O que passa na mente humana é difícil de compreender ou explicar; é complexo, porém extraordinária, nossa mente é uma faculdade sensorial da inteligência.
O indivíduo consciente é dotado pelo poder de interpretar, de desejar, ter caráter, de imagin...
Tudo entre eles mudou, Felipe levou Emilly para o quarto do dia que eles chegaram à mansão, dormia com ela todas as noites e durante o dia passeavam ao redor da casa. Como um casal qualquer que se amavam muito.
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Emilly contemplava a luz do dia, sentia o cheiro de terra, ouvia o barulho dos pássaros e dos animais que tinha no sítio, mas nada fazia sentido ou tinha alguma beleza. Ela se transformou em uma pessoa catatônica, apática seu corpo só era uma casca, como um som feito a beira de um precipício, ecoava sem ter um fim. Sua mente era um infinito vazio e na sua expressão não se via emoções.
E em uma manhã qualquer quando Felipe voltava de um passeio a cavalo, encontrou Emilly desmaiada entre as flores do jardim em frente á mansão. Ele a pegou em seus braços levando-a para o quarto.
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Ele sentou se do lado na cama a observando. Ela trajava uma camisola quase transparente, os cabelos estavam longos, porém opacos. Seu rosto pálido e lábios rachados davam lhe uma aparência cadavérica. Emilly não era nem de longe aquela mulher bela e corada, quem a vê-se teria medo, estava irreconhecível.
Felipe tentou de tudo para desperta-la, em vão, e foi ai que por um momento de raciocínio percebeu o mal que lhe tinha causado, agora era tarde de mais Emilly estava morta.
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Com sentimento de arrependimento, angústia e em total desespero, fechou todas as janelas do quarto e também a porta, os trancando por dentro, ateou gasolina nos móveis e por todo lado, acendendo por fim o fósforo.
O fogo lábia tudo e a fumaça queimava as narinas de Felipe que tossia sem parar, foi quando Emilly acordou o surpreendendo.
Felipe não tinha o que fazer, tinha chamas ao redor dos dois, ele a pegou rápido no colo a abraçado com força enquanto chorava e pedia perdão.
- Princesa me perdoe! Por Deus, me perdoe por todo mal que te causei. Eu só te amo mais que a mim mesmo! – ele chorava em meios os soluços.
- Eu o perdoo Felipe! Você é meu único amor. – ela também o abraçou encostando a cabeça no ombro dele. Morrendo os dois carbonizados.
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Quando a Polícia e o corpo de bombeiros chegaram ao local encontrou uma devastação, o único local intacto era o quarto onde Felipe manteve Emilly presa por oito meses. Um quarto fétido, escuro, mas com todas as evidências que eles precisavam para finalizar o caso. Em uma cômoda no canto do quarto encontraram a mochila dela, com seus livros e documentos intactos. Nas paredes e principalmente na banheira daquele quarto, estavam impregnadas por todos os lados as últimas digitais de uma jovem mulher sonhadora.
Na pericia dos cadáveres, descobriram que Emilly estava gravida de três semanas e meia, muitas foras ás especulações da família e do marido dela pelo fato como foram encontrados queimados, ela sentada no colo de Felipe como se estivesse o beijando.
Aquilo, para alguns seria um cenário romântico, esta em uma mansão linda, cercados por um belo jardim, distantes de todos vivendo dias de amor e no final morrerem abraçados, realmente seria muito lindo mesmo. O que não imaginavam que tudo isso representava dor, tortura e muito sofrimento de uma pessoa inocente, que pensou em pegar carona de um velho amigo de infância para chegar o quanto antes em casa e rever seu marido que tanto amava.
