Capítulo 28

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* C-Chara? — O vislumbre que tivera a surpreendera mais do que o normal, não esperava algo do tipo vindo de seu irmão. lá estava Chara, na cama, nu com outro garoto, e o ato que ambos fazia fez com que Frisk apenas se desculpasse e fechasse a porta. Pelo que sabia seu irmão era hétero, além disso o ruivo que ali se encontrara era Jeff e este namorava outra pessoa, pelo que Frisk se lembrava. — Meu senhor amado... — pensou em rezar mas não era muito religiosa. — Desceu as escadas novamente indo para a sala só então percebendo a presença de Asgore. — Pai.

* meu docinho, o que trás sua amável presença aqui hoje? Quer dizer, é ótimo te ver , mas... algum motivo em especial. — Não tirou os olhos do jornal.

* An... bem... sim, eu estava com saudade do meu irmão, então vim ver, mas acho que caí em uma pegadinha. — Disse a menina convincente. O sorriso do mais velho sumira na hora , fechando seu jornal e tragando seu charuto.

* Só isso?

* Sim, papai, só isso. — A menina não entendera a real decepção de Asgore, ambos pensavam em coisas distintas. A garota pensava que sua desculpa não fora boa o bastante, e que teria que dizer que estava preocupada com Chara, graças a uma conversa filosófica, já Asgore estava frustrado pensando que parte do seu "plano" já havia entrado em ação.

* Bem, eu-- — Asgore foi interrompido por Chara descendo as escadas.


*Caralho Frisk, ninguém te ensinou a bater na porra da porta. — estava realmente nervoso.

*Eu vou pra casa, eu acho que vocês tem o que conversar. — Jeff saiu sem se despedir , seu rubor tomava toda a face e ele provavelmente sabia disso e queria esconder, saindo as pressas.


*Tá né... Okay, vamos lá pra cima! — Voltou a subir as escadas nervoso, pois seus passo eram pesados.

*An... depois nos falamos papai, até mais.

*Até querida. — O pai ficou sem entender nada do que acontecia, mas decidiu que era melhor focar sua atenção novamente ao jornal.

Os jovens entraram no quarto, Chara se sentou na cama e Frisk educadamente se recusou a se sentar no mesmo lugar tirando um riso do menino. Essa puxou a cadeira do computador e se sentou de frente para o gêmeo.

*Fico feliz de te ver sorrindo assim. Eu estava preocupada com você, chego aqui e te flagro fodendo com um garoto... inclusive ele... não--

*Namora? Sim, mas... é complicado, eu achei que ele estivesse só com pena de mim, mas tá.. tá rolando uma coisa, é diferente do que sinto quando to com as meninas, é mais gostoso, intenso, eu meio que sinto vontade de desfrutar disso antes que o mundo acabe de uma vez. — Era inevitável que a menina não ficasse feliz pelo irmão, deixando um sorriso recheado de dentes surgir, mas algo chamou sua atenção.

*Por que ele estaria com pena de você? Algo aconteceu?

* Bem, eu só fiquei triste por você não estar mais aqui. — Diferente de Frisk, Chara era um mestre em desculpas e seu dom de manter uma face inexpressiva o ajudava a mentir junto de seu tom sarcástico. — mas pensando agora não faz sentido sentir pena de mim por isso, né? só eu to mal com uma coisa assim. — Forçou um riso acalmando a irmã. — Mas e você, sua vagabunda, porque veio aqui ?

* Bem, eu estava com saudades e--

* Não mente... — A menina não entendeu. — Eu fui te ver hoje, mas ... bem, fiquei sabendo daquilo do Sansy e da tal vadia Catty. — frisk lambeu os lábios insegura. Chara estava satisfeito com Jeff, mas lembrar das palavras de Asgore mexia com ele quando via a irmã

* Escuta, eu gosto do Sansy e--

* Frisk, eu também gosto, ele parece ser uma boa pessoa, mas todos nós já cometemos erros na vida, se essa vadia estiver falando a verdade, saiba que estamos todos aqui por você, você pode voltar quando quiser.

* Sim, obrigado, só nós resta torcer para que seja mentira, mas estou confortada pelas suas palavras. — recostou-se na cadeira se inclinando. Chara via sua pele um pouco mais escura que a dele, pelo tempo que passava na praia, se levantou caminhando até a irmã e acariciou seu pescoço a surpreendendo. — Chara?

*Frisk, se eu pedisse pra você me chupar agora, você faria? — Olhava a irmã sério.

Carmesim: A cor do pecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora