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[...]

Meu corpo ainda anestesiado.

Qualquer barulho me assustava e se não fossem os remédios fortes que eu estava tomando, eu não conseguia dormir já que minhas noites era recheadas de pesadelos fundamentados na pior noite da minha vida.

Meus amigos e fãs não cansavam de me mandar mensagens fofas e a cada segundo que passava, eu me sentia mais forte. Eu tinha certeza que era por causa das orações.

Um passo de cada vez.

[...]

- Quer fazer algo, Sel? - Charlie me olhava preucupado.

- Continuar nessa posição o máximo de tempo possível, Charliezinho - sorri pra ele.

Minha mãe tinha ficado o máximo de tempo comigo, mas eu tinha uma irmã caçula que precisava dela. Demi vinha sempre que podia, mas ela tinha uma agemda de shows da turnê a cumprir e eu a proibi de desmarcar qualque show que fosse por mim. Charlie e Hailey era os dois que não saiam da minha casa. E eu era muito grata a eles por isso.

- Jogar banco imobiliário?

- Não - bufei.

- Assistir um filme?

- Também não.

- Quer pedir comida? - Hailey arriscou.

- Não, amiga. Quero ficar assim - ri pra eles.

Me sobresaltei assustada com o barulho da campainha. E me perguntei quando eu deixaria de ser tão assustada por qualquer coisa. Quanto tempo aquele trauma levaria pra me abandonar de vez?

- Eu atendo - Charlie gritou.

Meio segundo depois, ele voltou com o rosto vermelho e a mão na boca.

- Sel?

- Hm?

- Tem uma visita lá fora pra você.

- Tem? - perguntei sem muita vontade.

- E ele disse que não vai embora enquanto não conversar com você e saber se está tudo bem.

- Ele? É o Shawn de novo? - sentei-me mais ereta no sofá.

- Não é o Shawn - ele umedeceu os lábios, medindo as palavras. - É o Justin. Justin Bieber.

[...]

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