Cap. 16: Alex e Daniel

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Daniel -- Meu tio tinha me deixado uma mensagem naquele jantar, e eu depois fiquei imaginando que ele poderia está pressentindo algo a mais do que uma simples amizade entre o Alex e eu. Sentir que tudo iria mudar. Naquela semana eu já pude notar que as idas a faculdade não eram mais iguais. Logo na terça eu fiz como Alex pediu, fiquei esperando ele, o Filipe chegou e me chamou para entrar, e eu não fui, ele preferiu ficar comigo, eu falei para ele que o Alex estava voltando as aulas, e pediu para eu esperar para ajudar, o Filipe ficou animado, e disse que queria participar, Ariel e Alicia também resolveram ajudar, Eliza e uma amiga dela, que até então eu tinha visto pouco estava com ela, até a Rebeca apareceu, era uma turma grande. Quando a Juliana chegou com ele ficou surpresa pela recepção, e ele ficou todo sorridente.

Foi intenso vê-lo todo feliz, acho que ele nem acreditou no que estava vendo, eu e o Filipe corremos para recebê-lo, ele saiu com a perna estirada, e com uma muleta, e nós o seguramos deixando o em pé. Ele olhou em volta e falou baixinho para mim.

─ Não era bem isso que eu esperava, mas valeu...

─ Não me agradeça, eles que decidiram te esperar, acho que seus amigos se multiplicaram nesses dias.

Todos queriam falar com ele saber como estava, até o Afonso apareceu depois, e o Claudio ficou de longe só observando. Tudo estava normalizando, os dias foram passando e Alex parecia outro, ele não era mais o irritante de antes, na hora do intervalo sempre estávamos lá, uma turma enorme.

Depois ele me confidenciou que estava vendo uma forma de terminar com Eliza, mas ainda não sabia como, isso na quarta quando estudávamos, então na quinta a tarde eu estava com ele em sua casa, sim, até isso tinha voltado ao normal, o diferente era que nós estávamos na mesma mesa, e ele se encantava sempre que eu sorria para ele, eu não o via como namorado, ele era meu amigo, então naquela tarde, ele me contou que tinha falado com Eliza, e que tinham terminado, ele estava livre, então me olhou nos meus olhos e disse que agora eu seria seu namorado. Eu fiquei sério pois até então nesses últimos dias, nós não tínhamos mais tocado no assunto, foram tão divertidos, e tudo tão rápido, que eu só lembrava de nós como um casal quando eu ia dormir e sentia sua falta, lembrava do nosso ultimo beijo e dele me tocando. Ele sempre estava a minha frente, era decidido, sabia o que queria, e eu só podia confiar nele. estávamos a sós, senti que aquele momento merecia uma comemoração, liberei meu sorriso, o mais espontâneo e alegre sorriso que eu poderia ter, e nesse momento ele ficou parado me admirando, seus olhos brilharam, ficou em pé e caminhou em volta da mesa, eu senti que iriamos nos beijar novamente, mas ali, na casa dele, seria perigoso, eu teria que manter a razão, ele chegou e disse:

─ Não pare...

─ Não pare o quê?

─ Droga Daniel, eu pedi para não parar...

─ Mas parar o quê?

─ De sorrir. Você ainda não percebeu que toda vez que você sorrir eu fico encantado...

─ E o que tem o meu sorriso...

─ Ele forma uma covinha no lado, e eu adoro ela.

E quando eu pensava que iria ficar só nisso, ele se aproxima, e diz baixinho:

─ Vamos fazer amor!

Claro que vamos fazer amor, eu pensei, mas ali... meu olhar de espanto e duvida, olhando em volta deixou a deixa para ele continuar.

─ Claro que não aqui, no meu quarto, vamos...

─ Não, na sua casa não. Não me sinto confortável...

Alex & Daniel - 1 : O Príncipe e o PlebeuOnde histórias criam vida. Descubra agora