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P.O.V. - Selena Gomez
Nobu's restaurant

— Senti sua falta — eu ainda estava me acostumando com a proximidade que eu tinha conquistado com aquele garoto. E como era fácil falar com ele. Mesmo quando teoricamente, eu morria de verginha quando lembrava de uma certa cena que aconteceu nas gravações.

Quando cheguei das Bahamas com a Demi, ele me pediu para ir até Los Angeles para gente conversar. Mesmo que o assunto em pauta já tivesse enclusive, sido esquecido.

Só que apesar de tudo, conseguimos construir uma amizade baseada em muitas risadas, bons momentos e anonimato (na medida do possível). Mas depois do videoclipe, as coisas começaram a sair do controle e sua fama me atingiu.

Junto com os seguidores, muitos comentários negativos e trabalhos na parte que eu mais gostava: Modelagem e fotografia.

Eu já era "conhecida" por ser muita amiga da Demi, mas acho que melhor amiga de uma uma cantora superfamosa é menos chamativa do que a possível namorada de um superfamoso cantor polêmico.

— Você é um fingido.

— Acha que é mentira? — ele debochou.

— Você não parou de curtir uma noite sequer, Justin. Esteve em vários cantos todas essas noite, estava ocupado demais pra sentir minha falta.

— E você ? — ele gargalhou. — Pousando pra Adidas, Guess, saindo com o Shawn, viajando com a Demi? Quer que eu acredite?

— Acreditar? Não disse que tinha sentido sua falta.

Ele me olhou como se eu fosse a pessoa mais engraçada que ele já tinha visto e tornou a rir alto, chamando a atenção das pessoas mais próximas.

— Você veio de carro pra cá?

— Não! — dei um gole no refrigerante e voltei a encará-lo. — Deixei a Evoque em NY. Vai poder me dá uma carona?

— Se entrar no meu carro, sou eu quem vai decidir o destino — ele piscou desdenhoso.

— Só está falando com tanta segurança porque sabe que eu vou para a sua casa de todo jeito — joguei um guardanapo amassado nele.

— Já estou imaginando os falatórios.

— Te incomoda?

— Nem um pouco, Selzinha. É um prazer imaginarem que estou pegando você. E a você? Incomoda?

— Na verdade, não — fui sincera.

— Corajosa!

— É por isso que estou aqui com você, não é?

— E por isso gravou um videoclipe com forte apelo sexual para uma música minha.

Senti meu rosto esquentar e ele pareceu notar.

— Acredite, foi mais vergonhoso pra mim — ele sorriu sem jeito. — Você não precisava ter me evitado por tantos dias. Eu e você somos... próximos, você pode falar comigo sobre qualquer coisa. Você se sentiu ofendida? — ele coçou a cabeça. — Não sei, você imaginou que eu forcei algo ou que eu estava me aproveitando de você?

— Não seja ridículo, Justin. Eu estava lá, sei que não se aproveitou.

— Então, porque reagiu daquele jeito? Falou naquele tom seco comigo e me ignorou?

Eu não sabia lidar com tanta intensidade, Justin.

— Intensidade — ele assentiu. — E porque saiu com Shawn?

— Acredite, não saio com ele pra te incomodar...

— Me incomoda. Incomoda imaginar você saindo com qualquer pessoa que não seja eu. Essa é a minha posição. E a sua?

— É muito cedo pra isso, Justin.

— Não, não é. Tem medo que eu te machuque?

— Muito.

— Eu não vou te machucar.

— Isso é uma promessa?

— É uma garantia, Sel

[...]

Ele me estendeu a mão para ajudar a sair do restaurante e eu não entendi bem a intenção, mas não vi motivo para não segurá-la.

Um leve corrente elétrica imaginária passeava entre nossos dedos entrelaçados. E ele parecia alheio a isso.

Os paparazzis correram em nossa direção e os cliques começaram a ser diparadas em uma velocidade fora do comum, as luzes me encadearam e eu comecei a reduzi o passo por não saber ao certo a onde ir.

— É a garota do clipe? — uma voz masculina berrou. — Mais um clipe ou agora é projeto pessoal?

— Hey, Justin. Boa noite — outra voz se aproximou, meus olhos estavam baixo e eu não sabia bem pra onde ir.

— Opa — ouvi Justin responder.

— Você tem show amanhã aqui, né cara? — esta voz era cordial

— Sim — Justin concordou.

— Está animado?

Antes que Justin respondesse, eu tropecei nos meus próprios pés e demorei um pouco para me recuperar principalmente, porque no momento seguinte Justin passou o braço pelo meu ombro e aproximou meu corpo do dele. Os nossos passos estavam uniformes e mais práticos. Podia sentir o cheiro do seu perfume inebriar meus sentidos e agradeci a Deus pela sorte que eu tinha.

Dois segundos depois, ele abriu a porta do carro do lado do passageiro e eu entrei, piscando os olhos rapidamentes e sentindo-os arder.

Justin entrou do outro lado e os flashs ainda não tinham parado.

— Tá tudo bem?

— Sim, não se preucupe — sorri pra ele.

— Foi demais pra você?

— Foi minha primeira experiência, Justin. Não esperava que os flashs podiam ser tão incômodos.

— Se eu disser que minha felicidade depende de você se acostumar com esse tipo de atenção, você vai achar que é exagero? Porque meio que depende.

Não soube o que falar.

Eu não estaria preparada para aquelas palavras nem em cinco minutos, nem em cinco dias e nem em cinco décadas.

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