Intrigas

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Acordo no silêncio da manhã de domingo pensando no Robert e na noite passada que foi maravilhosa, mas logo tenho meus pensamentos interrompidos.

-filha, onde você foi ontem?

-precisava de ar. – digo enquanto ia pra cozinha.

-continuo sem entender, estávamos em um lugar aberto.

-eu sei, só queria andar pela praia e acabei me deixando levar pelo tempo.

-desculpe por ontem. – ele diz parecendo culpado.

-mas você não fez nada.

-fiz sim, eu não fui atrás de você.

-não se preocupe pai, não precisava.

-então? Vamos voltar ao Hotel.

-vamos, já é Domingo mesmo. – digo com um total desânimo.

Fizemos as malas para sair do Hotel da praia de Hamptons e voltar ao Hotel do meu pai.
No caminho decido ir na casa de minha mãe, mas por consequência meu pai iria também.

-pai, vamos passar no Hotel da mãe?

-a Lívia? Ela deixou bem claro que não queria mais me ver.

-vamos tentar novamente. – digo olhando eu seus olhos, ela talvez tivesse se reparado depois de perder a família.

-tá bem.

Caminhamos até o Hotel de minha mãe, batemos na porta três vezes mas ela não ouve.

-vamos fazer uma surpresa para ela. – meu pai fala sorridente, estava em seu rosto que ele ainda a amava.

E então entramos no quarto e nos deparamos com minha mãe deitada no chão com um homem que nunca vi antes.
Meu pai grita acordando os dois.

-é assim que você me retribui, por tudo que passamos juntos!

-querido desculpa. – minha mãe diz se levantando o mais rápido que podia.

-eu já sabia qual era seu trabalho, mas esquecer da família pra dormir com bêbados? – ele gritava novamente.

-sinto muito.

-qual é mãe! Só sabe falar isso?

-mas é a verdade. – ela disse olhando para mim e para meu pai.

-já chega! – meu pai falar rapidamente.

O pai pula em cima do homem desconhecido e começa a bater nele, minha mãe pula em meu pai e começa a puxa-lo, fico de cara com uma briga desajustada, vou até minha mãe e puxo ela para longe dos dois.

-tá vendo mãe? A culpa é sua, você que jogou essa desgraça na nossa família.

-eu preciso do dinheiro!

-para, nem tudo se resume a dinheiro mas que inferno!!

A briga ainda continuava até o homem desconhecido puxar uma arma e atirar em meu pai, tudo aconteceu tão rápido, a bala perfura sua barriga.
Corro até meu pai para ajuda-lo enquanto vejo minha mãe fugindo com o homem e o amor que eu sentia por ela cada vez mais ia sumindo e só restando o ódio.

-pai, calma vai ficar tudo bem. – digo pressionando a mão contra o ombro.

Pego o telefone e ligo para a emergência.
A emergência demora cerca de 5 minutos para chegar no quarto do Hotel, os homens carregam meu pai até a van onde vou na parte de trás.
Chegamos enfim ao Hospital, meu pai entra na sala de cirurgia, ele tinha perdido muito sangue estava com a bala em seu corpo e desacordado.
Fico 4 minutos chorando até ouvir.

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