Sozinha

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Estava começando a ficar sem esperanças, dormi no Hospital com meu pai que passou a noite com falta de ar, a Francine dormiu no Hotel, só Deus sabe o que ela fez durante meu afastamento.
Estava quase dormindo de novo até o Robert me chamar.
-Nina, precisamos conversar!
-sobre?
-várias coisas, mais essa é uma em especial!
Eu o sigo até sua sala, sento-me em frente a ele.
Ele vai até a gaveta pega algumas fixas, olha para mim e começa a ler.
-Nina, o seu pai foi constatado por ter câncer, você sabe o tipo de câncer?
-não.
-é um câncer terminal, ele tem poucos dias de vida, câncer no pulmão.
-como se desenvolveu?
-por meio dos ares poluentes da atmosfera ou então por meio do cigarro.
-quantos dias ele tem?
-não sei, por volta de uns sete dias ou dez.
-tudo bem.
Levanto-me da cadeira e vou caminhando devagar até a porta, ele pega minha mão.
-vou estar com você para todo o sempre!
Ele tenta me beija mais eu viro o rosto.
-tudo bem.
Vou até o quarto onde meu pai estava e então ele começa a falar, do nada ele fala.
-filha sinto muito, mais quando você passou esse tempo na Califórnia fiquei muito mau, sua mãe voltou até o apartamento em busca de uma maleta e então resolvi ajuda-la!
-você o que?
-sinto muito, eu me deixei levar pelo momento, esses 2 dias que você passou fora, não teve nenhum momento em que parei de fumar, desculpe.
-você se deixou levar pelo que ela falou?
-sim.
-aí que merda pai!
Saio furiosa do quarto e vou até o Hotel, vou no quarto do Marcos e o chamo.
-Marcos!
-o que?
-estou determinada, quero achar minha mãe, agora!
-tudo bem, me espera lá em baixo.
Ele chega até mim e me pergunta por onde começar.
-tem mais alguns Hotei por aqui?
-sem ser o da praia e o da praça, tem sim.
-ótimo.
Eu o sigo e chegamos ao Hotel doce desejo, provavelmente ela estaria lá, ou não.
Fomos até a recepção, pegamos a papelada e olhamos os nomes e as datas de quem estava hospedado.
Apenas uma data me pareceu familiar, a data em que meu lai brigou com minha mãe e ele foi embora, tudo fazia sentido.
-já sei!
Subimos as escadas e batemos na porta do quarto.
O pai do Marcos sai e fica surpreso.
-Marcos!
-onde esta minha mãe?
Quando ele ia me responder a polícia sobe pelas escadas e prendem o pai do Marcos.
-tchau pai.
-o que esta acontecendo Marcos?
-sinto muito Nina, mais não conseguiria encontra-lo sem sua ajuda.
-como assim?
-ele roubou dinheiro da minha conta que minha mãe deixou, ele merece morrer!
Estávamos debatendo até minha mãe aparecer no corredor.
-mãe!
-você está presa Lívia, pelo o furto do banco da cidade de Chicago próximo a Hamptons!
Olho para ela assustada e então ela corre escada abaixo, os policiais a seguem e eu corro atrás deles.
Continuamos seguindo minha mãe, até ela chegar na beira do abismo que levava as pedras pontudas, o mesmo lugar onde eu iria tirar minha minha vida.
-mãe, eu posso te perdoar, não faz isso, vou ficar sozinha, o pai esta com uma doença terminal!
-sinto muito filha, mais não tem futuro nesse mundo para mim
Ela se joga e então a última coisa que ouço dela é seus gritos.
Vou para a beira do abismo chorando e não vejo o corpo dela, via apenas água e pedras, as ondas batendo com força nas rochas, e então estava sozinha naquele mundo.
O policial olha para mim e me fala.
-você sabe onde esta o dinheiro que ela roubou?
-não!
Claro que eu sabia, o dinheiro estava na maleta, mais eu não iria dizer, estava sozinha a partir de agora, e tudo que tinha era o dinheiro até arranjar um emprego.
Volto ao Hotel, abro a porta e me sento na cama completamente perplexa.
-Nina esta tudo bem?
-não, Fran, minha preferiu a morte a mim!
Deito na cama e choro, choro muito até adormecer.
Acordo assustada.
-Nina esta bem?
-aquilo foi real?
-sim, já passou na televisão.
-preciso ir até meu pai!
-vou com você!
-não, fica aqui, cuida do quarto.
-tudo bem, você vai ficar bem?
-vou!
Vou seguindo até o Hospital e encontro médicos correndo de um lado para o outro, mais não era apenas correndo estavam correndo até o quarto do meu pai.
Tento entrar no quarto mais não me deixam vê-lo.
Robert pega minha mão.
-é seu pai, ele sofreu uma parada cardíaca.
-o que?
Me ajoelho no chão e choro gritando de dor.
-estamos fazendo de tudo para reanima-lo, aguarde um instante!
-aguardar, eu quero vê-lo agora!
-espere.
Robert entra na sala e não o vejo mais, Blair me pega pelos braços e me levanta.
-Nina, sei o que esta passando, uma mãe desnaturada e um pai fumante, deve ser difícil pra você.
Olho bem fundo dos seus olhos e dou um tapa nela que a faz cair no chão.
-sua vagabunda!
Grito e pulo em cima dela, brigamos até o Robert me tirar de cima dela.
-o que esta acontecendo?
Não falo nada, apenas choro enquanto a Blair se ajeitava.
-conseguimos reanima-lo!
Olho para ele e o Abraço, vou correndo até a sala dele e o Abraço.
-desculpa pai!
-você é a maior coisa que já aconteceu em minha vida minha filha te amo.
Eu continuo abraçando ele, até um dos médicos me dizer que ele precisava de repouso.
Vou até o corredor e vejo o Robert discutindo com a Blair, não era uma briga qualquer, era A BRIGA!
Era minha chance de ter o Robert, mais meus pensamentos estavam apenas no meu pai e na minha mãe.
E então percebo que precisava ser feliz, minha mãe escolheu aquilo para ela, mais por um dia eu já amei, e ainda a amo, assim como meu pai, pessoas vão, pessoas vêm, essa é a lei da vida.

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