Encontro com o Marquês (DEGUSTAÇÃO)

Capítulo Um - Parte II

Mais tarde, quando saíam da mansão dos Byrne, Hayden acompanhou Violet até a carruagem. Haviam combinado todos os detalhes mais simples sobre o baile e sobre o concerto. A neve caía intensa sobre Londres. Violet amarrava sua capa em volta do pescoço e ajeitava as luvas. Apesar do frio, sentia-se quente. Hayden tampouco sentia frio. Seu corpo ficava febril perto da concunhada, e só percebeu isso quando beijou sua mão enluvada mais cedo naquela noite.

— Nos vemos no dia do concerto, então. — Disse, parando ao lado da carruagem. Violet parou alguns centímetros de distância. Queria manter uma distância razoável. Sentia tudo aquecido dentro de si. Principalmente quando o Marquês falava.

— Suponho que vá me buscar — Olhou-o, tentando soar firme. Tinha medo de gaguejar ou trocar as palavras. Mal sabia que Hayden sentia o mesmo.

— Supôs corretamente. Eu e Benjamin iremos buscá-las — O Marquês confirmou, observando-a atentamente. Queria guardar cada detalhe de seu belo rosto até vê-la novamente.

— Muito obrigada por se oferecer para me acompanhar. Foi muito gentil de sua parte, ... — Travou. Não sabia como chamá-lo. Hayden parecia intimo demais. E Marquês de Odstone tampouco apropriado.

— Pode me chamar de Hayden, lady Violet — Hayden sugeriu, quando percebeu que ela travara ao tentar falar seu nome.

— Chamarei se me chamar apenas de Violet — Propôs, um sorriso aparecendo em seus belos lábios rosados, atraindo toda a atenção do Marquês.

— De acordo, senhorita. Fico lisonjeado com tal honra — Murmurou Hayden, ainda com os olhos fixos nos lábios de Violet.

— Suponho que seja melhor eu entrar na carruagem — A garota desviou o olhar quando viu a irmã mais velha entrando com a ajuda do noivo.

— Suponho que sim. Nos veremos em breve — Beijou a mão enluvada de Violet, fazendo-a suspirar. Gostaria de sentir a textura de sua pele sem a luva, mas era impossível naquele momento. Não era libertino como Edmund, que quando queria algo, fazia. Sem medir as consequências. Hayden pensava muito antes de qualquer ato.

— Até mais — sussurrou, subindo na carruagem com a ajuda de Hayden. Seu coração crepitava de hiperatividade. Jamais imaginou tal proximidade com o Marquês. Sentou-se ao lado de Candice, que segurou-lhe a mão, impedindo que tremesse em frente aos pais e a irmã caçula.

— Violet. Até mais — Benjamin cumprimentou-a com a cabeça. Violet acenou brevemente de dentro da carruagem. Candice apertou a mão da irmã do meio. Sabia que estava nervosa. O encontro com o Marquês de Odstone havia sido... indescritível. Violet sentiu a intensidade dos momentos com Hayden. Assim como ele havia sentido.

Ao entrar em casa, Hayden não falou com ninguém e subiu para sua habitação, almejando pensar sobre Violet. Mas Benjamin entrou. Havia percebido e não deixaria o irmão sozinho.

— Já sei. Quer ficar sozinho, mas temos que conversar — Disse antes que o irmão reclamasse de sua presença. Hayden bufou, jogando-se em sua enorme cama de dossel.

— Diga, caro irmão. O que lhe traz aqui? — Perguntou, com um tom de deboche, encarando o irmão. Benjamin encarou-lhe sério.

— Eu vi. Você e Violet — Disse de uma vez. Hayden manteve sua melhor expressão impassível. Não demonstraria nada ao irmão. Queria que ver o que aconteceria depois da noite do concerto.

— Não sei à quê se refere — Desconversou, começando a tirar as roupas enquanto caminhava para o banheiro. Benjamin não se deu por satisfeito, foi atrás do irmão do meio.

