Feliz Aniversário

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Acordo pensando que tudo aquilo é mentira, mas assim que vejo a Fran na cama percebo que é verdade, caminho até o armário onde a maleta da minha mãe estava, só para ter certeza de que ela ainda estava lá enquanto ao mesmo tempo estava me sentindo culpada por duvidar de minha melhor amiga.
Acordo a Fran para convence-la a voltar para a Califórnia, até por que se foi em legítima defesa ela não tinha culpa de nada.

-Fran, acho melhor você se entregar. – digo me sentando ao seu lado e com as mãos no seu ombro.

-o que? Eles não iriam me entender. – disse ela se sentando na cama.

-se você continuar fugindo será pior!

Naquele momento alguém bate a minha porta.
Polícia de Hamptons abra a porta, disse a voz que vinha do lado de fora da porta, não sabia o por que dá polícia estar na minha casa, olho rápido para a Fran mas ela estava embaixo da cama, eu a ignoro e vou atender a porta.

-sim. – digo me escorando na porta enquanto segurava a maçaneta com força.

-ouve uma denúncia de que a mulher procurada está hospedada aqui.

-não, acho que ouve um engano. – digo contorcendo os lábios.

-posso procurar? – diz ele olhando por cima de meus ombros.

-claro.

Não tive escolha, ele finalmente entra e começa a vasculhar o quarto, olhando cada detalhe, a mesa, olhando a cozinha, foi ao banheiro e olhou cada centímetro do quarto do hotel, mas não olhou o quarto em si, ele me dá uma olhada e segue diretamente para a cama, se ajoelha no chão e dá um pulo pra trás quando encontra a Francine debaixo da cama, ele rapidamente a pega enquanto ela gritava.

-não, me desculpe! – disse Fran enquanto se contorcia.

-policial ela não tem culpa! – digo me aproximando tentando ajudá-la.

-ótimo! – disse o policial.

Ele me algema juntamente com a Fran e nos leva até a viatura, naquele momento nada além do meu medo se passava pela minha cabeça, meu coração batia a cada passo que eu dava, aquilo poderia ser o fim para mim e para o Robert, olho para o lado enquanto sou por fim colocada na viatura e vejo que o Marcos e a Lara estavam sorrindo olhando diretamente para mim, ela tinha passado dos limites!
Não imaginei que seria presa no meu aniversário de 18 anos, que vergonha, até parecia uma delinquente, no momento estava sentindo um imenso ódio e medo dentro de mim.
Chegamos na delegacia onde fomos levadas para a sala do delegado onde ele nos olha e fica sem palavras.

-duas jovens presas? – disse o delegado olhando por cima dos óculos.

-ela não tem culpa de nada! – disse Francine rapidamente.

Fran fala tentando me livrar de tudo, mas de qualquer jeito eu era cúmplice, pois eu a ajudei.
Ela explica toda a história ao delegado que provavelmente tinha entendido tudo, um garoto louco que queria se vingar, praticamente isso mas aí mesmo tempo ele parecia ter uma série de dúvidas na cabeça.

-Nina? – disse ele me chamando de volta para sua sala.

-sim. – digo me aproximando.

-está liberada. – ele diz tirando as algemas de mim.

-obrigada.

-Fran? Já que o crime não aconteceu aqui, você vai ficar presa essa noite e amanhã vai ser encaminhada para a Califórnia.

Ela é algemada novamente e tudo que escuto é ela chamando meu nome, me sinto culpada por não estar ao lado dela, estava a vendo ser levada para bem longe de mim e eu não podia fazer nada apenas deixar as coisas seguirem.
Saio da delegacia triste e confusa, caminho rapidamente até o Hospital para falar tudo para meu pai, ele conseguiria resolver tudo mas também poderia ser ruim para ele, mas mesmo assim eu precisava de alguém comigo naquele momento, ao chegar no hospital encontro o Robert olhando fichas de alguns pacientes e ligo fico confusa, ele olha diretamente para mim.

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