Prólogo

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Dois Dias Antes

Louise

Da janela de seu quarto Louise podia ver as crianças brincando na praça que se encontrava a frente, sua irmã estava no meio a pequena Ana,que adorava descer no pequeno escorregador vermelho repetidas vezes, Louise adorava observar a felicidade da irmã.

- Está tudo bem Lou? - Sua mãe Letícia entra no quarto com cuidado e se dirige até onde a filha se encontra debruçada com um livro largado no colo,pois o que ocorria lá fora parecia mais interessante.

- Tudo sim, mãe. - Ela sorri e não passa por Letícia que tem algo errado,pois seu sorriso era cansado.

- Você sabe que pode me contar tudo. - Ela tenta ver se faz com que Louise se abra, afinal ela era uma adolescente.

- Eu sei. - É tudo que Louise diz e finalmente volta pro livro virando uma página.

- Poemas? - Pergunta pois sabia que a filha gostava, talvez fosse o fato dela mesma ter lido quando Lou era pequena desde sempre.

- Uhum. - Louise responde e começa a ler um em voz alta para a mãe, pois ela realmente gostava quando a filha o fazia.

- É Lindo. - Diz quando Lou termina.

- Sempre gostei dos poemas de Mário Quintana em especial. - Louise afirma ao levantar e pegar seu celular que descansava sobre o criado mudo.

Letícia decidiu deixar a filha sozinha e se retirou para os afazeres diários.

Louise olhou uma última vez pela janela e viu que Ana havia caído e machucado o joelho, mas ela conhecia Ana o suficiente para saber que isso não a pararia, ela não era o tipo que chorava e corria para os braços da mãe, essa possivelmente era Lou.

Desviando a atenção da praça, ela desbloqueia a tela do celular vendo uma Louise muito feliz de mãos dadas com um Taylor simplesmente maravilhoso.

Taylor...

E finalmente ela lembrou que ele não tinha dado notícia alguma naquele dia, o mesmo estava trabalhando como ajudante no corpo de bombeiro, ás vezes para Lou era quase inacreditável imaginar que aquele garoto a amava e sempre que pudia tocava violino para a mesma.

Louise não conhecia algo que Taylor não seria capaz de fazer.

Ela muitas vezes brincava dizendo que ele era o super homem e ele simplesmente sorria dizendo que ela era sua mulher maravilha então, podia ser clichê mas vindo de Taylor era normal e a coisa mais fofa do mundo.

O relógio na tela marcava 6:00 horas e aquilo já estava incomodando Lou o suficiente.

Apenas uma ligação falou para si mesmo em pensamento.

Procurou nos contato até encontrar o nome Tay que era como ela gostava de chamá-lo.

Apertou o botão de ligar e levou o celular ao ouvido com pavor que Taylor não atendesse, Louise tinha medo que o aperto em seu coração fosse algo ruim.

Taylor...

Cinco toques e nada, sete...

Por favor...

A operada fala que o numero não esta disponível no momento.

Algo dentro de Louise se partiu, mas seu mundo realmente ruiu com a chegada de Letícia na sua porta com assombro nos olhos.

- Louise...eu sinto.. tanto... o Taylor... - Ela não conseguiu terminar a frase apenas correu e abraçou a filha o mais apertado que conseguiu antes que a mesma tivesse tempo para absorver suas palavras.

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Noah

- Como vai meu queridinho Noah? - Yoda tira sarro do garoto que se encontra a sua frente estático apenas esperando o que o mesmo fará dessa vez, qual o seu mais novo grande truque? Seria goma? Ovo? Uma corrida até a esquina mais próxima ?

Você não é mais um garotinho de 14 anos. Noah faz uma nota mental enquanto retira seus fones de ouvido.

Era o que dava encontrar com pessoas sem sã consciência do quão ridículas são as coisas que fazem.

- Não enche Yoda, hoje não, e por sinal que raio de nome é esse? - Noah o encara impassível com um grande desejo de soca-lo. - Me conte por obséquio. - Termina sarcástico, pois sempre que encontrava com Yoda eles faziam o seu jogo.

O maldito e perseguidor Yoda.

- Calma Noah, você ta muito estressado sabia? - Yoda o encara de volta agora com um sorriso idiota no rosto. - Para onde estamos indo afinal? - pergunta por fim.

Quando Noah tinha ligado na noite anterior para o mesmo, Yoda nem tinha se dado o trabalho de perguntar antes, ele nem sabia se devia tê-lo feito agora por sinal, Noah o encarou novamente como se tratar daquele assunto fosse algo que ele nunca quisesse fazer na vida.

Para ele era algo delicado, mas infelizmente ele teve que pedir logo que Yoda o garoto mais insuportável do mundo o acompanhasse, o cara que já tinha levado mais foras de garotas do que Noah era capaz de contar.

- Não implica com meu nome. - É tudo que Yoda diz novamente pois vê que o amigo não quer falar do assunto, e quem seria Yoda para tentar mudar a ideia do seu amigo que sempre tinha certeza daquilo que queria fazer?

- Acho que seus pais estavam bêbados no dia que foram ao cartório - Noah sorri um pouco o que é estranho a Yoda pois para ele Noah era a obscuridade em pessoa, ele desconfiava muito que algo sempre incomodou Noah, mas isso era algo que ele não perguntaria ao amigo.

- Até aparece que seu nome é o mais comum do mundo - Yoda diz puxando a toca preta que o amigo usava. - Aliás devia deixar seu cabelo crescer.

- Isso nunca. - É tudo que Noah diz e seu rosto mostra o quanto o que disse é importante, Yoda só falou para ver a reação do amigo mesmo, esse era mais um dos mistérios que Yoda nunca descobriria, por que Noah não deixava o cabelo crescer.

E se antes Yoda achava complicado descobrir os segredos do amigo, esse que um dia foi seu alvo para brigar iria se tornar um verdadeiro túmulo, pois quando Noah saísse de onde estava indo ele se fecharia ainda mais para o mundo e tentar descobrir tudo do seu passado seria uma tarefa muito difícil de se fazer.

- Vamos. - Noah passa pelo portão verde gradeado com Yoda em seu encalço pronto para o que viria ou não.

Antes Que Tudo AcabeOnde histórias criam vida. Descubra agora