— Diga-me, Hayden. Eu vi os olhares. O que há? — Indagou, encostando-se na porta do banheiro, e cruzando os braços. Hayden ficou estático junto à grande pia de mármore. Não queria ser precipitado e falar o que não devia. Não iria dar uma fama desmerecida à dama.

— Suponho que precise de um óculos, irmão. Não há nada — Respondeu, enquanto tirava suas vestes. Benjamin revirou os olhos de forma dramática. Odiava que Hayden lhe escondesse as coisas. Sabia o que estava havendo, mas queria ouvir do irmão.

— Hayden, pare de negar. Eu percebo os olhares. Acho que gosta dela — Supôs, dando de ombros. Hayden virou-se para encarar o irmão. Não podia acreditar que havia dito. Benjamin disse o que ele escondia de si mesmo. Gostava de Violet ou supunha que gostava. Era doce, educada, leve, tinha um belo sorriso, e era linda. Como não gostar de Violet?

— Acho que estar apaixonado te faz pensar que todos estão, Benjamin. Vá dormir. Amanhã temos coisas à resolver na cidade — Hayden lembrou o irmão, que bufou.

— Negue a si mesmo, irmão. Conversaremos depois da noite do concerto. Durma bem — Benjamin piscou para o irmão do meio, que revirou os olhos. Mas preferiu não estender o assunto. Benjamin parecia saber demais.

— Tenha uma boa noite — Hayden fechou a porta do banheiro na cara do irmão. Depois daquela noite, ousou pensar que ela lhe olhava da mesma forma que ele a olhava. Seria possível? Não queria discutir sobre Violet. Não até a noite do concerto. Depois daquilo, decidiria o que fazer. Uma hora iria ter um compromisso, é claro. Só se perguntava se essa hora havia chegado. Se o encontro com Violet foi mais intenso do que se permitia ver. E se ela poderia amar-lhe um dia da forma que ele precisava.

Ao entrar em casa, Violet tirou sua capa, enquanto subia para sua habitação com Candice. Estava cansada de pensar em hipóteses sobre Hayden. Sua cabeça latejava. Por que havia se oferecido para acompanhá-la no concerto? Era a principal questão em sua mente. Quando entrou em sua habitação, tirou as luvas, exausta.

— Quando Leslie dormir, conversaremos, irmã — Candice passou por ela, tirando a capa. Violet apenas assentiu. Estava cansada demais até para discordar da irmã mais velha. Leslie entrou no quarto, já sem capa e luvas. Comentava sobre o jantar. Candice a distraia, enquanto Violet deixava sua mente vagar. Trocou-se de forma automática. Pensava em Hayden à cada instante. Os olhos azuis pareciam chamá-la para mergulhar em algo desconhecido. Poderia ela mergulhar? Hayden parecia ser mais intenso do que deixava transparecer. Cada olhar que lhe lançava Violet sentia tudo dentro de si se aquecer. Depois daquela noite, gostaria de acreditar que ele também a olhava da mesma forma que ela o olhava. Seria real? Ao sentar em sua cama, divagava sobre a possibilidade de Hayden querer algo com ela. Depois daquela noite, sentia que algo havia nascido. Não sabia o que era, só sabia que tinha. Hayden poderia ser mais importante para Violet do que ela se permitia ver. O encontro foi intenso, ela sentiu isso. E queria acreditar que ele também havia sentido. Se questionava sobre a intensidade do encontro com o Marquês de Odstone. E se um dia ele poderia amá-la um dia da forma que ela sonhava.

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Hayden direto? Quase nada hahahah.
Espero muito que vocês tenha gostado desse primeiro capítulo. Votem, comentem, se expressem hahaha Vou adorar saber o que esperam da história deles. E se gostarem, indiquem pras amigas, indiquem pra todo mundo hahahah.
Quarta-feira já tem capítulo 2! Então adicionem o livro na biblioteca pra não perderem nadinha.
Até loguinho! 💜