Cap. 08: Pelo WhatsApp

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Quantas pessoas sofrem acidentes automobilísticos todos os dias, alguém sabe? São tantas que para se ter uma ideia são mais de um milhão por ano, faça as contas, são aproximadamente dois mil, setecentos e quarenta acidentes por dia em todo o pais, esse numero é claro, são estatísticas baseados em cálculos, mas que reflete o quanto cada um de nós estamos sujeitos. E eu descobri da pior forma o quanto é dolorido, mesmo assim estou feliz por ter escapado, me feri, mas nada que o tempo não sare, mas antes de chegar até onde estou, bem recuperado, e na companhia de bons amigos, é preciso voltar um pouco, para o dia seguinte do meu acidente, pois foi quando retornou minha consciência.

Acordei naquela manha de terça feira sem saber onde estava, as luzes estavam apagadas, apenas uma luz fraquinha próximo ao leito, estava frio, olhei do lado e avistei me pai deitado numa poltrona articulada, ele dormia, não demorou e a porta se abriu, era uma enfermeira, ela me olhou e vendo-me de olhos abertos, sorriu ascendeu a luz e foi direto para perto da cama e enquanto aperta o que parecia um interruptor, depois entendi ser uma campainha para chamar o médico de plantão. Meu pai acordou com a movimentação, e vendo a novidade ficou de pé e correu para meu lado, parecia nervoso e feliz ao mesmo tempo, então eu falei.

─ Pai, o que aconteceu?

Ele controlava sua emoção, me relatou sobre o acidente. Depois o médico chegou, me vendo acordado, foi logo me analisando, olhando meus reflexos, e pediu novos exames, conversou com meu. Não vou me deter a estes detalhes, contudo fiquei sem palavras quando notei que minha perna estava imobilizada, preza num suporte metálico, e dela saia hastes de metais. Fiquei aflito, então explicaram melhor as consequências do acidente. Acabei ficando mais calmo quando falaram que a Eliza teve alta e não sofrera nada. Depois de algum tempo a Ju chegou e trocou o turno com meu velho, que precisava ir para casa e depois seguir para a empresa, uma vez que eu estava bem.

Ela entrou, me olhou, deu um leve sorriso, não região com grande agitação como seria de se esperar, chegou perto, parecendo bem controlada, e falou:

─ Que susto nos deu primo, papai disse que vem a tarde com a mamãe, ela ficou tão aflita, mas quando o tio ligou avisando que você tinha acordado e que estava bem, nós nos tranquilizamos.

─ Mas Ju e a faculdade...

─ Não me diga que você está preocupado com os meus estudos...

─ Não, estou preocupado em está sendo um incomodo.

─ Neste caso você vai ter que pedir desculpas a muita gente, começando por Daniel e os amigos dele...

─ Por quê, o que eles fizeram?

─ Bem, fiquei sabendo que o Daniel, mais um amigo dele e uma colega ficaram com vocês lá no acidente enquanto a emergência não chegava; o Daniel recolheu seus documentos e celulares, depois veio de moto mais o amigo, e ficou aqui até eu chegar...

─ Mas por que ele fez isso?

─ Creio que era a coisa certa a ser feita... E... Acho que por ser você.

─ Por ser o filho do Senhor Gonsalves?

─ Não. Por ser o chefe dele.... ou amigo, Você não faria o mesmo por ele?

─ Acho que sim... Ju, você acredita que eu possa ter um dia um amigo de verdade? – Nessa hora eu estava com meus olhos molhados, as lágrimas desciam... A Ju me olhava com respeito, respirou fundo e respondeu.

─ Não posso lhe responder. Creio que muito depende de nossas atitudes e do quanto estamos dispostos a confiar um no outro. Você confia nos seus colegas, nos seus Brothers?

Alex & Daniel - 1 : O Príncipe e o PlebeuOnde histórias criam vida. Descubra agora