Desmascarados

63 9 2
                                    

Meu pai estava se recuperando aos poucos, mais não do câncer.
Saio do Hospital e vou até o quarto do Hotel, a Francine estava sentindo minha falta, bem era o que e achava.
Abr a porta do quarto e encontro a Fran e o Marcos aos beijos.
-sério isso Fran?
-o que?
-sai de um psicopata e parte para outro da mesma laia!
-estava me sentindo sozinha.
-não esta mais.
-tudo bem.
-Marcos, por favor saia.
-tudo bem, te vejo mais tarde Fran.
Assim que ele fecha a porta meu olhar de revolta contra ela se manifesta.
-por que ele?
-o que ele tem?
-ele tem namorada, e é a Lara!
-problema é dela, essa garota precisa aprender a andar na linha.
-você também, por que já já você que sai dos trilhos e vai bater!
-deixe de ironia.
-e vim aqui para te chamar pra se inscrever na escola de Hamptons, você não pode apenas ficar aqui sem fazer nada.
-escola?
-sim, estamos no último ano da escola, e não se esqueça que o Bill Dunhill o delegado da Califórnia vai ficar vindo nos visitar para saber como estamos!
-tá, vamos logo para essa escola!
Caminhamos até chegar em frente ao Hotel, fomos andando até a escola.
Lara assim que me vê vem falar comigo.
-olha, estão aqui a rata e a cadela.
-me poupe, quem você chamou de rata?
Fran fala indignada, pois ninguém jamais a chamou assim.
-bem, a rata é você, a cadela é ela.
Fran para pra pensar e da um tapa enorme na cara da Lara.
-bem querida, fique quietinha, eu cheguei!
-Fran vamos.
Continuamos andando sem dar a mínima para a Lara, encontramos a Trilonney no caminho até a sala da diretora.
-professora Trilonney, o que ouve?
-bem, você passou um tempo afastada da escola mais eu posso renovar sua inscrição.
-minha amiga também quer entrar.
-ótimo, terceiro ano também.
-onde esta a diretora?
-esta olhando para ela.
-o que?
-a diretora faleceu à uns dois dias.
-você assumiu o cargo?
-sim, mais vou continuar dando aula.
-que ótimo.
-amanhã vocês começam novamente, estamos já acabando o ano, as provas finais são depois de amanhã, estejam preparadas.
Damos meia volta, e então na saída da escola encontro o Robert.
-Robert!
Corro para abraça-lo, rapidamente ele pede para que eu entre em seu carro.
-Fran, vai para o Hotel, eu já volto.
-tudo bem.
Entro em seu carro e ele começa a dirigir até sua casa, abre a porta e me beija.
-estava com tantas saudades de você.
Ele tira minha roupa, mais nossa onda é cortada.
-que baixaria é essa aqui?
-Blair!
Olho para o Robert e me pergunto se ele fez isso de propósito.
-Nina, sua vadia!
-Não me chame assim!
-amor espera.
-esperar o que Robert?
-desculpa.
-desculpa, tudo isso vai começar de novo!
-eu quero ficar com a Nina!
Olho para seus olhos e percebo que é verdade, no momento sinto vontade de chorar mais me seguro, a casa fica em um enorme silêncio até Blair começar a falar.
-você fez sua escolha.
Ela abre a porta e sai, pensei que seria algo do tipo bombástico, mais foi apenas um "tudo bem".
-Robert?
-ela vai fazer alguma coisa.
-tipo?
-não sei!
-estou com medo.
-vem, vamos segui-la.
Me visto e entro no carro dele, o carro da Blair estava parado em frente ao Hospital.
Já imaginei o pior.
Entro correndo e tudo está calmo, vou até a sala do meu pai e vejo a Blair sufocando ele com um travesseiro, a porra estava trancada e não podia fazer nada.
-Blair, para!
-Blair querida me desculpa, eu escolho você!
-Blair!
Ela simplesmente para de sufoca-lo e sai pela janela, meu pai estava imóvel.
-alguém tem a chave para abrir?
Uma enfermeira chega e abre a porta, não consigo entrar, fico olhando seu rosto com lágrimas através do vidro.
Vou até ele e o chamo.
-pai, pai não me deixe!
Alguns médicos tentam reanima-lo, estava chorando de tristeza e raiva, a Blair não estaria longe, e então vou atrás dela com sangue nos olhos.
Corro até a janela de onde ela pulou, ela estava de salto, então podia ver a marca na terra.
Sigo os rastros até encontra-la.
-Nina me desculpa.
Olho para ela e começo a bater nela o mais rápido possível até ela começar a gritar.
-para Nina, Nina!
-sua bruxa.
-eu sou sua mãe!
Fico paralisada o mais tempo possível, me sento no chão e choro.
-mentira!
-sinto muito, é verdade, eu não quis te assumir, e então o Byron e a Lívia te assumiram, a Lívia mesmo sabendo que você não era a filha dela continuou te tratando bem.
-não, isso tá errado!
-sinto muito por mentir pra você todo esse tempo!
Me levanto e corro até o Hospital, meu pai estava vivo, mais se asfixia não iria mata-lo o câncer iria.
-pai!
-filha.
Abraço ele e o pergunto.
-a Lívia não é minha mãe?
Ele fica em silêncio e então me fala.
-é sim, quem te contou essa mentira?
-fui eu.
A Blair entra na sala e começa a dizer tudo, bem não tudo.
-já chega de mentiras Byron, ela precisa saber agora, já não basta ela roubar meu marido!
-seu marido? Você mentiu para ele assim cono mentiu para mim!
-sinto muito minha filha.
-não me chama assim, você chegaria ao ponto de botar o Robert atrás das grades!
-estava tentando te proteger.
-não, que droga é essa!
-isso é sério?
-sim Robert, é o que você ouviu!
Saio da sala e escuto meu pai me chamar, não olho para ele, apenas queria sumir!
Vou para fora do Hospital me ajoelho a sua porta e choro, choro muito, não quero saber da história, precisava sumir de vez, vou até o Hotel, a Fran estava dormindo e então pego a maleta com dinheiro e arrumo a mala, eu sabia que fugir não era uma opção, mais eu precisava de tempo, não quero saber de nada, não deixo bilhete e nem avisos para ninguém, vou para o aeroporto compro uma passagem para a França, e espero ir e não ter mais que voltar.
Apenas tempo, apenas isso eu queria para mim, entro no avião em direção a França, dou uma última olhada nas ruas de Hamptons e entro naquele monstro de asas onde me levaria para longe dos meus conflitos familiares!

Fica ComigoOnde histórias criam vida. Descubra agora