que uma hora teria que dizer que era, e aparentemente aquele era o momento.

*Sim, er… Coincidência, né? — Sorriu fraco.

*Divirtam-se. — Sans fechou a porta e pegou Frisk no colo, a menina quase o agrediu pelo susto, mas estava fraca demais para tal coisa. Subiram as escadas, indo para o quarto. — Vou fazer a Frisk nanar, daqui a pouco pego as malas. — Disse já lá em cima.— Fiquem à vontade.

*Ah, por favor, sente-se. — Assim a ruiva o fez seguida de Gaster. — Pelo que parece, agora nós veremos com mais frequência.— Riu amigável.

*Eu com certeza vou adorar isso.

*E como está a situação em casa?

*Eu… Falei com mamãe e aconselhei ela a voltar a investir nele, os dois estão se dando bem , mas eu tô morando com meu pai. Gaster, posso te perguntar uma coisa?

*Fica à vontade.

*Minha idade te incomoda?

*De forma alguma, pequena Suzzy, como professor eu estou acostumado com adolescentes e…

*Não isso!

*Então… Ah— Suspirou como quem havia entendido. — Isso? Suzzy, acho que você está se precipitando, meu doce.

*Sans disse que eu sou precoce.— Um silêncio tomou o local.— Você não gostou de hoje na praia? Eu adorei passar a manhã com você.

*Ah? Sim, foi ótimo, fazia um tempo que eu não ia aproveitar o sol da manhã. Eu gostei, Suzzy, mas você está confundindo as coisas.

*Não. — Se aproximou do mais velho apoiando uma mão em sua perna e a outra em sua nuca, erguendo-se o bastante para deixar seu rosto próximo ao do professor que se mantinha imóvel.— Não estou, eu só sou muito precoce mesmo, mas eu tenho certeza de que é você. — O beijou sem hesitar, e apesar da insegurança do maior, aos poucos cedeu ao beijo, aprofundando-o, aproveitando a deixa, Suzzy acabou por sentar em seu colo. O mais velho segurou as madeixas de vermelho intenso enrolando sua língua com a outra que invadia a boca do maior de forma grosseira e gostosa, Gaster podia sentir o aperto quente, o gosto doce e o pulso acelerado da outra, tão inexperiente tentando bancar a esperta e apressadinha, tão apressada que assim que pausou o beijo à procura de ar, fixou seus olhos no do mais velho, apenas para provocar moveu o quadril, roçando sua bunda no membro coberto pela calça.

*Isso é pra me provocar?— Perguntou com um sorriso de lado.

*Talvez.

*Parece que o professor vai ter que te ensinar como faz. — A menina tentou parar para entender o que aquilo queria dizer, porém Gaster agilizou o entendimento a deitando no sofá depressa, ficando no meio de suas pernas. Deslizou a mão da cintura à coxa da jovem, descendo mais a para o tecido contraído da calcinha que ficava à mostra graças à abertura da saia. Pressionou o dedo ali, fazendo a ruiva gemer .

*Un, e onde foi que você aprendeu isso, professor?

*Um dia eu já fui adolescente, e do tipo bem rebelde.— Disse baixinho e soprado no ouvido da garota que estremeceu.

*Ah? Eu gosto desse tipo, geralmente são bem selvagens. — Mordeu os lábios, roçando as unhas na nuca do maior que acariciou o rosto da menina com o nariz até estar diante dos seus olhos.

*Você nem imagina.

*MEU DEUS DO CÉU BERG!— Sans correu pra porta de saída. — EU VOU BUSCAR O PAP!

*Esperando aí, Sans. — Gaster chamou, soltando Suzzy sem jeito.

*Ah? ESPERA É UM CARALHO, EU NÃO SOU PLATÉIA. — Fechou a porta, assim sendo impossibilitado de falar.

*Minha nossa.— A ruiva ria sem conseguir evitar enquanto Gaster tentava conter o rubor. — Bem, acho que não era pra rolar agora, mas do jeito que você cedeu. — Voltou a se sentar, apoiando as mãos e queixo no ombro do maior. — É porque algo dentro de você sabe que gosta de mim.

*Suzzy.

*Me dá uma chance…

*Hmpf.— Suspirou pensativo. — Nós podemos tentar.

*Já é o bastante!— Beijou a bochecha do maior e correu ao andar de cima indo falar com Frisk.

Ainda sentado no sofá, Gaster jogou a cabeça para trás bagunçando o cabelo. Deixou que um sorriso mínimo escapasse.

Enquanto isso, já abrindo a porta de seu apartamento, Jhanny entrou pegando o celular e trancando a porta.

*Alô? Ah, sim é bom ouvir sua voz também, mas escuta , preciso da sua ajuda, hoje aconteceu algo, tenho minhas dúvidas sobre um certo alguém , seria demais se eu pedisse pra você ficar de olho de nele? Uhum… Sim, sim… Por favor venha mesmo, vamos aproveitar que você virá aqui e... Nos divertir um pouco, que tal? Certo, vou te esperar. — Colocou o celular em cima do sofá, dando um sorriso de canto. — Tem alguma coisa cheirando mal, e vou descobrir o que é.

Carmesim: A cor do pecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora