Emilly acorda com uma Luz forte sobre o rosto, a lanterna que tinha dentro da cesta tinha acabado a bateria, por isso ficou mais de dois dias sem ver qualquer tipo de iluminação.
- Nossa Emilly você não tomou banho? - ele esta do outro lado da parede de vidro a olhando.
Emilly estava encolhida dentro da banheira, os olhos inchados de tanto chorar, a comida tinha acabado a mais de um dia, quando sentia fome o jeito era abrir a torneira e beber água da pia.
- Por favor, Felipe deixe a luz ligada! Tenho medo de ficar no escuro.
Ela começou a chorar novamente. Ele se aproximou da parede e chorou junto com ela.
- Eu te amo tanto princesa, não queria te ver assim trancada.
- Então me tira daqui, meu marido e amigos devem estar preocupados, não suporto mais ficar aqui trancada!
Na mesma hora em que ele ouviu a palavra marido, enxugou as lágrimas e em fúria abriu a porta do banheiro entrando, ela se sentiu ameaçada, com aquele corpo grande e musculoso, naquele momento ele não era bonito, tudo aquilo representava perigo, com isso encostou-se ao canto do banheiro. Felipe a segurou firme, uma mão segurava o pescoço dela e a outra o braço e gritava em seu ouvido.
- Eu sou seu marido e seu único amigo aqui. Será que não entende isso? - cuspia as palavras furiosas.
Ela tremia, chorava em meio a soluços. Ele ainda segurando um de seus braços e com a outra mão livre tirou tudo de dentro da banheira e ligou as torneiras a enchendo com água fria.
Depois de cheia jogou Emilly dentro dela ainda de roupas e sapatilha.
- Tome um banho, quem sabe essa água gelada, te recobre o juízo. Você é minha entendeu?
E a empurrou, fazendo ela escorrega e molhar o corpo por completo. Saiu a deixando ali dizendo ir buscar roupas secas para ela.
- Não quero te ver resfriada princesa.
- Felipe? Estou com fome e minha cabeça doe, me deixe sair. - E voltou a chorar.
Ele ficou em silêncio a olhando e simplesmente, saiu a deixando sozinha, molhada e se sentindo uma fracassada por não saber como se defender dele.
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Quando ele retorna a encontra dormindo dentro da banheira, agora seca, está enrolada no cobertor.
Se aproxima dela e ver que seus lábios estão um pouco roxo por conta do frio, preocupado passa a mão no rosto dela, que logo a desperta.
- Sai de perto de mim. - ela afasta sua mão, o olhando com olhos vermelhos e cheios de lágrimas.
- Só vim trazer isso. - ele fala com a voz baixa.
Do lado da banheira tinha um conjunto de moletom, meias e outra cesta. Ele levanta quieto e sai do banheiro trancando-o. Não saiu do quarto, sentou na cama e ficou a olhando.
- Preciso me trocar! - disse Emilly levantando, segurando o cobertor envolto no corpo.
- Fique a vontade princesa, você esqueceu que eu fui o primeiro a ver seu corpo? - ele sorrir sensualmente.
- Você só pode esta brincado com minha cara não é? Nunca aconteceu nada entre nós - ela fala revirando os olhos - Não vou me vestir na sua frente, por favor, dá para fechar a cortina?
Ele levantou impaciente não estava a fim de discutir, puxou a cortina fechando. Ficou pensando como é que ela pode ter esquecido-se da primeira vez deles, na despedida em sua casa quando ela foi embora de São Paulo. Ele lembrava cada detalhe daquela tarde.
- Obrigada! - Emilly gritou do outro lado.
Felipe vencido pelo cansaço tirou as roupas ficando só de cueca, puxou os enormes cobertores deitou e dormiu tranquilamente.
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Pensamentos Perversos Vol.2
Mystery / ThrillerO que passa na mente humana é difícil de compreender ou explicar; é complexo, porém extraordinária, nossa mente é uma faculdade sensorial da inteligência. O indivíduo consciente é dotado pelo poder de interpretar, de desejar, ter caráter, de imagin...