Doente

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Levanto da cama com bastante preguiça e então olho para o berço e não encontro a Triloney, vou até a janela e vejo o Robert sentado no banco com ela.
Uma visão perfeita quando se acorda de manhã, eu estava em um grande momento de ansiedade, faltavam quatro dias para o grande dia, nem parecia que tudo estava nos trilhos, até olhar novamente pela janela e ver o Robert caído no chão com a Triloney no carrinho.
Desço as escadas correndo e vou para o quintal, levanto o Robert e vejo que ele jorrava sangue pela boca.
-Robert, fica calmo!
Ele não conseguia falar e então entro na casa e ligo para a ambulância, depois de dois minutos eles chegam, nem um minuto a mais e nem um minuto a menos.
Robert é levado por eles, pego a Triloney e entro para me arrumar, precisava ver o Robert, estava tudo dando certo demais.
Pego a Triloney e vou na casa da minha mãe.
-mãe.
-oi filha.
-pode ficar com a Triloney por algum tempo?
-tempo?
-não é dias, é horas Blair.
-tudo bem.
-desculpa, ainda estou me acostumando a te chamar de mãe.
-tudo bem, volta logo.
-tá.
Deixo ela e vou correndo até chegar em ponto de táxi, e então parti para o Hospital.
Desço do táxi e vou até a recepção.
-onde se encontra Robert Dunhill?
-na sala oito.
-obrigada.
Entro na sala e o encontro vomitando sangue novamente no chão.
-Robert, o que aconteceu?
-não sei, o médico vai entrar com os exames a qualquer momento.
-mais vai ficar tudo bem.
Pego em sua mão e dou-lhe um beijo em seu rosto.
-espero que sim.
Não demorou muito até o Médico entrar na sala com os exames.
-deixa eu ver primeiro.
Pego o exame e leio, vou até sintomas e fico paralisada, sento-me na cadeira e choro.
-Nina o que foi?
-você...
-eu?
-toma, preciso de ar, leia você mesmo.
Saio e vou até a sepultura de meu pai e fico um tempo olhando para ela.
E então começo a falar sozinha.
-a doença era contagiosa né? você sabia e deixou que pessoas se aproximassem de você, o Robert esta doente, da qui a quatro dias é nosso casamento e você jogou isso na minha cara naquele maldito sonho!
Começo a bater na terra e então me levanto e vou até o Robert novamente.
-você viu?
-vi.
-você cuidou do meu pai mesmo sabendo que o câncer que e desenvolvia dentro dele era contagioso, e me deixou ficar perto dele!
-eu fiz isso por você, não deixaria ele morrer sem você se despedir.
-Robert você esta doente!
-eu sei, um câncer terminal, mais esse meu está se desenvolvendo agora então ainda tenho muito tempo de vida.
-você é louco?
-não, só queria o melhor para você.
-Robert, nosso casamento é em poucos dias e você vai estar de cama.
-não, só é hoje, amanhã eu saio desse Hospital, cadê a Triloney?
-com minha mãe.
-qual?
-Robert parou né, sabe que a Lívia esta na França.
-tá bom então.
Olhava para ele com olhar de tristeza e então Lara entra gritando por seu nome.
-pai, pai, esta bem?
-oi minha filha, estou ótimo, você não deveria estar na faculdade?
-sim, eles me liberaram mais cedo, já que o seu casamento é daqui a poucos dias, mais assim que acabar eu volto aos estudos.
-ótimo.
-você esta bem?
-sim, só uma leve doença.
-leve?
-sim.
-promete?
-sim.
Ele fala sorrindo para ela.
-Robert, vou pegar a Triloney e vou para casa, amanhã venho te pegar.
-tá, tchau amor.
-tchau.
Deixo os dois a sós, vou até a casa da minha mãe e entro aos prantos.
-Nina o que foi?
-Robert esta doente!
-o que?
-a doença do meu pai era contagiosa, e passou para o Robert, não sei o que vou fazer da minha vida sem ele, não posso viver assim!
-calma, ele vai ficar bem.
-onde esta minha filha?
-lá em cima.
-está dormindo?
-sim.
-pode ficar com ela essa noite?
-posso.
-obrigada.
Abraço ela e saio, precisava beber, e então me recorre a Fran na cabeça.
Bato na porta e ninguém abre, então eu apenas entro.
-Fran?
-ela não esta aqui.
-onde ela foi Marcos?
-foi até o bar pegar mais Wiskey.
-que ótimo, preciso beber.
-por que?
-digamos que minha vida não esta cooperando com migo.
-que bom.
-tá né, se você diz.
Fran entra pela porta completamente bêbada e então não me aguento e começo a rir.
-Nina o que faz aqui?
-senti saudades.
-vamos comemorar.
Começamos a beber, o som estava alto, estávamos em um Hotel e era uma sexta a noite então acho que estava tudo legalizado.

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