Califórnia Parte I

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Chego ao aeroporto onde fico preparada para entrar no avião em direção à Califórnia, até a última chamada para o embarque acontecer.
"Última chamada para o vôo 241 para a Califórnia!"
Vou caminhando em direção a entrada, limpo as lágrimas e simplesmente embarco, eu realmente estava determinada a por um fim na minha história de amor com o Robert...
Uma hora e meia de viagem sem ter o que fazer no avião, então fecho os olhos e durmo, mas não o caminho todo óbvio, olhava as nuvens querendo toca-las e aí mesmo tempo um desejo de me jogar daquela imensa altura.
Ao chegar na Califórnia vou correndo pegar minha mala de roupas, a mala que estava com todo o dinheiro estava comigo.
Pego um táxi e vou em direção à minha antiga casa, a casa da Francine eram apenas dois quarteirões de lá, desço do carro e fico apreciando a beleza de minha casa, querendo retornar, aquele lugar foi simplesmente incrível para mim

-moça, o dinheiro da corrida. – diz o homen de dentro do táxi.

-sim, quanto deu?

-40R$

Dou o dinheiro a ele e ele some de vista, tento entrar em minha casa mas estava trancada, bem já que eu era de maior, poderia morar sozinha, sem ninguém para me atormentar, aquele acabou de se tornar o meu desejo de vida, nada de homens nem nada, queria apenas viver...
Vou indo para a casa da Fran, quando chego perto dela a vejo sendo presa e entrando no carro da polícia, mal tinha chegado direito e mais problemas me perseguiam.

-Fran! – grito em sua direção.

-Nina!

Ela corre em minha direção se soltando dos policiais e me abraça.

-achei que nunca mais veria você. – ela diz me abraçando mesmo com as mãos algemadas.

-me desculpe por tudo que falei.

Ela então pega minha mão e eu entro com ela na viatura para acompanha-la, realmente não foi fácil os policiais me deixarem entrar, os pais dela provavelmente teriam se esquecido de sua própria filha... enfim chegamos na delegacia da Califórnia.
Descemos do carro e fomos em direção a sala do delegado, um senhor, provavelmente com uns 56 anos.

-qual de vocês é a Francine? – ele fala lendo um pedaço de papel.

-eu. – disse Fran.

-sim, o que pode dizer em sua defesa?

-aquele garoto era louco, ele pulou de uma árvore e tentou me matar, tudo isso por conta de vingança! – Fran falava descontroladamente.

-que tipo de vingança? – interrompeu o delegado.

-ele sempre achou que minha amiga praticava bullying com ele.

-quem é sua amiga? – pergunta o delegado.

-ela.

A Fran fala apontando para mim e eu começo a tremer, já tinha problemas demais na minha vida, mas estava ali pela minha amiga.

-por que está aqui? – ele pergunta me olhando dos pés a cabeça.

-ela é minha amiga!

-sim, mas tudo isso pode se virar contra você... – ele diz enquanto olha novamente a papelada em suas mãos.

Ele ia continuar falando até seu celular tocar e ele atende nos pedindo licença.

-Robert, agora não é hora, estou resolvendo um caso!

Quando ele fala Robert meu coração acelera, olho para seu crachá e vejo seu sobrenome "Bill Dunhill" ele é o pai do Robert, meu coração se encheu de esperanças, mas eu não podia simplesmente pedir ajudar ao Robert depois de tudo aquilo.
Começo a me tremer e me levanto rapidamente da cadeira.

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