Alguns dias depois ele já conhecia toda a rotina de Emilly, os horários que ela saía de casa e quando voltava, sabia para onde ela ia e com quem. Ela tinha uma rotina e ele gostava de rotinas.
Felipe passou a ser descuidado com os horários dos seus remédios, no trabalho fica desatento e passando muito tempo no escritório. Vivia ansioso e tinha horário de chegar e de sair, não o tradicional, mas aquele cujo envolvia a Emilly.
Foi em um desses plantões em frente á casa dela que ele a viu sair, esperou ela se distanciar, colocou o capuz e a seguiu.
Emilly entrou em uma lotérica e ficou parada na fila por alguns minutos. Felipe entrou na lotérica, dando a entender que estava ali por acaso, se aproximou dela.
- Olá Emilly? – Felipe tocou a mão no ombro dela, fazendo-a se virar um pouco assustada o olhando nos olhos, agitando cada célula do seu organismo.
- Sim? - disse ela com desinteresse.
- Não está se lembrando de mim? – ele fala meio frustrado.
Ele se aproxima um pouco mais, com isso a ver enrijecer a musculatura da mandíbula, sinal que não estava se sentindo a vontade.
- Me desculpe, infelizmente não. – virando rápido e dando um passo a frente.
Emilly se sentiu constrangida diante Felipe, era um homem bonito e aparentemente rico, como ela podia o conhecer?
Insistindo naquela conversa ele completou.
- Sou Felipe, estudamos juntos no Colégio Rosende em São Paulo e nos vimos aqui no shopping na minha joalheria! – se sentindo constrangido de ante dela.
A mente Emilly deu uma volta em lembranças, como o mundo é pequeno! Ela o olhou boquiaberto. Príncipe?
- Nossa! Agora me lembro de quanto o tempo passou em? – ela disse ainda sem acreditar.
Como pode ter tanta coincidência? Como ele poderia esta bem alia sua frente? Boas recordações invadiram sua mente, passar a adolescência com seus amigos foi o melhor período de sua vida.
- Foram 13 longos anos! – Felipe tinha cada lembrança fresca guardada na memória, mesmo depois de tanto tempo.
- Sinceramente você mudou muito Felipe nunca iria te reconhecer, caso o vê-se na rua. – Emilly diz com sinceridade.
- Já você mudou quase nada, está ainda mais bonita. – ele disse isso com admiração em cada palavra olhando fixamente para seu rosto.
Envergonhada Emilly resolve mudar de assunto.
- Nossa! Você morando aqui? Que coincidência em? – ela fala sentindo o clima mais leve.
Felipe preferiu não força a barra, sabia que ela era casada e conhecia muito bem seu caráter, ela não lhe daria oportunidade para entrar em assuntos românticos ou coisa do tipo.
Preferiu contar a ela sobre a herança herdada por seu avô e toda essa mudança de vida. Emilly por sua vez contou algumas coisas de sua vida que Felipe já sabia, só acrescentando alguns detalhes. Descobriu que ela não trabalhava no hospital e sim fazia estágio lá.
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Pensamentos Perversos Vol.2
Mystery / ThrillerO que passa na mente humana é difícil de compreender ou explicar; é complexo, porém extraordinária, nossa mente é uma faculdade sensorial da inteligência. O indivíduo consciente é dotado pelo poder de interpretar, de desejar, ter caráter, de imagin...